(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura, nos vemos nas notas finais.)
*-*
Anne
Meu Deus o que foi que eu fiz?
Por que o deixei ir embora?
Por que não me entreguei à ele?
É tão mais fácil fugir, tão mais fácil mandá-lo embora de minha vida, mas a verdade é que não o mereço, não sou, nem nunca serei digna dele.
Queria entender por que ele é tão bipolar, em um momento é um amor comigo e em outro está me agredindo ou beijando a vadia de sua namorada... sim eu a odeio.
Com todas as forças existentes em meu ser, pois ela tem tudo o que mais desejo. Olho para o armário em baixo da pia e vejo minha necessaire, tento reprimir minha vontade, mas ela é mais forte que eu, abro a mesma e no fundo encontro meu alívio, minha lâmina.
Meu pulso mal começou a cicatrizar, mas não posso esperar, por isso a pego e aproximo de meu pulso, mas quando vou me cortar percebo tia Saly me olhando com lágrimas nos olhos.
—Tia eu... —ela tira a lâmina de minhas mãos e me leva para o quarto.
—Anne, por que está fazendo isso com você? Pelo amor de Deus, ele não merece que se destrua por ele —agora quem chora sou eu, vendo minha tia decepcionada comigo, logo vejo minha pequena entrar no quarto e pular em meus braços.
—Priminha Anne, por que tá chorando? —meu coração se parte, minha anjinha nem imagina o que o mundo lá fora lhe reserva.
—Não é nada meu amor, sua prima que é boba assim mesmo —ela ri enquanto seca minhas lágrimas, tia Saly nos observa.
—Anne, deixe-me te ajudar? Deixe que te leve a um psicólogo, você precisa disso —minha vontade é gritar que não quero, afinal não estou louca ou doente, mas acabo por ceder com um leve balançar de cabeça, afinal não custa nada agradá-la, recebo em troca um leve sorriso.
Essas duas são um dos motivos que fizeram com que eu decidisse viver, pois após ter perdido minha mãe, nada mais importava, afinal perdi a minha base, a única pessoa que sempre me deu a certeza de seu amor por mim, e se foi provando isso.
Muitos sentem pena de mim, sinceramente não entendo o por que, sou apenas uma menina/mulher que sofreu algumas coisas na infância...
Teve um tempo que tentei me lembrar, mas não consegui, e hoje perdi a vontade. Se eu não me lembro, é sinal de que nada disso ocorreu, que ainda sou aquela baixinha de cabelos ruivos, que brincava de tudo, que conversava sozinha com sua amiga imaginária e que desde pequena mesmo que inconscientemente já sonhava em ser mãe um dia, só não contava com o fato de sua mãe não poder estar presente, mas felizmente Deus não permitiu que minha tão sonhada gravidez continuasse.
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Se Entregando Ao Pecado (EM REVISÃO)
RomanceEm uma pequena casa no interior de Ouro Preto morava o mais belo sorriso. Um cabelo da cor do fogo era visto pelos vizinhos sempre ao vento, enquanto a pequena corria pelo quintal. Aquele tão lindo olhar de menina foi aos poucos se esvaindo, o sorri...