Capítulo 18 - Tudo culpa do cachorro

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/Anteriormente...

Encostei a mão no rosto dela pra limpar, e deixa-la ainda mais bonita. Ela olhou pra minha boca enquanto eu fazia isso. Não pensei duas vezes, não pensei em nada, só beijei ela o mais rápido que eu pude, antes que acontecesse algo que a fizesse me odiar de novo. /

Jack ON

9:00 AM

Beijei ela bem devagar, fazendo carinho no rosto, na nuca, no cabelo liso e macio dela. Por um segundo tive a sensação de que ela sorria enquanto me beijava, e se sentou mais perto de mim, pra que eu pudesse abraça-la. Ela tinha um beijo bom, no tempo certo, e usava um perfume gostoso, que não me deixava enjoado quando misturado com o cheiro do cabelo dela. Tem guria que perde a noção e quase sufoca a gente nessas horas.

A música acabou, e eu já nem me lembro mais qual foi a próxima, porque quando vi já tava deitado em cima dela, mais preocupado com outra coisa. Mordi o lábio dela de leve e estiquei a cabeça pra trás, abrindo os olhos pra ver se tava tudo bem. Ela continuou de olhos fechados, só sorriu pra mim, e percorreu as mãos pelas minhas costas. A Becca tinha uma bela duma cara de safada se tu parasse pra reparar, por causa das sobrancelhas que tavam sempre próximas, ou sei lá o que, mas ao mesmo tempo, era muito bonitinha, principalmente quando sorria quando tu não tava esperando.

Era tenso fazer o que a gente ta fazendo na sala de química, e no chão, mas a porta tava trancada e não tinha câmera. Ficamos mais um bom tempo nos beijando. O papel do cara é de sempre tentar, sempre, e o da guria é o de não deixar, se quiser que ele a leve a sério. Ela infelizmente aprendeu bem a lição de casa, e não fizemos nada além de nos beijar, apesar de eu estar morrendo de vontade. Comecei a descer a minha mão pela sua barriga até chegar onde eu queria.

- Jack...

- Relaxa, amor. - sussurrei.

- Não quero fazer isso aqui.

- A gente não vai fazer nada de mais. - disse, mas já era tarde, ela se sentou e jogou o cabelo pra trás

- Exatamente por isso. Não quero começar alguma coisa que não vai terminar.

Comecei a pensar no sentido que ela pode ter dado pra aquela frase. Ela se referia aos pegas naquele momento, ou o nosso relacionamento?

Seja lá o até for, é algo bom. E o que eu sinto com ela, eu não sinto com mais ninguém.

BECCA ON

18:00 PM

- Tu tá apaixonada. - Sofia disse assim que mordeu seu sanduíche.

- Lógico que não.

- Lógico que sim.

- Chataaa. - cantarolei

- Essa batata ta estranha. - Mayra parecia aleatória na conversa.

Nós três estávamos jantando no Burger King. Tinhamos passado a tarde na casa da Mayra, assistindo Pretty Little Liars e fofocando sobre qualquer coisa.

Brisei me lembrando de hoje na aula. Quando eu lembrava de coisas boas, eu tinha uma mania de fixar meu olhar num ponto bem aleatório de algum lugar. E a Sophia, sabendo disso, aproveitava pra me zoar:

- Não falei que ta apaixonada. - ela cutucou a Mayra olhando pra mim.

- Talvez eu esteja. - desisti. - Mas e dai?

- E dai que já era nossos combinados de balada nos fins de semana. - Mayra finalmente interagiu na conversa. - Ficar paquerando os meninos da Falizo nunca mais...

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