Capítulo 38 - Luan

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Eu nunca lidei bem com perdas, e não sei o que faria sem a minha irmã. Sem as loucuras dela, sem as implicâncias, sem a voz irritante, mas fofa para me perturbar, acho que eu enlouqueceria.
Depois que a Angel saiu ela começou a ter um tipo de convulsão, então sentei ao lado dela entrelaçando todos os nossos dedos e quando passou liguei para nossos pais. Bruna parecia tão frágil e pálida na cama, eu só queria tirar todas as dores dela de alguma forma, mesmo se eu precisasse passar para mim, eu faria, apenas para não precisar vê- la assim.

- Bruna! -Minha mãe invadiu o quarto já chorando e sendo seguida por meu pai.

- Oh, minha filha. -Disparou meu pai acariciando o rosto dela. - Como isso foi acontecer?

- Fomos correr um pouco, mas esquecemos o fato de que lua cheia normalmente significa lobisomens a solta. Eu não ouvi o lobo. -Conto levando as mãos a cabeça. - Eu devia ter prestado mais atenção nos sons a minha volta, eu a teria protegido.

- você estaria no lugar dela! -Esbraveja minha mãe. - Ninguém tem culpa.

- Mas eu preferia estar no lugar dela a vê- la assim. -Confesso.

- Onde está a Angel? -Pergunta minha mãe confusa.

- Ela disse que ia lá na Alcatéia do Antony ver se descobria algo. -Digo sorrindo de canto.

- Aquele lobisomem? -Pergunta meu pai com um olhar desconfiado e eu afirmo. - Mas vimos ele conversando com a Keyla sobre o ataque agora a pouco.

- Licença. -Pediu Antony após bater na porta e entrou. - Como ela está?

- De mal a bior. -Esbravejo.

- Desculpa, mas nenhum lobo da Alcatéia ou que conhecemos de fora sabe a cura. -Conta Antony baixando os olhos. - Espera, onde está a Angel?

- Ela não passou lá na cabana de vocês? -Pergunto receoso.

- Não, ela disse que ia? -Pergunta Antony e eu afirmo. - Estranho, ela não é de fazer isso.

- Talvez ela tenha ido se encontrar com a bruxa. -Suspeito. - A mãe da Rebekah disse que sabia a cura, mas jurou nunca dizer, talvez a Angel marcou um encontro com ela e ela pediu para não me contar ou algo do tipo. Ela gosta da Angel.

- Todos gostamos. -Assume minha mãe me fazendo sorrir.

- Não, não! Luan, acorda! -Ouço Bruna disparar e a olho confuso já que ela estava com os olhos fechados.

- O veneno da mordida tem vários estágios, primeiro enfraquece o vanpiro, depois faz ele ter várias alucinações com quem ama sofrendo ou morrendo, depois faz o vampiro achar que todos são ameaças, e por último, uma morte dolorosa e compulsiva. -Conta Antony nos deixando boquiabertos. - A maioria das famílias ou amigos prefere a estaca a vê- los passar por isso.

- Não vão enfiar estaca nenhuma nela. -Grito e todos me olham assustados.

- Filho, pense bem, você quer ver sua irmã sofrer? -Perguntou meu pai.

- Amarildo! -Minha mãe o repreendeu começando a chorar.

- Não vamos fazer nada até a Angel voltar. -Digo entrelaçando meus dedos com os de Bruna. - Eu acredito que ela foi atrás da cura com a bruxa.

E se não foi? E se ela apenas não aguentou ficar aqui? -Meu subconsciente me irritava.

- Desculpem a demora. -Ouço a voz de Angel e a vejo colocar a cabeça para dentro do quarto enquanto sorria de canto.

- Onde você estava? -Perguntou Antony sem enrolação.

- Fui atrás da única pessoa que sabia da cura. -Explica Angel e eu sorrio ao imaginar ela perturbando a bruxa, mas quem entra logo atrás dela que me surpreende.

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