Inspiração musical: What Hurts The Most - Rascal Flatts
Capítulo 42
Ponto de vista » Charlotte
– Charlotte, podes explicar?
- Mãe, deixa-me estar um pouco sozinha. - pedi, eu precisava de perceber o porquê da reação do Harry.
- Está bem. Mas mais logo quero que me expliques o que aconteceu. - ela disse e eu abanei a cabeça a concordar.
Ela saiu do meu quarto e a Dusty aproximou-se de mim com uma expressão de tristeza.
- Porque o Harry reagiu daquela forma? Ele ia deixar de ser anjo de qualquer maneira. - comentou e eu atirei-me para a cama.
A palavra egoísta ecoava repetidamente na minha cabeça vezes e vezes sem conta. Agarrei na almofada que tinha a fragância dele ainda presente e olhei para a Dusty.
- Char, ele vai voltar. Provavelmente a estupidez humana subiu-lhe à cabeça.
- Mas ele tem razão, eu fui egoísta. Até o meu subconsciente não para de dizer isso. - confesso a tentar controlar as lágrimas que queriam sair.
- Foste, é verdade. Eu também fui. Só que eu tenho a certeza de uma coisa!
- Do quê? - pergunto não tendo ideia do que ela achava.
- Passe o tempo que passar, ele vai perdoar-te, e perceber, que aquela frase "Errar é humano" encaixa perfeitamente nesta situação. - diz muito séria.
- Oh minha menina, anda cá! - eu chamo e ela caminha com as patinhas até mim. - Como é que eu tenho uma cadela tão sábia?
- Eu ando a ver muitos filmes e programas com o teu avô, as inflências sábias dele refletem-se em mim. Isto acontece com muitos cães, só que apenas eu tive a sorte de poder roubar-te um caramelo. - explica com ar traquina e aninha-se junto a mim.
- O que sugeres que eu faça em relação ao Harry?
- Acho que tens de o deixar estar um pouco sozinho. Apesar de ires atrás dele, também é uma ideia interessante, só que é melhor primeiro leres o diário. - aconselha e eu dou-lhe um leve sorriso.
Eu tinha tanta coisa para dizer ao Harry e vê-lo sair assim doeu, mas a Dusty tem razão. Humanos cometem erros, e talvez o meu problema seja que eu não esteja habituada a cometer erros e viver com eles. Mas se ele me perdoar, eu acho que vou conseguir viver com isso. Se ele precisa de tempo, eu vou dar-lhe todo o tempo do mundo, mesmo que demore um infinito.
- Obrigada, minha menina. - agradeço passando a mão várias vezes sobre o seu pêlo macio. - Abençoado o dia que a minha mãe te colocou na minha vida.
- Oh, tu mereces isto e muito mais. És a melhor dona de sempre! - afirma ficando com a língua de fora e uma expressão feliz no focinho. - No entanto, tenho necessidades a fazer, já venho. - informa saltando para o chão e dirigir-se ao espaço onde é uma espécie de WC para ela.
Ponto de Vista » Harry
Quando preparava-me para sair da casa da Charlotte, o Castiel colocou-se à minha frente numa tentativa de me impedir de sair dali, mas sem sucesso.
- Eu preciso sair, deixa-me! - eu exige e este deixou-me seguir caminho.
Eu precisava de estar sozinho. Eu até posso gostar dos seres humanos, mas eu nunca pedi para ser um, e isso, estava a deixar-me louco. O temperamento humano dentro de mim estava a colocar-me num misto de emoções e eu preciso de me afastar daqui.
Caminhei em direção ao monte onde estão os pégasos, criaturas que eu não sei se alguma vez irei ver novamente. No entanto, no fim da rua vejo um pastor alemão deitado com ar aborrecido. Aproximo-me deste e ouço guichos como se tivesse triste com alguma coisa.
- O que se passa? - pergunto, mas obviamente que eu não ia saber a resposta.
Coloquei-me ao mesmo nível, vi a coleira, e nesta, estava escrito "Cooper".
