Sexo sobre pernas

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Pov. Shai

Esperamos por prováveis 30 minutos até que a energia voltasse e alguém aparecesse para abrir as portas da pequena realidade alternativa que eu e Theo criamos ali.

Nós não tínhamos ideia de quanto tempo passamos trancados no elevador, mas quando as portas se abriram e a luz forte entrou no ambiente, o peso da realidade foi impossível de ser ignorado.

Depois de todo aquele processo onde perguntaram se estávamos bem e dos repetitivos pedidos de desculpas do gerente, paramos em frente às potras dos nossos respectivos quartos. Theo olha para mim através dos cílios e com a cabeça baixa, batendo o pé no chão impaciente com as mãos dos bolsos. Também fico parada sem nenhuma reação. O que poderia mais ser dito depois da loucura que aconteceu no elevador?

Ele coloca a mão da maçaneta e com um sorriso brincalhão nos lábios, espera que eu diga algo.

- É... Então eu vou indo. – entro rapidamente no meu quarto e fecho a porta com força sem nem mesmo esperar que ele diga algo.

Ótima hora para você bancar a tímida, Shailene.

Mordo o lábio e me encosto na porta.

Agora nós vamos agir como dois estranhos? Se lidar um com o outro já era difícil, eu não consigo imaginar como isso tudo poderá ser daqui pra frente.

Ele está do quarto ao lado.

Não, definitivamente eu não vou bancar a tímida.

Sex On Fire - Kings Of Leon

Abro a porta, corro até o quarto vizinho e entro sem pensar em bater. Procuro o Theo por todo o quarto vazio e vou direto para o banheiro. Abro a porta do box e a primeira coisa que eu vejo é aquela bunda maravilhosa. Assustado com o barulho da porta sendo aberta, Theo vira para a minha direção, e por um segundo eu consigo ver surpresa em seu rosto.

Só por um segundo.

Ele abre um sorriso enorme e em seguida me puxa para debaixo do chuveiro, e quase que agressivamente me encosta na parede.

Sem hesitar ou dizer uma palavra, Theo introduz a língua na minha boca e lentamente tira a minha roupa pela segunda vez nessa manhã. Os seus braços fortes e a sua língua rude me arrancam gemidos involuntários. Todos os meus sentidos estão em alerta, todas as sensações que ele causava em mim abrem caminho para o ponto central do meu corpo, que pulsa pedindo por ele.

Sorri maliciosamente ao percorrer com os olhos toda a extensão do seu corpo nu: a cor quente da sua pele fazendo contraste com a minha pele clara, e como a sua respiração descompassada acusava nervosismo. Distraidamente, fixo os meus olhos em um lugar especial e me afasto um pouco para admirar a imagem maravilhosa diante de mim: suas pernas fortes e torneadas e o seu pênis duro e ereto.

- Agora você vê como você me deixa? - a sua voz é rouca e arrastada

Aproximei os meus lábios do seu pescoço, e com a minha língua tracei uma linha em sua mandíbula. Sorri satisfeita ao notar como a sua respiração estava descompassada e os seus lábios grossos estavam entreabertos. Mas ele não se importava em esconder o que queria, já que enquanto os beijamos, Theo pressiona o seu membro pulsante contra a minha barriga.

Termino de tirar completamente a minha roupa, quando ele passa as mãos pela minha pele que eu passo a deixar exposta. O seu corpo completamente molhado e a água quente que cai sobre nós, faz o meu corpo necessitar cada vez mais disso. Eu não sei em que nós estamos nos metendo com isso tudo, mas é impossível não ceder.

Theo segura firmemente uma das minhas coxas e a mantem em volta do seu quadril. Sufoco um gemido quando ele empurra lentamente contra o meu sexo e depois fica parado olhando fixamente nos meus olhos, me torturando.

- Se você estiver esperando que eu implore é melhor desistir – digo ofegante

Ele sorri mordendo o próprio lábio

- Vamos ver até onde essa teimosia consegue chegar, Shai – Theo aperta a minha coxa com mais força e respirando profundamente com o rosto entre os meus seios, ele se movimenta dentro de mim de forma lenta e torturante, fazendo com que todos os meus músculos se contraiam em volta dele. Em um movimento inesperado, Theo me levanta e envolve as minhas pernas em volta da sua cintura, me deixando suspensa e apoiando parte meu peso na parede. Enquanto beijo a sua nuca, ele abaixa as mãos para a minha bunda e pressiona com força, e em seguida dá uma estocada tão forte que foi impossível não segurar o grito de prazer.

Ele segurava o meu quadril me impossibilitando de me mover e fazendo todo o trabalho lento, enquanto mordiscava os meus lábios. Não sei por quanto tempo mais eu conseguiria suportar essa tortura.

- Theo... Por favor...

- Por favor o quê? – O desgraçado cravava os olhos em mim esperando que eu implorasse por ele. E eu não estava em condições de resistir.

- Por favor, se mova... Forte - com um gemido quase selvagem, Theo investiu duro contra mim. Suas estocadas se tornaram mais violentas e necessitadas. Me agarro em seu corpo com os meus braços e as minhas pernas, enquanto sentia ele me penetrar mais profundamente, ao ponto fazer com que as minhas costas se chocassem contra a parede a cada estocada.

Completamente enlouquecida, agarro os seus cabelos molhados, sentindo o meu orgasmo se aproximando e todas as sensações e concentrarem logo abaixo da minha barriga. Desesperado, Theo procura os meus lábios e passa a me devorar de todas as formas possíveis, invadindo a minha boca com a sua língua quente e sedenta. Retribuo igualmente necessitada de qualquer parte do seu corpo, me movendo no seu ritmo e chocando o meu corpo contra o dele. Sinto o seu corpo ficar tenso, e foi preciso só mais duas estocadas para que o Theo chegasse ao seu orgasmo e o seu grito enlouquecedor preenchesse todo o ambiente. Meu corpo explode em sensações inexplicáveis e por um segundo nada mais existia, só a sensação de ter ele dentro de mim, e o rugido baixo dele em meu ouvido.

Fico parada esperando que a minha respiração volte ao normal, enquanto Theo afunda o rosto em meu pescoço, enchendo os pulmões como meu cheiro, respirando de forma quase selvagem.

Chasing Cars - Snow Patrol

- Promete pra mim que isso não é só um recaída – ele diz roçando a barba na pele sensível do meu pescoço.

- Eu não sei, não faço ideia do que nós somos agora.

- Nós podemos ser o que você quiser. Eu não sei se você percebeu, mas eu já te dei a autorização para fazer o que quiser comigo – a risada grave dele provoca a minha involuntariamente.

- Até ontem nós nem éramos amigos, então por que não começar assim? – digo e ele arqueia uma sobrancelha para mim – amigos com benefícios.

- Amigos com benefícios?

-Amigos com benefício – repito rindo – você já me deu autorização para fazer o que quiser com você, então eu vou ignorar o fato de estar me apaixonando e vou te usar sexualmente o quanto puder, afinal você é o sexo sobre pernas. – Theo solta uma gargalhada contagiante. Que homem gostoso.

- Bom, então eu também vou ignorar o fato de já estar apaixonado por você há muito tempo. – em seguida ele murmura baixinho, como se estivesse falando sozinho – Como se isso fosse possível.

Como se isso fosse possível – concordo com ele mentalmente.

Férias com o filósofoOnde histórias criam vida. Descubra agora