Uma hora se passa e já estou na minha quarta dose.
- Olha só quem está vindo ali. - avisa Sarah olhando para atrás de mim e me viro para poder ver também. Nicolas está vindo em nossa direção. Tento me levantar do banco para manter distância dele, mas meu corpo está tomado pelo álcool.
- Vamos deixar vocês sozinhos. - diz Sarah e sinaliza para Poli e as duas se afastam para nos deixarem sozinhos.
- Por que você não foi falar comigo? - pergunta Nicolas se aproximando e sentando ao meu lado.
- Porque você estava ocupado e não queria te incomodar. - digo de modo sarcástico e levo o copo a boca.
- O que? - ele diz, mas logo se interrompe. - Espera ai, você está bebendo? - abaixo o copo e Nicolas segue meus movimentos com o olhar, claramente surpreso.
- Sim, qual o problema? - minha voz sai mais lenta do que esperava.
- Você está bêbada? - ele pergunta e tira o copo da minha mão. É engraçado quando ele fica com raiva.
- Um pouco. - digo e dou de ombros. - Pode me devolver?
- Não, você não está acostumada a beber tanto, vai passar mal.
- E desde quando você se importa? - digo pegando o copo pela metade da mão dele e virando na boca. - Você deveria estar preocupado com a sua nova namoradinha.
Sei que agora estou soando meio dramática, mas descobri que o álcool faz isso comigo.
- O que? Do que você está falando?
- Pensa que eu não vi você beijando aquela garota? - digo e ponho o copo no balcão diante da mulher loira. - Mais uma por favor.
- Foi um desafio idiota, e foi só um selinho, e selinho não é traição. - ele me olha nos olhos e me forço a desviar o olhar enquanto minha quinta bebida chega. - E chega de beber.
- Pra mim é. - reviro os olhos e tomo um gole da bebida, ignorando-o. Sei que foi só um selinho, mas não deixa de ser uma traição, não a maior delas, mas mesmo assim ainda é.
- Eu mal encostei nela. - argumenta ele e começo a rir. Não sei porque, mas é engraçado. - Para de rir eu estou falando sério!
- D-desculpa... - digo levantando o copo novamente. - Eu vi tá legal?
- Você viu errado então. - ele diz e se aproxima de mim segurando meu rosto com as mãos. Ele chega mais perto e toca seus lábios macios nos meus de leve. Ele da apenas um toque leve e logo se afasta. - Foi isso que eu fiz com ela, nada de mais.
Ele continua me segurando e tento me livrar de seu toque mas o álcool no meu corpo não permite que eu consiga.
- Nathy? - chama Sarah, para a minha sorte nos interrompendo. - Eu e a Poli vamos para a pista. Você vem?
Sem pensar muito me esforço para levantar do banco do balcão e começo a seguir-las. Ouvi Nicolas dizer algo, mas o ignorei.
- É... Eu não sei dançar. - digo assim que chegamos na pista.
- Acho que você não bebeu o suficiente. - diz Poli rindo. - Ninguém aqui sabe, e relaxa porque ninguém vai te ver.
As luzes me deixam ainda mais tonta do que já estou e quando começo a me soltar mais, sinto alguém puxando minha cintura e pressionando seus labios nos meus. Não preciso nem olhar para saber quem é. Nicolas. Ele continua me beijando e me leva contra a parede.
- Se não fosse eu você iria continuar beijando? - pergunta ele sussurrando em meu ouvido.
- Eu sabia que era você. -respondo no mesmo tom.
- Como? - ele insiste.
- Seu gosto é diferente. - digo e no mesmo momento começo a rir das minhas próprias palavras, não sei exatamente o porque.
- Meu Deus, quantas doses disso você bebeu?
- Umas cinco. - digo. - E eu quero mais uma.
- Quem diria eim? - agora quem está rindo é ele. - Deixou de bancar a certinha?
- Já disse que nunca fui... - antes que eu possa terminar ele me beija novamente. Ele me empurra mais para o lado e, ainda me beijando, abre uma porta atrás de mim e me leva para dentro.
- O que é isso? - pergunto assim que ele fecha a porta atrás de si.
- Shh... - é tudo que ele diz e logo leva os lábios ao meu pescoço. Logo consigo identificar o lugar mal iluminado. É um banheiro. Por que ele me trouxe aqui? Posso estar bêbada mas ainda tenho consciência. Quando seus lábios tocam meu pescoço de leve sinto minha pele se arrepiar e por um instante acabo me esquecendo de tudo e tudo que eu desejo é ficar perto dele, quero quebrar todos os centímetros entre nós e, mais do que nunca, tudo que eu mais quero é estar com ele.
Cada vez que seus lábios tocam partes do meu corpo posso sentir a eletricidade entre nós. Ele tira a língua da minha e a leva a pele sensível da minha clavícula e depois até meu pescoço novamente, puxando a pele com força. Com força até demais.
- Ni? - digo tentando me afastar dele, mas todas minhas tentativas são inúteis e o álcool me deixa mais vulnerável ainda. Quando ele finalmente se afasta posso ver seu sorriso e o brilho familiar de seus olhos castanhos.
- Vai ficar roxo. - ele diz apontando para o lugar onde chupou a pele. Levo imediatamente a mão ao lugar. E se alguém ver isso? Quase como se lesse meus pensamentos, ele continua. - Mas relaxa, vai sair.
Ele me pressiona ainda mais contra a parede do lugar pequeno e posso sentir sua ereção contra minha barriga.
A sensação é muito boa, parece que ele está ainda mais perto de mim e que realmente posso sentir-lo... Meu Deus o que eu estou dizendo? Eu definitivamente nunca mais vou beber.
Ele leva a mão a minha coxa e me levanta, me pondo em cima do balcão onde ficam as pias e o grande espelho do banheiro.
- O que você está fazendo? - na verdade não era bem isso que queria perguntar.
- Só relaxa. - é tudo que ele diz. Se eu não estivesse tão bebada teria saido correndo de la assim que ele disse se isso, mas ao invés disso suas palavras me confortam de um jeito estranho.///
Meus amores, espero que estejam gostando! Não esqueçam de dizer oq estão achando da fic, sabem o quanto é importante pra mim! <3