- Cooper... hum, bonito nome para ti. - elogiei acaraciando a cabeça dele. - Queres vir comigo? - pergunto comecando a caminhar para a casa abandona onde eu tinha estado acorrentado com o Castiel.
Olho para trás e vejo que o Cooper segue-me e não consigo conter o sorriso.
Isto é irónico. A primeira vez que a Char me viu, ela achou que eu era um sem-abrigo. Olha eu aqui a ser exatamente isso à vista de todas as pessoas. Eu percebi que ela fez isto para ficarmos juntos, mas o amor não é uma coisa egoísta. Ela têm família aqui, eu não, a minha famíla genética morreu à milhares de anos atrás e tornaram-se anjos alguns séculos depois. Eu, agora, sou verdadeiramente um sem-abrigo.
[...]
Depois de pegar nas duas camisas que eu trouxe do mundo dos anjos e que estavam guardadas numa árvore partida oca por dentro, recolhi água da fonte com um balde que encontrei esquecido por alguém e apanhei amoras e morangos silvestres que nasciam na floresta perto da casa abandonada. Esta não está nas melhores condições tenho de admitir, mas já é tão bom ter um lugar para ter o meu próprio espaço, e ao mesmo tempo, ser tão perto da mãe Natureza que sempre deu tudo, mas quase não lhe dão o devido valor.
Só tenho um problema, eu não sei como vou alimentar o Cooper. Ele come carne, certo? Eu acho que ainda posso saber caçar, vantagem de ter nascido na época da Grécia Antiga, mas eu não tenho coragem para matar apesar de já ter um temperamento humano, algo na minha mente imagina o sofrimento do pobre animal.
- Cooper! - chamei-o, mas este não correspondeu. - Cooper!? - pergunto novamente aproximando-me da porta para ver se ele estava por perto.
Eu sei que maioria dos cães gosta de estar ao ar livre, por sorte, ele foi arranjar a sua própria comida. Sento-me na cadeira velha e começo a comer as amoras, deixando os morangos silvestres para mais logo. A casa ainda tinha utensílios úteis, como canecas em metal, uma assadeira em barro um pouco antiga e uma lareira.
Assim que terminei de comer as amoras e beber um copo de água, voltei à floresta para apanhar paus e duas pedras para acender a lareira. Porque, apesar de ser Agosto e pleno Verão, vai chover à noite e eu preciso de manter o meu corpo quente e o do Cooper também. Esta chuva é resultado do egoísmo da espécie humana.
Com a lareira acessa, ouço as patas do Cooper e olho para este. Ele trazia na boca um pão com uma salsicha no meio, eu sabia o nome daquilo, espera... Cachorro quente! É isso!
- Muito bem, parece que estás treinado para te desenrascares. - afirmo e ele ladra, ao que eu entendo que é um "sim".
Continua...
----------/-----/---------------
Olá meus anjinhos! ♥
E agora!? Perceberam melhor a reação do Harry? Eu estou tão feliz e satisfeita com o resultado desta história. As ideias que tenho tido estão todas a entrar na história e de certo modo a ser aceites por todos vocês. *-*
Então agora que tenho uma das minhas melhores amigas como leitoras e viciada na história é uma sensação tão gratificante, porque ela conhece-me e sabe o quanto isto é importante para mim. Ela têm aquela noção do quanto eu evolui, visto que nos conhecemos desde a infância. :3
Vou tentar publicar o mais depressa possível o próximo, quero é ver muito entuasmo da vossa parte para estar segura do que vêm aí que vocês querem saber. Votem e comentem, meus amores! ♥
Beijinhos, Love You All ❤
PS: MUITO OBRIGADA PELAS 250 MIL VISUALIZAÇÕES,+30 MIL VOTOS E 7,5 MIL COMENTÁRIOS! !! ❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
Three Wishes (HS)
FanficPRIMEIRO LIVRO {Hes} ❄ Porque, às vezes, seguramos anjos e nunca reparámos. ❄ [HES] All rights reserved. Copyright March 2015 © Ana Araújo (@_Quells_) Please, don't copy! Be Original ✌ NOTA: A história está termina...