Three Wishes (HS)

☯ Capítulo 50 ☯

Capítulo 50 

Ponto de vista » Audrey

          Ver a minha filha ao lado do Harry que a faz feliz, deixa-me a mim também feliz. Ela é o meu tudo e só a felicidade dela me interessa.

          – Mãe, vou para a cama! – informa Charlotte ao levantar o seu corpo do sofá. – Amanhã quero acordar cedo para fazer uma surpresa ao Harry. Já que ele não quis passar a noite cá. – justifica dando um beijo no meu rosto.

          – Fazes bem. Mas tens de compreender que para o Harry é estranho, ele precisa de espaço para organizar a sua vida enquanto humano.

          – Eu sei, mas sabes que ele não tem documentos. Não pode simplesmente arranjar um emprego.

          – Hum... O que tu me dizes de o contratar como meu assistente? Quando estavas no teu quarto na hora do almoço, recebi uma chamada que a coleção vai ser apresentada em Londres. – explico vendo um sorriso lentamente a abrir no rosto da minha filha. – Ele pode ajudar-me com os preparativos e a coleção, visto que ele já viveu muitas coisas. Pode ser que me dê mais inspiração conhecer melhor o meu genro.

          – Obrigada mãe! Isso era ótimo! – Char afirma e dá-me um abraço.

          – De nada, meu amor. Eu quero-te ver feliz.

          – Okay, mas não te esquecas que a minha felicidade também passa por te ver feliz. – admite com o rosto sério fazendo lembrar-me do pai dela. – Boa noite, até amanhã.

          – Vai lá.

          – Dusty, anda. – sugere batendo na perna para ter a atenção da sua cadela que estava muito atenta a ver a última notícia do telejornal.

         Elas desaparecem do espaço e o jornal da noite termina deixando-me sozinha. Opto por ir tomar um café ao negócio do meu pai.

        Desco as escadas de acesso, e logo, deparo-me com o meu pai a tirar dois cafés e a Liz, a nossa empregada de verão, a servir um grupo de amigos um pouco mais novos que a minha filha.

          – Pai, precisa de ajuda? – pergunto preparando para me servir com um café.

          – Seria ótimo! Eu não queria ir lá cima chamar-te, mas sei que a Char mal soubesse ia quer vir e ela ainda está a recuperar.

          Vesti o avental e comecei a ajudar.

[...]

          Era bastante tarde quando ajudei a Liz a terminar o serviço. Esta tirou o avental, agarrou no saco de lixo e nas suas coisas, assim que saísse podia deixar o lixo no caixote e eu só tinha de fechar a porta.

          – Obrigada pela ajuda, Sra. Watson.

          – Ora, não tens de quê! Agora, pode ir. Até amanhã!

          – Até amanhã. – disse e saiu.

          Pousei o balde com água quente e líquido verde, molhei a esfrogona e torci-a. Depois de fechar a porta à chave, passei a esfregona como a minha filha ou a Liz costumam fazer.

          Terminando, subi as escadas para ver se estaria inspirada para continuar a nova coleção.

           Sentei-me na mesa da cozinha e agarrei nos meus rabiscos. Estava para riscar aquilo por causa de não me agradar nada, até que alguém bate à porta. Para não acordar, nem a Char, nem o meu pai, apresso-me em ir abri-la.