Capítulo 26 - Foda-se, tô locão

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/Anteriormente...

Jack, porra, Quem... Eu, eu sou o Jack. ah, os efeitos da maconha. Pera, a mina tá me procurando pra que?!

- Tá ali. - Sam falou com voz de cansaço. HAHA a mina tava me procurando, que vacilão.

Ela andou até mim com o Yuri do lado, e parou na minha fente, e eu finalmente consegui ver seu rosto direito. A mina era bonita de verdade./

JACK ON

A tal da Kora me contou que era irmã do Yuri, e filha da Constance. Ela falava de um jeito que me lembrava muito a Becca, a pesar de que a Becca usa muito mais gírias. Ainda estávamos na pista, quando ela terminou der explicar o porque de ter vindo buscar o Yuri.

- Então resumindo é isso. Seu pai falou tão mal dessa pista que minha mãe ficou preocupada e me mandou buscar o Yuri. - ela não parava de sorrir um segundo. - Bom, então eu vou indo.

Ela se virou com o Yuri. Ah mano, vou também.

- Ow, perai. - dei uma corridinha até ela. - Eu vou também.

Ela sorriu de novo, e então fomos caminhando pra casa.

(...)

- Quantas vezes vou ter que dizer que essa pista não é lugar pra ficar indo, Jack?! Ainda mais com um menino de treze anos!

Meu pai gritava comigo enquanto eu estava no meu quarto. Não prestei atenção em nada que ele disse, por que no fim, seria o mesmo sermão de sempre. A Kora e o Yuri ficaram lá em baixo com a Constance, que parecia bem a vontade aqui em casa. Se eu conversei cinco vezes com essa mulher foi muito. Enquanto meu pai falava, eu só olhava pra ele com a maior cara de bosta do mundo. Mas a parada mudou quando ele disse uma coisa que prendeu minha atenção:

- A Constance vai passar uns dias aqui com os filhos dela e..

- O QUE?

Ele revirou os olhos.

- Isso mesmo, Jack. To nem aí pro que tu pensa, ela ta passando por muita coisa na casa dela, por isso ela vai dormir aqui.

- E onde é que vai ter lugar pra ela e pra essa renca de filho?

Ele bufou e saiu do quarto sem dizer mais nada. Que merda de vida, que merda de tudo. Deu um soco na parede com força, mas me arrependi logo em seguida por que doeu pra caralho. Mesmo assim eu tava puto. Que direito ele tem de trazer outra família pra cá do nada? Ele que se foda, na moral.

Deitei na cama, e olhei no celular. Eram cinco e meia. Resolvi dormir um pouco, por que com certeza teria alguma coisa pra fazer hoje a noite.

Acordei com a minha mão latejando e com dor de cabeça. Olhei em volta do quarto esperando que tudo tivesse sido só um sonho besta. Lógico que não era. Imaginei como seria bom se a Becca estivesse aqui, me vendo dormir como ela tem feito nas duas últimas semanas...

Resolvi levantar depois de escutar um falatório na sala. Desci as escadas ainda com sono, mas menos cansado do que estava. Já eram quase umas dez horas da noite, e tinha gente na sala conversando. Até eu me acostumar com esse povo aqui vai demorar. Conforme eu descia os degraus, via direito quem estava lá. Primeiro vi os pés minúsculos da Kora naquele vans muito louco, depois as perninhas esticadas do Yuri no sofá. Parecia que moravam aqui a anos. Eles estavam discutindo sobre qual filme escolher, quando um outro cara apareceu.

Ele tava com um pote de pipoca na mão, e vestido como se fosse sair.

- Bom dia? - perguntou a Kora. Não respondi, só dei um sorriso amarelo.

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