☯ Capítulo 32 ☯

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Inspiração musical: Give me Love - Ed Sheeran

Capítulo 32

Ponto de vista » Zayn

          – Certo, toma a fotografia. – disse o Harry passando-me para as mãos um pedaço de papel. – Isso vai ajudar-te.

          – Sim, tens razão. – peguei nesta e observei a fotografia sorrindo interiormente ao ver a figura da mulher que foi, e, ainda é, a minha perdição.

          – Está bem. Qualquer coisa, avisa-me! – ele pediu começando a andar em direção à civilização, mas ainda a olhar para mim.

          – Claro! Cuida da Charlotte. – acrescentei, porque ela é de certa forma uma parte da Audrey e quero que esteja em segurança.

          – Isso nem é preciso dizer. – respondeu com um sorriso de orelha a orelha, sorriso esse que me fez recordar o tempo em que eu não tinha tanta raiva dentro de mim.

          – Eu sei.

          Perfeitamente, concluir mentalmente.

          Harry desapareceu do meu campo de visão, recordei como ele tem pontos em comum comigo. Eu estive na mesma situação, mas a minha alma já não tem salvação e eu também não quero. Ver sofrimento na rapariga que nos afeiçoamos é uma tortura e pensarmos que podemos mudar isso é algo que não depende de nós.

          Estou tão irritado! Aquele filho da mãe, levou a Audrey! Se ele lhe fez alguma coisa, vai desejar não ter nascido! Não faço ideia qual é a ideia, mas ele não sabe com quem se meteu.

          – Vou encontrar-te! – afirmei, acariciando a fotografia da Audrey.

          Despi a t-shirt preta, deixei as minhas asas respirarem e levantei voou. E assim, iria começar a procurar pela Audrey.

[...]

          Uma hora depois a voar, deparei-me com o armazém abandonado. O meu instinto de criatura das trevas, diz que aquele lugar está cheio de más intenções e dúvido muito que seja tráfico de drogas ou armas. Só podia ser ali!

          Coloquei os meus pés na terra, vesti a t-shirt novamente e aproximei-me do armazém. Na porta estava um dos capangas do Caçador, eu devia chamar o Harry, mas é melhor tratar disto sozinho.

          Estendo as minhas mãos, deixo o fumo negro envadir aquele espaço e caminho em direção ao sujeito. Como ele não estava há espera, aproveito e dou-lhe uns murros para ele perder os sentidos e não me atrapalhar mais.

          – Estava a precisar disto! – comentei alto, olhando para a figura do capanga estendido no chão. – Obrigada.

          Arrastei a grande porta de metal o sufeciente para conseguir entrar. Caminhei por entre prateleiras cheias de garrafões de produtos tóxicos, mas sempre preparado para ver se o segundo capanga me aparecia. Atento aos meus instintos, ouço gemidos de dor de uma mulher.

           – Audrey... – murmurrei ao reconhecer o som e começei a caminhar até ao local onde ela se encontrava.

          Deparei-me com ela confusa e presa a correntes, como eu estive naquela manhã juntamente com o Hershel. Olhei para o chão, vi que não havia o símbolo que me prendia e corri para ela.

          Agarrei no seu rosto e os seus olhos prenderam-se a mim.

           – Eu vou tirar-te daqui. – digo dando-lhe um sorriso.

Three Wishes (HS)Onde histórias criam vida. Descubra agora