Helena lutava intensamente contra a vontade de chorar, mas era tão difícil porque sentia tanta tristeza ao recordar as palavras de Rafael ofendendo-a de maneira tão agressiva. Ela sentou na beira da cama e se negando a ceder suas emoções levantou e foi ver sua filha que pareceu notar a entrada da mãe e abriu os olhos e logo levantou da cama.
_ Oi meu anjo.
_ Mamãe... _ ela pareceu achar estranho lugar onde estava e levantou indo em sua direção.
_ Esse é meu quarto, mamãe?
_ E sim minha filha.
Ela olhou encantada para os pequenos brinquedos de pelúcias que tinham no local, algumas casinhas de boneca e mais um monte de coisa para entreter a pequena, mas o que logo lhe encantou foram os livros de colorir, uma grande alegria para Rebeca.
Olhar para sua filha era o mesmo que recordar a Rafael, pois as semelhanças eram muitas. O que mais a admirava era o modo como ela virava o rostinho quando ficava com duvida, era idêntico ao pai. Suspeitava que isso não tardasse a passar despercebido ao olhar de todos. Quando isso acontecesse, estaria perdida!
_ Você esta com fome?
_ Humm humm _ ela gesticulou com a cabeça em sinal afirmativo e acabou fazendo com que o laço escorregasse nos fios cacheados.
_ Vou dizer pra tia Melissa trazer coisinhas gostosas. Você quer?
_ Sim!
Ela riu quando a pequena disse um sim bem alto como qualquer criança em sua idade.
_ Já volto, não saia daqui!
Mas a menina tinha vontade própria e não atendeu a sua ordem.
Naquele momento Rafael saia do seu antigo quarto que ficava naquele mesmo corredor e logo avistou a pequena de cabelos loiros e lindos olhos verdes. Aquela certamente sai era a filha de Helena e seu pai.
Quando a menina o avistou ela o fitou com aquele mesmo olhar de sua mãe e abriu um sorriso de criança inocente, apesar da indiferença com a mãe da pequena, era impossível não se encantar com a meiguice dela.
_ Oi.
_ Oi pequena.
_ Meu nome é Rebeca, mas minha mamãe me chama de Beca.
_ Então, oi Beca... Onde está sua mamãe?
_ Ela foi buscar docinhos com a tia Melissa.
_ Humm
_ Você quer docinhos?
_ Não, querida.
_ Você é meu tio também?
_ Não, eu não sou seu tio.
_ Hummm _ ela virou o cabeça pro lado e colocou a mão no queixo em sinal de que estava pensando e foi impossível não rir da cena de curiosidade natural da pequena e quando estava prestes a dizer que era seu irmão, Helena apareceu no corredor e avistou-os.
_ Beca, eu não mandei você ficar no quarto?
A menina abaixou o olhar em sinal de arrependimento por ter desobedecido a mãe.
_ Ela estava apenas conversando comigo.
_ Já disse a minha filha que não deve falar com estranhos!
_ Mas eu não sou estranho!
_ Para mim é! Não esqueça isso nunca Rafael, eu nunca vou perdoar o modo como você me enganou!
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O Nosso Amor
RomanceHelena sonhava encontrar o amor, mas não podia imaginar que seria dessa maneira. Afinal, tudo o que tinha era um casamento forçado com um homem que não amava e para completar, tinha que enfrentar a ira de seu enteado que, a odiava mais que tudo. Ra...