Three Wishes (HS)

☯ Capítulo 30 ☯

Capítulo 30

          Dusty acaba por acordar com toda a minha agitação para ir à procura não só da minha mãe, como também, do Harry.

          - O que se passa? - pergunta com as suas orelhas arrebitadas para ouvir a minha resposta.

          - Vou atrás da minha mãe... e pelos visto também do Harry. - informo calçando umas Vans vermelhas.

          - Char, não podes!

          - Dusty, já passaram horas e não sei nada sobre eles. Não consigo ficar parada, quando sei que algo se aconteceu. - expliquei séria.

          - Mas isso não é seguro, tu estás a recuperar. Podes desmairar outra vez.

          De repente, uma ideia surgiu na minha cabeça. Porque não usar o faro apurado da Dusty? Já que percebo o que ela diz, coisa que penso que se deve à grande pancada que sofri na cabeça, é bastante útil. Ela já podia seguir o rasto da minha mãe, mas o facto de ela falar pode dar-me pormenores que nem os encantadores de cães conseguem.

          - Porque estás olhar para mim desse jeito? - inquiriu assumindo agora uma posição séria.

          - Tu vais ajudar-me a encontrar a minha mãe.

          - Como?

          - Segues o rasto dela com uma peça de roupa. - explico e um simples sorriso aparece no meu rosto.

          - Só com uma condição.

          - Qual?

          - Se não encontrar-mos até ao sol se por, vamos ter de voltar. Se é que não demais... sabes que vais ter muitas dor? Estás preparada? - fala Dusty com o objetivo de me prender mais em casa, mas se ela acha que consegue mudar a minha ideia de ir atrás da minha mãe e ver o que aconteceu ao Harry, está muito enganada.

          - Sim, sim. Vamos ao que interessa antes que o meu avô desconfie que se passa algo! -sai do meu quarto em direção ao quarto de lavandaria e peguei numa peça da minha mãe que ainda não tinha sido lavada.

          - Sabes que ela pode estar bem e estás a dramatizar...

          - Dusty, nem penses. Vamos!

          - És mesmo teimosa. - comentou seguindo-me até há cozinha.

          Sorri vitoriosa com o comentário da Dusty, enquanto pegava num pedaço de papel e numa caneta. Escrevi um aviso nítido e legível para o meu avô caso ele viesse à minha procura, pendurei este com um íman no figorífico, e por fim, com a trela da Dusty e a t-shirt da minha mãe, saímos as duas.

           Fomos para a paragem de autocarro indicada para levar-nos ao Shopping que fica um pouco longe para ir a pé.

[...]

          Assim que chegamos, Dusty olhou para a trela que eu lhe colocava por percaução.

          - Eu não preciso disto.

          - É só por um pouco, princesa.

          - Okay. - concordou um pouco contrariada.

          Coloquei no focinho da Dusty a peça da minha mãe, e esta, cheirou-a. Voltei a guardar e esta começou a cheirar o chão detadalhamente e a puxar-me pela trela.