Capítulo 9

244 19 7
                                    

Mais uma manhã de sábado desanimada na cama do dormitório da universidade. Já estou a um mês nessa universidade, mas não me acostumei a não ter o que fazer nos fins de semana.
Alguns fins de semana fico com Bruna, mas às vezes ela precisa ir para casa ver a família, então peço para os meninos virem aqui. Mas esse sábado tem algo de diferente.

- Ainda na cama, Angel? -Pergunta Bruna entrando no quarto. - São quase meio dia.

- Já tomei banho e não estou com fome, então resolvi voltar para a cama. -Digo sorrindo de canto a olhando por cima de um livro que Antony trouxe para mim.

- Os meninos não iam vir aqui hoje? -Pergunta Bruna jogando a bolsa na cama dela.

- Iam, mas ligaram ontem um pouco depois de você ir para a casa dos seus pais dizendo que iam ter que resolver alguns assuntos de lobos. -Digo fazendo bico e ela ri.

- Que ótimo! -Diz Bruna sorrindo e eu a olho confusa. - Porque hoje nós vamos fazer compras.

- O que? -Pergunto sentando na cama.

- A diretora Keyla deixou eu te levar para fazer compras e almoçar fora comigo. -Bruna diz dando pulinhos histéricos.

- Jura? -Pergunto levantando animada.

- Juro. Se troca, e por favor coloca um casaco bem grosso. -Disse Bruna pegando um casaco para ela.

- Por que? Não está frio. -Digo olhando pela janela.

- Amiga, está fazendo menos cinco graus lá fora. Não sentimos por sermos vampiras. -Disse Bruna rindo de leve.

- Espera, disso eu não sabia. -Digo com uma sobrancelha arqueada.

- A temperatura que sentimos é psicológica, se vemos a neve, imaginamos frio, se vemos o sol imaginamos calor, mas quando o tempo só está fechado, imaginamos um clima agradável. -Explica Bruna pondo o casaco.

- Existem algumas vantagens nisso, não é? -Digo trocando de roupa no closet.

- Sim, principalmente para mim que odeio casacos. -Ouço Bruna dizer enquanto ria e apareço no quarto pronta.

- E se eu pensar em atacar um humano? -Pergunto com medo.

- Eu cuido de você, relaxa. -Disse Bruna piscando para mim e saímos da universidade.

- Até que a Transilvânia não é tão assustadora quanto eu pensei. -Digo rindo de leve enquanto saíamos da terceira loja já cheias de bolsas.

- Eu te disse! -Bruna diz procurando algo.

- O que foi? -Pergunto quando paramos esperando o semáforo fechar.

- Estou esperando minha mãe para levar nossas bolsas para a universidade. -Assim que Bruna fala isso um carro vermelho para ao nosso lado.

- Oi filha, oi Angel. -Diz uma mulher morena sorrindo para nós.

- Oi mãe. -Disse Bruna abrindo a porta e colocando nossas bolsas dentro.

- Olá. -Digo sorrindo envergonhada.

- Ah, desculpe querida. Sou Marizete Santana. -Ela diz sorrindo.

- Outro dia vocês conversam e se conhecem melhor, porque agora quero levar a Angel para conhecer aquele restaurante que eu gostava. -Bruna diz fechando a porta do carro.

- Tudo bem, divirtam- se! -Marizete disse acelerando.

- Espera, mas o que você vai comer lá? -Pergunto curiosa.

- Nada, ainda estou cheia do café da manhã. Como eu e o Luan passamos muito tempo na faculdade, quando vamos para casa nossa mãe quer nos explodir. -Diz Bruna rindo.

Unidos pelas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora