Cap. 18-- Longa noite...

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Assustada, e um pouco em choque, olhei para minha mão, não conseguindo ver a mesma porque havia uma maior por cima. Olhei para o lado e Oscar parecia totalmente no universo do filme, sem nem se importar por estar segurando minha mão. Mordi a parte de dentro da minha bochecha para tentar evitar um sorriso bobo que teimava em querer brincar em meus lábios. Foquei minha atenção no filme por alguns minutos, mas quando aconteceu uma cena de susto, cobri meu rosto com as duas mãos e praguejei baixinho. Isso foi o suficiente para Oscar focar em mim e dar um risinho nasalado, falando que não era nada de mais.

Não como, nem quando, mas em meio a um bocejo me vi com minha cabeça deitada no ombro malhado de Oscar e a dele sobre a minha. Uau. Estávamos agindo quase como um casal, ou como era minha concepção de casal, não importa, o que importa é que eu estava quase pulando de alegria. Sem nenhum exagero.

~•~

-- Nem foi tão assustador assim-- ele falou quase pela décima vez enquanto andávamos em direção ao Subway.

-- Foi sim! Urgh! Aqueles troços lá-- gesticulei minhas mãos como se estivessem em minha frente. -- Não sei o que era pior: aquela mini-demônio ou aquela casa assustadora!

-- Nenhum dos dois, até porque nem foi tão assustador assim!

-- Foi sim! Tão assustador que eu estou paranoica achando que qualquer criança aqui vai virar um demônio, argh!-- apontei para uma mesa em que havia três garotinhas comendo uma pizza.

-- Cuidado para você não virar-- falou segurando o riso e eu lhe lancei um olhar raivoso.

-- Pois se eu virar, a primeira pessoa que irei assombrar será você!-- apontei em sua direção.

-- Mas porque eu?

-- Porque... porque... ah, sei lá!-- me sentei em uma das quatro cadeiras que haviam em uma mesa bem em frente ao Subway.

-- Você é bem confusa, não?

-- Sou, quer dizer, não. Ah, sei lá-- falei sem pensar e ele riu baixinho.

-- Enfim, quer pedir algo?

-- Sei lá...

-- Procura uma ajuda especialista, pelo amor de Deus-- falou rindo.

-- Argh!-- resmunguei ao que percebi minha burrice. Vou mesmo procurar uma ajuda, porque não tá fácil!

-- Quer pedir? Ou não?

-- Ah, quero.

-- Eu vou lá e você fica aqui para não pegarem a mesa, o.k.?-- assenti e ele levantou. -- O que vai querer?

-- Qualquer coisa de carne de boi, sem verduras e um suco de maracujá-- pensei rápido e falei, logo ele assentiu e foi em direção ao balcão de pedidos.

Peguei meu celular, checando a hora e mandando uma mensagem para Emica, avisando que o filme tinha acabado. Ainda faltavam 2 horas para o horário que meu pai sairia para uma reunião, e ele disse que se eu não chegasse a tempo de encontra-lo, a chave estaria embaixo do vaso de plantas que havia na entrada da casa. Tenho que me lembrar disso se formos demorar mais.

-- A garota está sozinha? Hum... que gótica-- olhei para cima, encontrando Maxon parado com as mãos na mesa.

-- Max!-- saudei-o, me levantando e puxando-lhe para um abraço. -- O que faz aqui?

-- Vim comprar um lanche para o mimado do Matheus. Ele ficou doente e cismou que só comeria alguma pizza, mas o único lugar que vende pizza no meio da tarde é aqui, então aqui estou eu!-- revirou os olhos.

Senhor EmboabaOnde histórias criam vida. Descubra agora