Capítulo 28

220 16 13
                                    

Acordo com meu corpo inteiro doendo, sento na cama olho para os lados e vejo que não estava mais em meu quarto, estava em um quarto todo branco lindíssimo, mas completamente desconhecido para mim. Logo a preocupação me atinge por não ver Luan em canto algum do quarto.
Levanto da cama receosa e caminho silenciosamente até a varanda do quarto onde me deparo com a vista magnífica e bem próxima da torre Eiffel.

- Achei que você merecia um agrado por não desistir de mim e por não deixar a Rebekah me levar. -Sussurrou Luan ao meu ouvido surgindo ao meu lado.

- Estamos mesmo na França? -Pergunto levando as mãos a boca.

- "Vous êtes à Paris, ma chère!" -Anunciou Luan bastante embolado e eu o abracei instantaneamente.

- Quanto tempo demorou para conseguir falar isso? -Pergunto rindo contra o peito dele.

- O dia inteiro! Foi muito ruim? -Pergunta Luan fazendo uma careta e eu rio negando com a cabeça. - Não sei como alguém pode falar Francês com tanta facilidade.

- "Je ne sais pas, il est si difficile."

- O quê? -Pergunta Luan e eu caio na gargalhada me sentando na sacada de mármore.

- Também não sei, é tão difícil. -Traduzo minha ironia rindo ainda mais.

- Ah, sua francesinha metida! -Disparou Luan me jogando por cima do ombro e me girando enquanto ríamos.

- Como conseguiu me trazer aqui sem que eu acordasse? -Pergunto curiosa quando ele me joga na cama.

- Injetei verbena em você enquanto dormia. -Conta Luan dando ombros e caminhando até uma prateleira com duas taças de sangue. - Por falar nisso, deve estar fraca por causa da verbena.

- Onde conseguiu isso? -Digo assim que provo e vejo que era sangue humano.

- Uma camareira, mas ela está viva, eu juro! -Luan disse sorrindo orgulhoso.

- Conseguiu encher duas taças de sangue sem ataca- la? Impressionante. -Digo o olhando enquanto bebia mais um gole do sangue.

- Eu pensei em como você ficaria se eu voltasse a matar, então simplesmente consegui! -Diz Luan sorrindo animado. - Como você faz isso, Angel?

- O quê? -Pergunto confusa.

- Me encanta desse jeito. Agora tudo o que eu penso em fazer, penso o que você acharia antes. -Conta Luan acariciando meu rosto e eu acabo desviando o olhar corada.

- Talvez eu não seja tão bom exemplo, matei uma vampira ontem, lembra? -Digo sorrindo de canto e Luan ergue meu queixo me fazendo encara- lo.

- Se não fosse para me ajudar e proteger Bruna, você teria feito aquilo? -Pergunta Luan olhando em meus olhos e eu nego com a cabeça. - Até quando você faz uma coisa que deveria ser errada, ela não poderia estar mais certa.

- Obrigada. -Digo antes de beijar a bochecha dele que suspira. - O que foi?

- Sempre me disseram que compartilhar sangue era uma coisa íntima, eu nunca entendi, mas é como se eu te sentisse em cada centímetro do meu corpo. -Confessa Luan e eu levanto corando na hora.

- Se for melhor para você, podemos tentar assaltar bancos de sangue aqui. -Digo de costas para ele e sinto a respiração dele em meu pescoço.

- Não estou reclamando. -Disparou Luan beijando meu pescoço e eu praticamente derreti nos braços dele.

- Luan... -O chamo em um sussurro e ele me deita na cama começando a me beijar intensamente.

Em menos de dois segundos eu já estava entregue ao beijo dele, era como se cada toque dele fossem pequenos choques, eletrificavam meu corpo, mas nunca o suficiente. Ele desceu os beijos para meu pescoço, passou pelo vão entre meus seios, subiu um pouco a minha blusa e distribuiu os beijos pela minha barriga enquanto passava as presas de leve na mesma.
Ele subiu novamente até meu pescoço e ficou alisando ali com as presas, quando eu senti que ele estava prestes a me morder, ele mesmo se jogou contra a parede e ficou me olhando como se estivesse perdido.

Unidos pelas SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora