"Imagine descobrir que as únicas pessoas em quem você confiou mentiram para você sua vida inteira, descobrir que as histórias de terror que lia desde criança são todas reais, e ainda descobrir que seus pesadelos acontecerão um dia.
Agora imagine des...
Na manhã seguinte, eu já estava mais que fraca, eu praticamente não conseguia respirar sem sentir dor, mas eu nunca deixaria alguém perceber. Eu precisava parecer bem.
- Eu te odeio. -Murmurou Bruna sentada ao meu lado na cama.
- Por que? -Acabo rindo.
- Você consegue parecer forte e inabalável. Mesmo sabendo que é uma dor indescritível, eu quase acredito em você. -Explica Bruna me fazendo rir ainda mais.
- Isso foi um elogio ou não? -Implico me esforçando para abraça- la.
- Nem eu sei, eu só sei que você não pode morrer, Angel! -Exaspera Bruna irritada.
- Eu não vou morrer, não agora.
- Não estou brincando, Angel. Eu não quero que o Luan volte a ser o que era antes de te conhecer
- Como assim? -Deixo escapar.
- Não posso ver meu irmão voltar a ser o que ele era antes. Ele fazia o que ele queria, matava humanos, era rude com todos, não ligava para ninguém. Mas com você, ele aprendeu a cuidar de quem ama, aprendeu a ser responsável, aprendeu a se controlar. Tudo o que ele é hoje veio de você, Angel! -Bruna praticamente gritou.
- Não precisa gritar com ela, Bruna. -Luan entrou no quarto surgindo em minha defesa.
- Olhem, eu sei que vocês estão apenas preocupados comigo, mas eu não posso mais deixar o Oliver fazer o que ele quiser. -Digo suspirando. - Ele é minha responsabilidade.
- E você acha que ele vai ser melhor quando você morrer? -Exaspera Bruna. - Ele vai virar um monstro!
- Ele sempre foi um monstro, Bruna. -Murmuro.
- Isso dói, querida. -Ouço a voz de Oliver e o encontro entrando no quarto.
- Ele invadiu. -Disse Antony o seguindo com metade da Alcatéia.
- Eu quero negociar com você, Angel. -Diz Oliver se aproximando, mas eu ergo minha mão o fazendo parar.
- Eu não... Não tenho nada para negociar com você Oliver, ou você desiste das Alcatéias, ou eu morro. -Digo me sentindo fraca.
- Aqui.
Luan me entregou uma bolsa de sangue, mas quando eu a esvaziei, fui surpreendida por um forte enjoo. Como se meu estômago queimasse ao entrar em contato com o sangue. Comecei a sufocar com o sangue enquanto todos me olhavam assustados, mas não conseguia expeli- lo de forma alguma. Senti meus olhos arderem com as lágrimas iminentes, que logo começaram a queimar meu rosto.
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- Angel, seus olhos. -O olhar alarmado de Luan me disse que algo estava errado.
- O que está acontecendo? -Pergunto tentando não soar desesperada quando passo a mão pelos meus olhos e vejo o sangue.
