Isabela?

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A linda Rosenne Mulholland, como a tia Christine.


*Priscila off*

* Narrador on*

- Isa... Isabela?
- questionou Priscila incrédula.

- Yes girl! Quem você esperava que fosse?
- disse Isabela, demonstrando em seu tom, a infelicidade com a surpresa de Priscila.

Afinal, todos esperavam ansiosos pela presença dos Muller, por que Priscila não? Pensou.

- Bom, eu... Eu, pois. É que...
- Priscila pigarreou um pouco tentando explicar, sentiu as bochechas corarem violentamente até que João a interrompeu.

- É que ela não te esperava Isa! Lembra que eu disse que a Priscila não sabia que nós viríamos vê-la? - João tomou a palavra, percebendo que a prima já não tinha palavras.

Isabela estava sob os cuidados da babá, Geralda, uma irmã fiel da igreja; seus pais estavam viajando há mais ou menos um mês. Depois de tantas recusas a mesma, resolveu ir ao culto infantil, que a professora Deisy dirigia, lá encontrou João que a convidou para visitar Priscila.

- Oh Yeah, sim!
- Isabela aproximou-se de Priscila e cercou seus bracinhos sobre a mesma, a envolvendo em um caloroso abraço.

Algo que até então a pequena Priscila desconhecia. Nunca nenhum amiguinho da escola lhe visitara, nunca nenhum dos de sua idade lhe abraçaram.

Como pode uma menina rica e linda me abraçar? E ainda por cima de minha idade? Pensou.

Após alguns segundos abraçadas, Isabela percebeu que Priscila não a estava abraçando e a apertou mais ainda, Priscila rira consigo mesma e a abraçou; abraçou forte.
Os segundos que se passaram foram silenciosos, até que Isabela soltou-se delicadamente dos braços da amiga.

- Estava com saudades de você Pri! Afinal, não nos vemos desde... - olhou para João como que pedindo suporte, mas como este não percebeu, completou:
- Ontem?
- questionou um tanto incrédula.

Afinal não faz nem muito tempo, ou faz? Nossa foi ontem... Pensou João. E ambos Priscila e João responderam em uníssono:

- Yes!
- ocasionando uma gargalhada gostosa dos três.

Priscila sentiu algo estranho, algo que por ela era desconhecido. O sentimento de amargura e luto interno já não mais estavam ali, agora deram espaço a alegria e a juventude, que gentilmente se fez presente na vida da pequena criança naquele curto espaço de tempo. Um tempo um tanto longo, uma vez que cedeu aos traumas e feridas profundas não estancadas na doce criança.

Sentiu um sentimento infantil, por ela desconhecido; um sentimento Alegre. Sentiu vontade de correr e pular corda, com a nova amiga, é claro. De fazer travessuras, de brincar de boneca e fazer comidinhas de matinhos. Pensamentos tais que ocorreram neste curto espaço de tempo de pequenas gargalhadas juvenis.

Gargalhadas iam e vinham, falavam de brinquedos, de natais, comemorações, aniversários. Quantos presentes já haviam ganho naquele ano; haviam perguntas como: quantos ovos de chocolate vocês ganharam este ano? Perguntas que, obviamente partiram de Isabela Muller, tão jovem e tão alheia as novidades do mercado.

Derich Muller, pai de Isabela, mesmo sendo um milionário ocupado, sempre se esforçava para ensinar valores à filha. Não havia nascido rico, pelo contrário, conquistou seu espaço. E queria que a filha, a única filha conquistasse o dela também.

O Maravilhoso plano de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora