Tiro o dia para estudar e por as matérias em ordem. Quando estava quase terminando de fazer as revisões meu celular toca. É Vick.
- Oi Nathy, tudo bem? - diz ela do outro lado da linha.
- Oi Vi! To bem e você? - respondo animada
- Também...Então o povo ta marcando de sair hoje, topa vir junto?
- O povo?- pergunto confusa
- É... O povo da nossa sala, e acho que do 2° ano também.
- Para onde vocês vão?
- Baladinha que vai rolar aqui perto.
- Não sei não Vick - baladas e festas nunca foram muito a minha 'praia', prefiro passar o tempo lendo no meu quarto ao sair a noite.
- Ah Nathy para! Vamos vai por favor? - ela implora
- Você sabe muito bem que não gosto dessas coisas...
- Por favor Nah? Vamos vai? So dessa vez... Por favor...
- Ai ta, ta bom, eu vou!
- Eba! Passo ai na sua casa as 21:00 pode ser?
- Okay.
***
Confiro meu relógio e já são 19:15. Entro no chuveiro e permito que a água escorra pelo meu rosto e corpo relaxando meus músculos. Em baixo do chuveiro meus pensamentos não se desviam dele. Nicolas. Como pude começar a sentir isso por ele? Sera que não estou me enganando de novo? Mas é tão intenso que tenho certeza que não . Eu sei que ele é a pessoa que finalmente vai conseguir tirar o Wagner dos meus pensamentos. Tenho certeza disso. So não sei se isso sera totalmente bom...
Saio do banho e me visto. Ponho uma blusa branca com detalhes pretos de estilo social transparente que deixa visível meu sutiã preto com uma saia preta justa que vai ate a metade das minhas coxas, mas nada que fique vulgar, e acrescento um salto alto preto, uma bolsa de franjas e algumas pulseiras. Não me sinto tão bem de saia, acho que ela acrescenta ainda mais volume as minhas coxas, mas como e uma balaa se eu for de calça a Vick vai ficar me perturbando dizendo que não estou com roupas adequadas para tal situação e tal, tudo que menos quero ouvir agora.
Assim que termino o cabelo e a maquiagem já são 20:46 e Vick já esta na porta me esperando. Desço as escadas e aviso minha mãe de onde estou indo e saio.
Vick está linda, com saia de cintura alta e cropped. Ela não costuma se vestir assim, então chega a ser estranho logo de cara.
- Meu Deus amei a sua roupa! - diz ela assim que me vê - Voce devia usar mis saias...Mais enfim, vamos?
- Fazer o que ne? Vamos logo - digo revirando os olhos.
Durante o caminho fico me perguntando se o Nicolas estará lá, por que do jeito que Vick está com certeza ele irá. Nunca vi ela assim tão arrumada e menos ainda me chamando para ir a uma festa. Não estou nenhum pouco afim de encontrá-lo e muito menos ajudá-lo a ficar com minha melhor amiga.
A musica soa alta em um tipo de eletrônica e as batidas fazem o chão tremer. Assim que entramos vejo a Gabrielle na porta com um copo vermelho na mão, como todos os outros ao redor, que não quero nem imaginar o que seja.
- Estava esperando vocês! - ela diz animada assim que nos vê chegar.
- Quem veio? - pergunto me esforçando para que, apesar da musica alta, me ouça.
- Todo mundo! - ela diz levando o copo ate a boca.
- O Nicolas veio? - pergunta Vick e a Gabe franze a testa não entendendo o porque da pergunta.
- Sei lá, acho que sim - ela responde confusa - Vem vamos entrar.
Seguimos ela ao meio das pessoas e logo meu olha encotra o dele. O Nicolas está sentado em uma das essas do bar do outro lado do salão cercado por meninas, conheço apenas algumas delas. Olho de relance para Vick e ela está olhando para a mesma coisa que eu. Sei que ele é assim, fica com uma a cada dia, mas isso nunca me incomodou como agora, e o que mais me deixa mal é saber que ele nunca ligara para alguém como eu, ele pode ter qualquer uma que quiser, por que olharia logo para mim? Mas mesmo sabendo disso, essa troca de olhares faz crescer uma esperança dentro de mim...
Quando olho novamente para o lado não encontro Vick e nem a Gabe. Tento achar alguém que eu conheça para fazer companhia, mas não encontro e as luzes dificultam ainda mais isso.
Legal, agora estou em uma festa idiota, com pessoas idiotas, com caras bêbados e idiotas que so querem saber de beber e pegar todo mundo e para piorar estou sozinha. Penso ainda procurando por elas.
Caminho ate o bar e me sento em uma das cadeiras do balcão, tentando ficar o maximo possível longe dele e daquelas garotas oferecidas ao seu lado.