Capítulo 21

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Depois das cabeças com nossos nomes no muro, da planta chamada Verbena Rígida, que de acordo com eles faz mal para os vampiros, na minha bolsa de sangue, Keyla me fez ficar um mês só bebendo bolsas de sangue que passassem por ela primeiro por causa disso, me senti uma criança. E da certeza de que Carla estava com um grupo de vampiros que se consideram os verdadeiros vampiros, chamados Occiders, Keyla disse que a universidade não é segura para os futuros líderes, no caso, eu, Luan e Bruna. Ontem à noite viemos para a casa, ou melhor, mansão dos Santanas, e iremos ficar aqui até decidirem para onde vamos.
Acordo com um cheiro maravilhoso vindo do primeiro andar, corro até o banheiro, faço minhas higienes, tomo um banho rápido, coloco um short jeans, uma blusa estilo regata vermelha, calço um chinelo e desço de vagar com um pouco mais de vergonha do que eu esperava.

- Bom dia, querida! -Deseja Marizete ainda de costas para mim enquanto cozinhava.

- Bom dia. -Digo levemente corada me sentando em um dos bancos da bancada.

- Consegue reconhecer esse cheiro? -Pergunta Marizete.

- Panquecas! -Digo sorrindo animada.

- Gosta? -Pergunta Marizete virando receosa para mim.

- Amo! Onde estão os outros? -Pergunto curiosa.

- Foram caçar. É uma diversão em família que costumamos fazer. -Explica Marizete sorrindo.

- A senhora ficou por minha causa? -Pergunto preocupada. - Podia ter ido, dona Marizete.

- Digamos que cada um se diverte de um jeito. Eu amava cozinhar antes de virar uma vampira, e com marido e filhos Voracys, quase não cozinho. -Disse Marizete sorrindo de canto.

- Mas a Bru disse que come comida humana às vezes. -Digo com uma sobrancelha arqueada.

- Sim, ela come por mim, para mim poder cozinhar, mas não à alimenta. -Marizete diz parecendo triste.

- Então você vai adorar saber que eu só me alimento de sangue uma vez por semana. -Digo rindo e ela coloca um prato cheio de panquecas e um pote de mel na minha frente na bancada.

- Jura? E você não fica fraca? -Pergunta Marizete curiosa, mas parecendo animada com a possibilidade de cozinhar.

- Às vezes. -Digo dando ombros enquanto comia as panquecas. - Mas sei lá, não gosto de pensar que o que eu estou comendo saiu de dentro de uma pessoa.

- Hum, já pensou em caçar animais? -Pergunta Marizete sentando em um banco ao meu lado.

- Já, mas matar bichinhos? Só a idéia me arrepia. -Digo fechando os olhos e ouço ela rir de leve.

- A Bruna era igualzinha a você, mas acredite, uma hora você acaba mudando. -Diz Marizete piscando para mim e tirando o prato já que eu já tinha acabado.

- Só o tempo vai dizer. -Digo dando ombros.

- Posso fazer uma pergunta pessoal? -Pergunta Marizete virando para mim levemente corada.

- Claro! -Digo sorrindo.

- Você gosta do Luan, não é? -Pergunta Marizete quase me fazendo cair do banco.

- O que? Não! -Digo assustada com a pergunta dela e ela ri me fazendo arquear a sobrancelha.

- Você sabe qual é o meu talento, Angel? -Pergunta Marizete rindo.

- Não. -Digo tentando lembrar.

- Eu tenho um poder incomum chamado Senzație. Resumindo, esse poder me deixa saber o que qualquer um está sentindo, e eu sei que quando você disse não, seus sentimentos protestaram como sim. -Conta Marizete sorrindo.

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