Cap 3 ✓

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(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura e nos vemos nas notas finais.)

*-*

O enterro foi uma cerimônia linda, se é que um momento como esse possa ser lindo. Todos tiveram sua chance de se despedir de Fabiela, em cima de seu caixão havia uma foto dela, com seus lindos cabelos castanhos e um belo sorriso que chegava aos olhos.

Só através daquela imagem era possível reconhecê-la, pois por baixo da madeira que a recobria estava uma mulher completamente deformada.

Seu corpo foi encontrado na sala de estar de sua casa, seus cabelos estavam envoltos a um mar de sangue, o autor de seu assassinato havia cortado sua garganta, porém mesmo sendo um fato quase que certo o seu marido ter lhe matado, muitos dos policiais envolvidos ainda não achavam prudente condená-lo sem analisar a fundo o caso.

Logo após o enterro Anne pediu a sua tia para que a deixasse pegar um táxi e ir até a sua antiga casa, pois queria pegar algumas coisas de sua mãe, para que pudesse guardar de lembrança.

Sua tia ficou meio receosa, afinal seu pai estava a solta e poderia estar à espreita, apenas aguardando a oportunidade perfeita para atacar. Mas acabou permitindo, não poderia negar a uma jovem que havia acabado de perder seu mundo, de guardar algumas lembranças daquela que só fez amá-la.

No entanto, a morena pediu para que ela deixasse o celular ligado e que se não ligasse avisando a sua volta em 15min, iria atrás dela.

E com isso ela tomou um táxi e foi em direção ao lugar que um dia ela pensou ser o paraíso, o melhor lugar do mundo, mas ele a fez ver que até aquilo que achamos perfeito e que nunca poderá ser mudado ou abalado, pode até ser destruído.

E foi isso que ele fez, acabou com tudo que ela acreditou desde o seu nascimento ser certo, e hoje ela tem dificuldade para confiar nas pessoas, principalmente nos homens, pois se o seu príncipe a enganou, por qual motivo os outros não fariam igual ou pior.

Mais ou menos meia hora depois o táxi para em frente a sua antiga casa, ela desce logo após ter pago a corrida, seguindo em direção ao portão.

Respira fundo engolindo cada lembrança amarga que aquele lugar lhe trás e entra.

Mas o cenário que a aguarda não é nada parecido com o que se lembrava, a casa está destruída, pouquíssimos móveis não se encontram com algum defeito, porém o que mais a abala são as manchas de sangue que se encontram no piso branco, era como se alguém estivesse tentando fugir de seu agressor, correndo da cozinha para a sala e por fim caindo em frente ao sofá, que também estava manchado do líquido.

Ela sobe as escadas correndo, se aproximando do local onde imaginava que sua mãe era feliz, abre a porta do quarto, e começa a pegar fotos e perfumes de sua mãe, coloca em sua mochila e volta para a sala, sem sequer se atrever a entrar em seu quarto.

Ao chegar o vê sentado no sofá de costas para ela, mas ele não precisa se virar para que a pequena ruiva saiba de quem se trata.

Suas pernas começam a tremer instantaneamente, as lembranças vem como um tornado em seu subconsciente tirando todas as suas forças.

—Senti a sua falta, meu amor —se vira para ela ficando de pé, exibindo seus dentes amarelados por conta do cigarro. Anne fica estática, não consegue respirar, não acreditava que ele estava ali —Fala alguma coisa meu anjo, sentiu a minha falta também? —ela desperta de seu transe, o encarando com nojo...

Nem ela mesmo se deu conta do que havia acontecido, mas quando percebeu estava com uma faca nas mãos, segurando firme e apontando para ele.

—Sai daqui, vai embora! Se não for eu juro que te mato —sua voz sai meio trêmula, mas soa convincente.

Se Entregando Ao Pecado (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora