O pôr do sol

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A linda Giovana como Isabela Muller.

"Quando agente agente está triste demais, gostamos do pôr do sol." 
- O pequeno príncipe

* Priscila on*

Ontem uma lembrança inesperada surgiu em minha mente, uma trágica lembrança. Às vezes me acho tão nova para passar por certas coisas, mas ao mesmo tempo que acho isto, me repreendo. Acho eu que tudo o que passei em dois anos, ninguém nunca devia passar, eu tomo esta carga para mim, eu mereço.

Anos os quais tive que me submeter ao silêncio e ao medo frequente, eu sabia o que me esperava todas as noites, sim e como sabia.

Minha memória é tão boa. Lembro-me de coisas de quando eu tinha três anos de idade, apesar de serem vagas às lembranças, eu me lembro . Não acho ruim ter uma memória boa, acho ruim o fato de lembrar cada detalhe daqueles anos infernais. Nunca vou deixar nada acontecer ao meu irmão ou irmã, o meu destino será protegê-lo.

Agora, diante do pôr do sol, estou me lembrando das palavras do Pequeno Príncipe, que muito triste apreciou o pôr do sol, havia chorado muito para seu amigo.

Lembro-me de outro dia que estava no jardim de vovó, minha tia Chris  comigo. Hoje, estou no jardim da mansão do meu padrasto, é tão lindo quanto o de minha avó, que nunca tinha reparado. Flores, como amo flores! Há muitas aqui. Tulipas, Rosas, dálias e girassóis, quanta variedade! Um arco imenso com várias artificiais encobre o belo jardim. Estou sentada na bela grama verde, macia... como não lembrar daquele dia?

***

Eu tinha seis anos, estava no jardim de vovó, ela e meu avô estavam viajando para os "campos", era assim que falavam os "campos". E lá estava eu, sentada na mini cadeirinha, ao redor da minha mini mesinha, eu enchi de ursos e bonecas, preparei um chá como minha tia ensinou-me.

- Onde está a minha princesinha? - minha tia chega me beijando na bochecha.

- Oi titia! - eu a olho e vejo tristeza, os olhos estão vermelhos e o rosto inchado.

- O que uma flor tão bela como você faz fora de sua árvore? - só daí que reparei o vestido escuro, Preto.

- Tomando chá titia! Você quer? Eu quem fiz, já os biscoitos foram tio Paulo quem me deu... mas prometo que vou aprender! - já a sirvo com chá e um biscoito.

Minha tia somente me observou servir a todos os meus 'amiguinhos', eu sabia que ela queria me contar algo, eu sabia que era algo triste. Na verdade desconfiava, já que não via ninguém desde a manhã daquele dia, só minha mãe, depois ela saiu e minha tia veio para ficar comigo. Eu queria brincar com João, mas nem ele eu pude ver.

- Priscila, de que tamanho você me ama? - disse minha tia com um voz embargada e olhos marejados.

- Do tamanho do universo em expansão, bem grandão! - abri meus bracinhos para lhe mostrar o quão grande era.

- E seus avós? De que tamanho os ama? - uma lágrima lhe escorria, e ela a limpou com somente um dedo, então eu percebi que era deles que se tratava...

- Amo do tamanho de dois universos em suas extensões! - ela quem ensinou a demonstrar assim nosso amor pela família.

- Você é a anja  mais linda, e minha anja  ama muito sabia?- seus cabelos estavam um pouco desgrenhados.

O Maravilhoso plano de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora