I can't change

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And God loves all his children it's somehow forgotten
But we paraphrase a book written
3,500 Years ago
I don't know

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A depressão é vista com muita imaturidade pelas pessoas.

Dizer "eu tenho depressão" virou substituir dizer "eu estou me sentindo triste". Depressão para mim, na verdade, é sentir absolutamente nada. Com o sucesso ou o fracasso. Você vai e vem e tudo parece absolutamente nada. É sentir que você só tá envelhecendo e que as pessoas e os lugares são absolutamente banais. Falta de fé? Não mesmo. O que atrapalha (confesso) é que realmente você percebe que no final tudo vira uma bosta.

Afinal, somos aquela censura na tarja preta de um filme de terror.

Proibidos para menores de alma.

☺☺☺☺☺

Os lençóis macios, cheirosos e quentinhos eram como um convite para permanecer eternamente deitado naquele dia de extremo frio que fazia na Inglaterra.

Era tão gostoso o modo como aquela cama o acolhia tão bem, tão gostoso, Louis queria morrer ali. Permanecer eternamente ali não seria um problema, mas era claro que faltava algo.

Ou alguém.

Os braços que sempre o rodeavam, o mantendo em um abraço quente e confortável, juntamente da respiração calma com os lábios entre abertos atingindo-lhe o pescoço. A melhor sensação do mundo.

Soltando um suspiro frustrado por não conseguir encontrar o corpo da pessoa que o tanto fazia bem, depois de tatear a cama como um louco, Louis abriu os olhos lentamente, se arrependendo logo em seguida quando a claridade que vinha da janela atingiu em cheio as suas iris sensíveis ao acordar.

Grunhindo coisas incompreensíveis e resmungando, o garoto tentou mais uma vez, agora com mais calma. Lentamente seus olhos foram abrindo, revelando o maravilhoso tom de azul que eram pela manhã.

Quando seus olhos se acostumaram com a luz ambiente, Louis viu um anjo.

E ele realmente achou que tivesse morrido

Quando pequeno, sua mãe o ensinou a sempre agradecer à Deus pelas coisas boas que aconteciam em suas vidas.

E ele o fez.

Ele agradeceu à Deus por ele ter posto, ou não, Harry Styles em sua vida.

Louis odiava coisas clichês, mas seria hipocrisia dizer que aquela cena à sua frente não era a mais bonita em toda sua vida.

Harry estava sentado na janela trajando apenas uma boxer preta apertada, seu joelho direito estava servindo de apoio para seu braços cruzados onde seu queixo descansava; seus olhos estavam brilhantes e observavam algo janela afora. Aqueles olhos, aqueles olhos que mais pareciam pedras preciosas.

Pedras preciosas para um garoto precioso.

Levantando-se devagar da cama, tentando ao máximo não fazer ruídos, mas acho que nem tudo sai como esperamos. Ou Louis era muito desastrado para prestar atenção nas coisas.

Mas Harry nem pareceu ao menos notar o movimento que o garoto fez ao se levantar, continuava imerso em sua própria mente.

Louis se dirigiu rapidamente ao banheiro, antes de ir até onde o encaracolado estava sentado, apoiando o queixo em seu ombro direito, fazendo-o pular em susto mas logo relaxando novamente. Virou a cabeça e deu um selinho no garoto.

Isso fez com que aquela sensação tão conhecida de borboletas no estômago tomasse conta de seus corpos.

Era sempre tão bom.

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