JUST FRIENDS

Capítulo 12 - Preciso saber

/Anteriormente...

- A gente podia fazer isso mais vezes. - falei sem querer.

- Muito mais. - ele me dá um selinho demorado. /

Becca *ON*

- Quer ir embora comigo? - ele pergunta assim que saímos da sala.

- Eu ia adorar, mas preciso esclarecer as coisas com as meninas. - digo enquanto ele segura minhas duas mãos entre nós.

- Tudo bem. - ele diz calmo. - A gente se vê mais tarde, então. - ele encosta seus lábios na minha testa.

Beijo na testa mano, que lindo. Nunca fui de achar as coisas "meiguinhas" mas beijo na testa não tem como velho, é muito fofo, me emocionei.

Os corredores permaneciam vazios, e escutávamos bem distante as vozes dos professores. Eu estava anestesiada pela sensação de estar perto dele. Não é incrível como uma pessoa, em meio a tanto descaso, seja capaz de te fazer sentir bem? Não sei o que estamos sentindo um pelo outro. Tudo o que eu quero saber, é qual será nosso próximo passo.

(...)

- Sofia! - disse ofegante terminando de correr.

Depois de me despedir do Jack, a professora da ultima aula me segurou na sala pra falar da importância de ser uma mulher de classe. Com certeza ela acreditou naquela historia do tweet. Que saco. Saí correndo pra ver se encontrava a Soh, e a vi andando sozinha em direção a casa dela.

- Sofia, por favor, conversa comigo. - disse me recuperando. Ela para de caminhar e e vira para mim.

- Fala. - ela permanecia séria, mas a raiva que ela tinha nos olhos havia sumido.

- Era mentira. Eu não tive nada com o Sam. E me perdoa por ter falado daquele jeito com você.

- Já tô sabendo. O Sam falou comigo. - ela cruzou os braços.

- Então tá tudo numa boa? - perguntei torcendo pra resposta ser sim.

- Com você sim, eu acho. O problema é o Sam.

- Esse garoto não te merece. Ele foi um escroto comigo.

- O que ele fez?

Tive que explicar toda a história, e repetir tudo o que ele me disse.

- Nossa, Becca. Me peroda, por ele.

- Relaxa, tu não tem culpa, Ele que foi babaca.

- Eu não sei o que eu faço. - seus olhos começam a marejar.

- Esquece. - disse sem mais nem menos.

- Eu tô muito puta com ele. Mas eu também tô apaixonada.

- Então perdoa.

- Pra você tudo parece simples. - ela disse olhando pra cima, evitando que as lágrimas caíssem. - Você tem dois garotos afim de você. Três, se contar com o Sam.

- Isso não tem importância. E o Sam não tá afim de mim. Ele me disse quando foi lá em casa que tava te curtindo, po. Eu tô falando como tua amiga; se for o melhor pra você, só perdoa, cara.

- Acha que eu devo conversar com ele?

Nesse momento, já estávamos caminhando na rua da Sofia. O dia, pra variar, estava escuro e o chão molhado pela chuva que deveria ter caído pela manhã. As casas daquela rua eram todas bem grandes, o bairro é muito bonito.

- Liga pra ele. - sugiro - Conversa com calma, longe da escola. Acho que o Sam meio que muda a personalidade dele quando tá perto dos amigos.

- É, com isso eu concordo. - ela atravessa a rua. - Desculpa. Eu deveria saber que era tudo mentira.