Infância+Leitura=Priscila

946 87 13
                                    

*Anos antes, Priscila tinha 6 anos* ano de 1997



Lembra-se muito bem dos fatos que lhe aconteceram ainda na infância, a culpada era a mãe -dizia: - por que ela tinha de trazer tantos homens para casa? -questionava-se - homens altos, magros de todos os tipos. Seu pai? Sumira quando ela estava ainda no ventre.

Priscila tinha apenas seis anos quando tais idas tornaram-se mais frequentes. Era muito entendida, inteligente e já aprendera a ler, e amava a leitura mais que brincar, gostava da pequena biblinha, que uma professora da escola lhe dera por bom comportamento e por ter prestado atenção na aula.

Sua Bíblia era repleta de desenhos coloridos, o que lhe mexia na imaginação, quando lia imaginava-se na história. Em especial uma lhe chamava a atenção, era uma história que relatava de um bebê chamado Moisés, assim que nasceu sua mãe soube que Faraó(rei do Egito na época), mandou que pegassem a todos os meninos ainda bebês e os jogassem no grande rio Nilo, a mãe de Moisés o escondeu na casa por três meses até que um dia não o pode mais esconder...

(*bom Leitor esta linda historinha é um fato real, que aconteceu nesta era medieval, contudo não contarei o que aconteceu com Moisés, vou deixar com que vocês pesquisem rs*ah! está na Biblia em!?:-*)

Aquilo tocava-lhe no íntimo de seu coração, comovia-se muito e por vezes chorava.

- por quê papai do céu permitiu? - pensava. - era muito emotiva e se comovia sempre, mesmo com pouca idade.

Amava ouvir às histórias da tia Christine (que fazia faculdade de letras) e da professora da escolinha Brinquelê, gostava muito de bebês. Queria um irmão ou irmã para amar e lhe contar histórias. Mas como não tinha contava ao primo de sua idade, João, e ao seu irmão Tiago(quatro anos).

Os tios sempre a aconselhavam a que, quando os homens fossem a sua casa, que se trancasse bem em seu quartinho de borboletas. Os tios lhe mandaram fazer, pois a mãe não tinha muito dinheiro.

(*postarei um extra do quartinho de Priscila, garanto que ele é lindo)

Os avós, pais de seu pai, de seus tios e tia, morreram quando ainda tinha seis anos, como os amava, aprendeu a fazer algo com eles, que lhe era surpreendente, falava sozinha? Não! Conversava com Deus de olhos fechados com o Criador do mundo.

- mas será que ele me ouvirá vovó? Tem tantos querendo falar com ele! A senhora não acha? Se ele é criador do mundo, tem muita gente querendo falar com ele! - a avó rira-se um pouco naquele dia, impressionava-se cada vez mais com a doçura e ingenuidade daquele pequeno anjo de olhos dourados de somente quatro anos.

- Ouça meu bem - a avó tomou a palavra, a pequena escutara-lhe atenta, era uma conversa que nunca esquecera na vida

- Deus está em todo lugar sempre, ele te conhece muito melhor que tua mãe, sabia? Ele te viu no mundo bem antes de você nascer!
  
         Como assim? Que homem era este nunca o vira e ele a conhecia? -pensava a anjinha.

* sim, Deus o conhece bem antes da fundação do mundo meu amado leitor*

Seu pai casou-se com Ana ( mãe de Pri e Poly) ainda apaixonado, mas tal paixão foi-se quando conheceu outra e fugiu, deixando Ana grávida com a casa por pagar. Ana manteve-se com a ajuda da família do marido e com seu pouco dinheiro de secretaria administrativa. Amava a filha, do seu jeito, claro, mas fora fraca, sua mente não foi capaz de digerir o ocorrido com a pequena filha( Polyana), aliás com as duas filhas.

Os avós eram missionários, ficavam meses fora para o interior a pregar o evangelho, mas quando voltavam traziam sempre presente para Priscila e João (eram os únicos netos na época), passavam dias felizes ao lado dos netos, passeavam, brincavam, assistiam filmes e iam à Igreja. Falavam de Cristo aos netos - filho de Deus, morreu na cruz por nós. Mesmo muito pequenos entendiam, sim e como entendiam.

Com a morte dos avós, Priscila abalara-se muito, já não era tão alegre como antes, mas a pureza ainda existia em seus olhinhos tristes. Os tios faziam de tudo para que ela tornasse a alegria de sempre, assim como as tias, sempre amorosas. Ana não ligou muito - Ora, logo tamanha tristeza passará - dizia friamente.

Meses passaram e com o tempo seu coração fora consolado. Até que um dia soubera que sua tia Rute estava novamente grávida, alegrou-se muito, pois sempre dava boas sugestões de nomes. A família sempre a levava para a igreja juntamente com o primo João e aprendeu muito neste tempo sobre a Bíblia que, tanto amava, gostava de ouvir a professora Deisy, que era noiva de um amigo dos tios de Priscila e primo de sua tia Noemia, chamava-se Bernardo. O casal tinha um grande carinho por Priscila.

Ana continuou a levar homens à sua casa, cria pouco em Deus, tão pouco ia à igreja. Com isto, em um fatídico dia, aconteceu algo que Priscila não esperava algo que nunca esqueceu, e que certamente não esquecerá...

O Maravilhoso plano de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora