Enfrentando a Realidade.

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Assim que Helena entrou no quarto Antonio veio logo atrás e bateu a porta com força e em seguida a segurou pelo cabelo e lhe pressionou contra aporta. Quando ela o fitou em seus olhos percebeu que a fúria que o consumia.

_ Eu avisei Helena!

_ Eu juro que não fiz nada... Nós apenas fumos ao cinema porque eu queria muito e...

Ele não deixou que ela concluísse, pois a pegou pelos braços e lhe jogou sobre a cama. Helena em comparação a Antonio era pequena demais e por isso não se atrevia a fugir, apesar do medo que sentiu quando ele pressionou as duas mãos em seu pescoço e ela sentiu o ar faltar.

_ Eu juro que não faço mais isso.

Lágrimas do pânico que a consumia naquele momento já que sabia o que ele poderia fazer.

_ Prometo que quando sair da empresa eu venho direto para casa e...

Mas ele não queria ouvir. Então segurando seu cabelo com força fez com que ela o fitasse e disse friamente:

_ Eu avisei uma vez! Não ouse me trair ou você morre!

Antonio se desfez de sua blusa com rapidez e ela virou o rosto quando ele tentou beijá-la.

_ Por favor, não... _ Ela suplicou já sabendo aonde isso os levaria e detestava os momentos ele que ele exigia seus direitos de marido, apesar de suas lagrimas para que não o fizesse. Mas ele não parou e segurando seu o rosto a beijou com raiva tanto que seus lábios ficaram doloridos. Logo em seguida ele se debruçou sobre o corpo dela e passou a acareá-la com agressividade e as marcas da agressividade se tornavam evidente.

Helena se debatia na tentativa de se soltar dos braços dele até que ela conseguiu e saiu correndo em direção ao banheiro e trancou a porta, mas ele não aprecia se importar nenhum pouco com isso e disse:

_ Você sabe que não pode fugir! Você está presa a mim. Eu te comprei, e eu sou teu dono. Nunca se esqueça disso!

Com o rosto banhado de lágrimas e o corpo tremulo Helena apoiou a costa sobre a porta para ter certeza de que ele não entraria caso tentasse entrar no banheiro, mas os minutos passaram e houve silencio no quarto. Ela sentou no chão e levou as duas mãos ao rosto em sinal de desespero, pois a coisa que ela mais queria era fugir. Sumir daquele lugar! Mas toda vez se lembrava daquela maldita divida e da casa que estava nas mãos de Antonio!

Ela saiu do banheiro e o quarto estava vazio e deu graças por aquilo então houve uma batida de leve na porta e o coração dela bateu devido à adrenalina já que pensou que fosse seu marido retornando, mas ao ouvir a voz de Melissa sentiu alívio.

_ Posso entrar?

_ Pode sim, Melissa.

Ela entrou no quarto e ao ver o rosto inchado da patroa se espantou e correu em sua direção para saber o que havia acontecido.

_ O que houve?

Ela relatou as sucessivas situações de abuso que vinha sofrendo ao longo desses nove meses tudo por causa de sua vida que estava nas mãos de Antonio e por isso ele a ameaçava expulsar Maura e sua irmã pequena e deixá-las na rua, isso sem contar as outras ameaças que ele havia feito de até matá-las, coisa que não duvidava que ele fosse capaz.

_ Eu não fazia idéia.

_ Você não imagina o que é viver esse inferno todo dia. Eu sinto que ele nunca vai me liberar dessa maldita prisão!

_ Você já tentou falar com o Armando? Ele pode...

_ Não posso! Eu tenho medo do que o Antonio pode fazer e também não tenho garantias que o Armando vá me ajudar. A minha esperança é quitar logo essa divida e eu ficar livre desse casamento.

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