Capítulo 8 - AMIGOS para sempre

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/Anteriormente...

- Ah. - ela desanima. - Então foi tudo de mentirinha? Sem química, sem magia, sem nada? - ela pergunta ainda desanimada.

- Isso. - eu afirmo.

Ok, talvez eu tenha esquecido do beijo que ele me deu antes de eu entrar, mas não tem problema. Não valia a pena lembrar dele. /

Becca *ON*

Estava andando no hiper, bem de boa ouvindo Arctic Monkeys, quando a musica para e eu escuto o barulhinho de mensagem. Ainda andando, eu tirei o celular do bolso.

"Não tô aguentando mais ficar nessa casa. Minha mãe trouxe aquele namorado mais novo pra almoçar, tô sufocada! Passa aqui pelo amor de Deus, diz que tá sozinha e precisa de companhia, te devo uma. Salva meu novo numero. xoxo, May"

Ok... Pensei como ela iria me agradecer por essa antes de responder.

"Tô no mercado, mona. Passo ai em meia hora. love u, Becca"

Terminei de escolher algumas - mil - coisas no corredor de doces, e depois peguei uns pacotes de macarrão instantâneo.

Meu pai vai ficar uma fera, mas eu não sei nem como escolher tomate, então paciência.

O corredor do macarrão estava totalmente vazio, então arrisquei fazer uma dancinha enquanto tocava a musica GDFR - Florida.

- Dança legal. - escuto. Merda, nunca tô sozinha nessa porra.

Me virei rápido, e encarei o rosto do Cameron, apoiado na prateleira.

- Obrigada. - digo me xingando internamente. Não existe pessoa mais burra que eu, quem dança na porra do supermercado?

- Você ta me evitando? - ele pergunta sem rodeios.

- Não. Por que faria isso? - eu começo a disfarçar olhando pra coisas aleatórias.

- Ontem depois do jogo tu praticamente saiu correndo, eu te mandei mensagem e tu não respondeu e... Caralho, eu tô sendo muito chato contigo né? - ele se confunde.

- Não, é só que...

Ele começa a balançar a cabeça negativamente. percebi que a "pose" que ele tinha ontem se desfez. Ele parecia um garotinho inseguro, e disperso. Vi certa graça naquilo, achei bonitinho. Mas não era por isso que eu iria deixa-lo se iludir.

- Cam, é o seguinte. - eu olho pra ele. - A gente ficou uma vez. Foi legal, eu sei que foi, mas eu não sei se eu tô pronta pra...

- Ok, essa é a parte que você começa a falar da sua vida, e dos seus relacionamentos, e blá,blá blá... Beleza, eu... eu entendi. Eu só não queria que as coisas fic... ficassem estranhas.

Ai que bonitinho ele gaguejando. Pois é Becca, sua quedinha - de penhasco - por garotos ingênuos não morreu. Se bem que eu não vi nada de ingênuo no Cameron ontem. Deixa isso queto.

- Não Cam, não vai ficar nada estranho, prometo. - eu sorrio.

- Confio em você. - ele bate continência, e depois sorri também. - A gente se vê depois. - ele me traz pra perto pela minha cintura, e beija minha bochecha. Deposito minha mão no seu braço, sentindo seus músculos. Uow.

Ele se vira, e eu volto a pensar como gente.

(...)

Estacionei o carro no jardim, e peguei duas sacolas no porta-malas. Escutei um certo movimento em casa, e imaginei ser a TV. Entrei bem rápido pela porta de trás (cozinha) pra fugir do frio que fazia, e deixei as coisas na mesa. Quando fui ate a sala, encontrei o Matt, o Jack G, o Jack J, e o Nash. Uns estavam encarando a televisão, e outros o celular.

JUST FRIENDSOnde histórias criam vida. Descubra agora