Começamos o estudo com coisas simples e ele foi me explicando o que eu não entendia, depois passou uma atividade de múltipla escolha com 10 questões, para mim responder sem consultar o livro. Quando terminei, ele corrigiu e me disse que eu só havia acertado 5 alternativas.
-- Bem, é um começo para quem não havia acertado nada na última vez-- concluiu fechando o livro após 2 horas e meia de estudo.
-- Mas esse exercício é o mesmo que o senhor passou ontem?-- apontei para o papel em minhas mãos.
-- Sim-- abri a boca, perplexa em como havia mudado muito.
-- Nossa... muito obrigada-- sorri abertamente a ele.
-- Não foi nada, aliás, com o tempo veremos mudanças nas provas, não?
-- Com certeza-- sorri corando ao que ele fechou a maleta.
-- Vou pedir um café, quer um?
-- Obrigada, mas não tomo café-- falei baixo.
-- Não quer nada?
-- Hum... o que tem além de café?
-- Acho que achocolatado e sucos-- cerrou os olhos na direção de uma placa atrás do balcão.
-- Achocolatado-- falei alegre.
Ele levantou a mão chamando a garçonete, que veio rápido com um cardápio em mãos.
-- Decidiram o que irão querer?
-- Sim, um achocolatado e um café-- respondeu sem olhada diretamente.
-- O chocolate quente ou frio?
-- Quente-- respondi e ela revirou os olhos, voltando para o balcão. -- Sem educação-- murmurei baixo e guardei meus cadernos.
-- Pois é-- falou rindo e olhando para o balcão.
Fiquei em silêncio nos minutos que se passaram, quando o pedido chegou conversamos sobre alguns livros, séries e até um pouco de futebol. Ele era um bom puxador de assunto, mas eu infelizmente não conseguia fazer com que a conversa fluísse.
-- Bem, obrigada pela aula, ajudou muito-- agradeci após uns 30 minutos de papos jogados fora.
-- Já vai?-- se levantou junto.
-- Sim, tenho ainda alguns exercícios de matemática para fazer-- coloquei a bolsa no ombro.
-- Quer uma carona?
-- Não precisa-- sorri para ele.
-- Não me importaria, senhorita Sky, além disso já está anoitecendo e acho um tanto perigoso uma garota sair sozinha pelas ruas-- andou até mim. -- Me permita leva-la.
-- Ahn...-- congelei ao que ele parou em minha frente, olhando diretamente em meus olhos. -- E-eu... e-eu... tudo b-bem...
Fomos até o caixa e eu peguei minha carteira, pronta para pagar, mas ele segurou minha mão anunciando que iria pagar. Tentei, falhamente, protestar, mas ele alegou que um verdadeiro cavalheiro deve pagar a uma moça. Corei no ato.
-- Obrigada-- falei tirando o cinto, enquanto ele desligava o carro em frente a minha casa.
-- Não é nada, senhorita Sky, espero ter ajudado com os estudos, e revise as questões.
-- Claro. Tchau-- abri a porta e dei um pequeno pulo para o chão, já que seu carro era alto.
-- Até outro dia-- sorriu quando eu fechei a porta, deixando-o me observar subir pela varanda e acenar timidamente com a mão.
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Senhor Emboaba
RandomAos meus 17 anos minha paixão pelo professor Emboaba cresceu excessivamente quando ele finalmente passou a notar-me de uma forma boa, e eu não poderia estar mais feliz com isso. Eu tinha medo de me iludir de mais por estar falando todos os dias com...