Scarlet ficou ali parada, sem acreditar, observando como o velho homem segurava o Escudo de
vampiros bem acima da cabeça, o chão debaixo dela tremia. Ela viu quando ele se transformou, ficou
mais jovem, mais forte. Raios de luz continuaram a sair do Escudo, preenchendo completamente o
local, os outros vampiros continuavam a se curvar para baixo, no solo, protegendo seus olhos da luz
intensa. Ela também teve que se virar, de tanta luz que encheu a sala. Ao lado dela, Ruth gemia.
Ela conseguiu espreitar um olhar e, ao fazê-lo, ficou confusa com o que via: sombras, depois
formas, pareciam sair Escudo. No início, ela pensou que talvez seus olhos estivessem pregando uma
peça nela, mas, quando ela olhou de perto, percebeu que não estavam. Parecia que os espíritos
estavam voando para fora do Escudo, formando-se na luz. No início, eles tomaram a forma nebulosa
de sombras; mas, em seguida, eles solidificaram, se transformaram em formas. E, dentro de
momentos, estas formas viraram em pessoas.
Vampiros.
Scarlet ficou ainda mais surpresa ao ver que se tratava de vampiros que ela reconhecia de outras
épocas. Um deles tinha um rosto que ela jamais esqueceria: era enorme e careca, com um olho e uma
grande cicatriz em seu rosto. Kyle. Ela pensou que ele estava morto de verdade e ficou apavorada ao
vê-lo sair da luz.
Dentro de instantes, ele estava ali, de volta, vivo. Parecia mais feroz que nunca, mais cheio de
raiva do que Scarlet já o tinha visto, como se ele tivesse acabado de ser solto de uma gaiola.
Atrás dele, mais sombras surgiram. Havia outro vampiro que ela reconheceu, formando-se das
sombras: era o homem que ela tinha visto na Escócia, o que eles tinham chamado Rynd. Aquele que
tinha matado Polly.
Dezenas e dezenas vampiros malignos e de criaturas iam surgindo, cada um mais hediondo que o
outro. Parecia que o Escudo era um portal, desencadeando um exército de demônios.
Logo, os túneis estreitos do aqueduto foram se enchendo de criaturas, gritando, berrando. A cena
tornou-se caótica, Scarlet temia por sua vida. Ela sabia que, agora que ela havia guiado todos eles
para lá, eles não teriam mais utilidade para ela, e iriam matá-la. Ela sabia que tinha que fazer algo
rapidamente ou, em alguns momentos, ela estaria morta. Agora era sua chance.
Scarlet procurou pelos túneis, frenética por qualquer meio de escape. Ela percebeu que, com
todo o caos, os vampiros estavam distraídos. Ela ainda estava algemada, mas, pelo menos, os
guardas tinham parado de prestar atenção a ela – por enquanto.
Scarlet viu sua chance. Ela virou-se e cutucou Ruth com o pé; Ruth, ainda sentada lealmente ao
seu lado, parecia entender, pegou seu sinal.
Scarlet balançou a cabeça e, ao mesmo tempo, as duas se viraram e saíram correndo, fugindo da
multidão, de volta a subir os degraus, de volta até a rua estreita. Elas correram de volta lance após
lance de escadas, Scarlet disparava desajeitadamente com seus pulsos acorrentados em frente a ela.
Ela olhou por cima do ombro, mas não viu ninguém vindo em sua direção. Eles estavam todos ainda
olhando para o Escudo, ainda hipnotizados.
Não foi até que ela tivesse se aproximado da primeira divisão de etapas, até ela ver a porta a sua
frente, que Scarlet ouviu gritos. Ela se virou e viu os vampiros apontando em sua direção, em
seguida, viu todos eles, de repente, decolarem, prontos para ataca-la.
Scarlet duplicou sua velocidade, assim como Ruth e elas dispararam para fora do aqueduto. Ela
estava tão grata por estar ao ar fresco, fora do subsolo e ela correia o mais rápido que ela conseguia,
esperando que poder despista-los. Ela sabia que não estava muito na frente, mas, mesmo assim, ela
correu, virando cada viela que lhe aparecia, rezando para que ela não encontrasse beco sem saída.
Ruth corria ao seu lado, seguindo-a de perto.
Scarlet dobrou uma rua e, ao fazê-lo, seu coração parou.
Um beco sem saída.
Scarlet já podia ouvir os estrondos e sabia que, não muito atrás, os vampiros a perseguiam. Ela
sabia que, em alguns momentos, ela estaria morta. Ela não se importava mais com ela mesma, mas se
importava loucamente com sua mãe. Ela só queria vê-la uma última vez. Avisá-la. Explicar que não
era culpa dela. E pedir perdão.
Quando Scarlet viu uma figura voar baixo do céu, à direita, em direção a ela, ela sabia que o fim
havia chegado. Ela se preparou, e apenas desejava que ela não tivesse que morrer dessa maneira
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Encontrada
VampireCaitlin e Caleb despertam na Israel antiga, no ano 33 D.C., e ficam surpresos ao ver que estão na época de Cristo. A Israel antiga é um local de lugares sagrados, sinagogas antigas e relíquias perdidas. É o lugar mais espiritualmente carregado do un...