Three Wishes (HS)

☯ Capítulo 35 ☯

OMG! *0* Three Wishes na posição #5 de ficção de fãs :') Até berrei ahah xd OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA! Já disse obrigada!? ❤

Capítulo 35

          Saímos de casa sem fazer barulho para o meu avô não perceber. Seguimos rumo ao armazém antigo onde eu tinha observado o Harry a se dirigir quando o chamaram. Dusty estava um pouco atrás de mim, por ter feito duas pausas para "necessidades territoriais".

          – Char, espera! – ela pediu e eu parei.

          Esperei um pouco até ela apanhar o meu passo num correr engraçado devido às suas patinhas pequenas e adoráveis.

          – Obrigada por esperares. – agradeceu, e ainda, acrescentou: – Sinto o cheiro do nosso anjo, mas...

          – Mas o quê!?

          – Sinto cheiro de Criaturas das Trevas e do indivíduo que foi ao teu quarto. – explica com ar de apavorada.

          – Então, mais um motivo para irmos. - afirmo determinada a enfrentar o mal.

          O pior que me podia acontecer era morrer, e desde que o Harry apareceu na minha vida que percebi que a morte é só uma porta para o céu, para o inferno ou para uma nova chance de ser uma alma mais pura ou sem salvação mesmo. Por isso, se a Dusty no caminho para casa me explicou bem há umas horas atrás, eu não tenho de ter medo de enfrentar o que aí vêm, mas se fazem mal à minha mãe ou ao Harry, eu não respondo por mim.

          Olhei para o céu que estava a ficar mais claro porque o sol estava a nascer lentamente, mesmo ainda sendo de madrugada. Nem faço ideia de que horas são.

          Avistamos o armázem que estava a cair aos pedaços durante estes últimos dez anos abandonado. Dusty fitou-me receosa e eu dirigi a minha atenção para ela.

          – Dusty, é melhor ficares aqui. Caso eu demore muito, tu vens, está bem?

          – Não, se cheguei até aqui, vou entrar contigo.

          – Por favor, pode ser perigoso para ti, já basta estar lá o Harry e possivelmente a minha mãe. – argumentei desesperada.

          – Okay, eu espero cá fora. Mas se demorares muito, eu vou!

          – Combinado. – dei-lhe um sorriso. – Comeres um caramelo meu foi a coisa mais útil de sempre, és única Dusty. - elogiou-a fazendo uma festinha sobre o seu pêlo macio.

          Respirei profundo e caminhei decidida até à grande porta que estava entreaberta. Arrastei-a só mais um pouco e entrei.

          O aspecto por dentro não era tão assustador como eu pensava, mas não tinha luz sufeciente para conseguir caminhar sem tropeçar em nada. Deste modo, agarrei no meu telemóvel que se encontrava no bolso do casaco que apressadamente guardei quando passava no hall da entrada. Tinha estado a carregar, por isso a bateria não seria o meu problema. Mexi na aplicação da lanterna comecei a caminhar um pouco desorientada por não ter ideia de onde isto me estava a levar.

          Ouço sons estranhos e uma zona com luz desperta a minha atenção. Desligo a aplicação, bloqueio o ecrã e volto a pôr o telemóvel no bolso. Dirigo-me até ao espaço iluminado e deparo-me com a minha mãe e um rapaz na casa dos vinte e tal. Ele olhava para ela de um modo misterioso e com um sorriso, enquanto a minha mãe dormia desconfrontável amarrada naquela cadeira.

          Soltou uma respiração e ele olha para mim, quando cruzo o meu olhar com o dele, outra aguda dor afeta-me e mais recordações aparecem. E eu coloco a uma mão na cabeça e outra na boca para aguentar a dor sem fazer barulho.