Capitulo 7

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Chegamos a sala de reunião e todos já estão lá, o Sr. Montenegro aperta a mão de todos os presentes e depois se senta na cadeira destinada a ele. Eu por minha vez comprimento a todos com um aceno de cabeça e me sento ao lado de Bernardo.
A cada hora que passava eu ficava mais abobada com os valores que os senhores presentes apresentavam ao Sr. Montenegro, realmente era muito dinheiro para investir em um negócio. Bernardo por sua vez não aceitava nenhum desses valores o que me fez pensar que ele era um tipo de louco, pois realmente era muito, muito dinheiro.
Ficamos pelo menos umas 3 horas em reunião, meu estômago já reclamava e o tédio se apossava de mim. Quando eles anunciaram o final da reunião eu quase levantei da cadeira e fiz a minha dancinha  da felicidade, mas, como não é um lugar apropriado para esse tipo de coisa eu simplesmente agradeci mentalmente. No final o Sr. Montenegro conseguiu um contrato milionário, conseguiu o preço que havia esperado, e eu tenho que admitir que ele é um bom negociador, os sócios ficaram de quatro por ele.
Eu e Bernardo fomos a caminho do elevador, estava um silêncio incomodo então eu decidi quebra-lo

"Eu to com fome, preciso comer"

Sr. Montenegro me olhou com um olhar curioso, logo depois sorriu de canto e concordou com a cabeça.

"O que quer comer senhorita Gonçalos?"

Fingi não ouvir sua pergunta, eu já havia avisado que não gosto que me chamem de senhorita,então continuei andando como se ninguém tivesse falado comigo.

"Senhorita Gonçalos?"

Respirei fundo e o olhei, não podia fingir que não estava ouvindo outra vez, eu sempre odiei muita formalidade, ele é meu patrão então está certo eu o chamar de senhor, mais eu sou uma funcionária e gosto do meu nome, ele poderia me chamar de Catarina sem problema algum, mas, talvez esse seja o jeito dele,talvez não goste a amizades no ambiente de trabalho, não vou forçar a barra. Ele é o meu chefe, então aceitarei a suas decisões.

"Hum, eu como qualquer coisa senhor, mais preciso comer meu estômago já está reclamando, mais um pouco e ele come o meu rim"

O Sr. Montenegro dá uma gargalhada e faz um sinal negativo com a cabeça, ele parece um cara legal, acho que podemos ser bons amigos, a nossa convivência não será complicada, ele não é aquele tipo de pessoas ricas esnobes, ele é simples, aquele tipo de pessoa que não pensa em classe social, bom, pelo menos é o que me pareceu até agora. Mais não posso dizer muita coisa, conheci o cara a pouco menos de 2 dias.

"Então vamos comer Catarina, não seria nada agradável se o seu estômago comesse seu rim não é mesmo?"

"Pois é, não seria nada agradável"

Faço uma careta e depois sorrio, ele olha pra mim dá mais uma gargalhada e continua a ir em direção ao carro, ao chegar na frente da porta ele abre entra e se senta, eu dou a volta no carro e entro pela outra porta.

"Nada cavalheiro senhor"

"Fazer o que né? É a vida, não existem cavalheiros como nos filmes"

"Acabou com o meu sonho"

Coloco a mão sobre o peito e faço uma cara dramática, o senhor Montenegro encolhe os ombros e volta a sua atenção ao motorista fala um endereço e o carro sai em direção às movimentadas ruas de São Paulo.
Chegamos em um restaurante, com tema rústico, muito lindo por sinal. Entramos e pedimos uma mesa, o garçom nos leva até uma mesa ao canto. O senhor Montenegro puxa uma cadeira pra mim e me espera sentar, logo depois senta a minha frente. O garçom nos entrega o cardápio e sai.

"Agora foi cavalheiro senhor"

"Eu sempre sou"

Ele dá uma piscadela e volta sua atenção para o cardápio.
Depois de um tempo nosso pedido chega, comemos e logo nós encaminhamos para o local onde o projeto será executado. Hoje o dia está sendo mais cheio do que eu imaginei que seria.

Sem barreiras para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora