Ark Stuart e o Surrupiador De Almas

Um Lindo Dia

Stanford, Califórnia
Nunca mais seria a mesma cidade quando finalmente o destino começasse a tomar o seu caminho tornando a profecia real.

Parecia um dia comum como todos os outros, havia acordado após uma noite longa, percorri a mão pela cabeceira a procura dos meus óculos pois a vista começava a pesar de acordo com a luz do dia, após coloca-lo me vi no mesmo cenário matinal de sempre, meu quarto bagunçado, roupas e livros por todas as parte.

Me levantei chutando tudo que estava no chão, não prestei muita atenção no que estava ali e acabei tropeçando no skate fazendo um enorme barulho não somente no quarto como na casa toda (sabia que estava na hora de limpar, mas a preguiça falava mais alto)

-Stuart. minha mãe gritou ouvindo o barulho e já bateu a porta

- Eu to bem, só tropecei, não estou apresentável para abrir a porta. respondi já deixando as coisas claras

 Após isso fui fazer as higienes de sempre, tomei uma ducha rápida, me enxuguei e fiquei um tempo na frente do espelho vendo se algo havia mudado no meu corpo mas até o momento nada.

Esqueci de me apresentar fisicamente e aparentemente, sou branco, alto demais para minha idade, de cabelo grande sem corte castanho, não consigo definir a cor dos meus olhos mas sim o que meu olhar consegue transmitir, porém eu definiria como castanhos por boa parte do tempo e vermelhos quando me sentisse  incomodado com algo.
No caso sempre.
Após a higiene voltei para o meu quarto tentando não esbarrar em mais nada depois desci para a cozinha ainda chapado de sono, minha mãe preparava o café em silêncio e tentando manter a calma, tipico de um Stuart não demonstrar muito o que sente, enfim, ela era baixa, de cabelos grisalhos e olhos verdes, tinha a aparência de cansada apesar de ser uma grande guerreira:
- Preciso que você vá no mercado para mim. disse ela enquanto eu sentava na cadeira me acomodando com seu tom de voz único.
Esperava um bom dia antes de qualquer tarefa.
Pensei comigo mesmo: Isso era novo e diferente para mim ao mesmo tempo, ser permitido a sair de novo na rua depois de tanta confusão que eu tinha causado, não havia pensado duas vezes e sai correndo para o quarto, peguei meu celular, o skate, uma camisa, uma blusa com touca e uma calça que estavam no chão e as vesti o mais rápido que eu pudesse e desci de novo, peguei uma lista enorme e o dinheiro com minha mãe e sai rapidamente enquanto colocava a touca na cabeça e um som pra tocar.
Me sentia bem depois de um tempo, sair daquele quarto quente e sujo, observava os vizinhos com seus papos aleatórios enquanto passava de skate, o caminho parecia longe mas eu não estava me preocupando com isso, o dia parecia foda pra mim.
O mercado ficava bem no final da rua, na esquina em direção a avenida, era enorme e eu sabia que ia demorar um pouco pelo tanto de itens na lista, entrei sem saber se segurava o skate ou o cesto, acabei me atrapalhando enquanto todos observavam, me sentia uma desastre a ponto de perder o foco de tudo, me perdi com o tanto de seções, rodei o lugar várias e várias vezes até me sentir cansado de tanto dar voltas pegando item por item fora o fato de segurar o skate junto (pensei que foi uma péssima ideia vir andando com ele).
O nervoso foi tanto que a dor de cabeça voltou a atacar, senti aquela enxaqueca forte no momento, sabia que teria de me acalmar para melhorar porém estava impossível, sai correndo direto pro banheiro desesperado deixando o cesto com as compras e esbarrando entre as pessoas a frente ouvindo reclamações ao fundo.
Meu olho pesava e no momento nem o óculos me ajudavam a enxergar, entrei no banheiro esbarrando com tudo na porta e derrubando o skate no chão, olhei minha imagem no espelho e a minha pupila estava mais dilatada que o comum (devia ser o que estava causando problema na minha visão).
Fiquei um tempo parado ali tentando manter a calma, a preocupação só fazia meus olhos dilatarem mais e mais até a famosa cor vermelha tomar conta deles, foi quando pra minha sorte o pior aconteceu.