Capítulo 20

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Fuzilei Cristina com um olhar em busca de respostas.

-Diga!-disse cheia de raiva.

Sebastian e David também sacaram as espadas. Cristina parecia em choque, até fiquei com pena dela, mas eu sabia que não exitaria em cortar sua garganta.

-Por favor Rebecah abaixe a espada, não estamos aqui pra te machucar- disse ela com medo.

-Mentira! você mentiu pra mim esse tempo todo. Você nos atraiu até aqui somente para nos atacar. Em pensar que eu confiei em você- disse com vontade de afundar mais a espada.

Ela respirou fundo e disse:

-Rebecah... lembre-se do que eu te disse, daqueles que se rebelaram... lembre-se quem é o verdadeiro inimigo.

Eu parei por minuto e percebi que ela estava falando a verdade. Eu podia ver nos seus olhos que era verdade, que nosso inimigo era Nix.

Devagar eu retirei a espada de sua garganta, ela suspirou aliviada.

-Mas... você disse que tentaram te matar?- pergunta ela.

- Foi, eles tentaram mata-la quando ela chegou- disse David - como se soubessem a data exata de quando ela voltaria.

Então parei pra pensar por um minuto.

-Você acha... que os rebeldes estão trabalhando com Nix?- pergunto.

-É provável- diz Sebastian.

-Então... é bem pior do que imaginávamos - diz Cristina preocupada.- Tenho que informar aos meus superiores imediatamente... Vamos!

Então vamos em direção ao Senado.

...

O lugar era simplesmente enorme, tão grande que cabia uma estátua de seis metros dentro do Hall de entrada. A estatua era parecida com a que ficava no centro da cidade, mas esta, estava segurando um cajado em uma mão e na outra segurava uma balança. Cristina foi até a secretária, e explicou que precisava ver os senadores urgentemente. Mas a secretária só nos deixou passar quando me viu, ela fez uma reverências e me chamou de majestade diversas vezes, eu realmente me sentia constrangida com a situação, eu não gostava de que me chamassem de majestade.

Quando ela finalmente nos deixou passar, entramos num corredor comprido, e quando nos afastamos David cochichou pra mim:

-Cuidado para ela não te pedir um autógrafo, "Majestade"

Dei uma cotovelada nele pra ele parar de brincadeira, mas isso só o fez cair na gargalhada, no fim eu também achava a situação engraçada.

O corredor dava num anfiteatro enorme, talvez o maior que eu já vi. A maioria das cadeiras estava ocupadas, todos estavam usando roupas formais, e pareciam bem interessados no que estava sendo dito na frente. No palco havia uma mesa comprida em formato de meia lua, sentados nela estavam ao todo sete pessoas, metade usava ternos tradicionais, a outra metade usava mantos (estilo grego antigo), por cima dos ternos. Na cadeira central estava uma mulher de aproximadamente quarenta anos, usava um terno azul marinho e exibia uma insignia no peito, ela tinha cabelos loiros na altura dos ombros, e o rosto exigente. Perto da mesa ao lado direito havia um cara estava sentado numa pequena mesa digitando tudo que era discutido. Eu não fazia a menor ideia de que as coisas eram tão séria por aqui. Eu me sentia como uma intrusa numa reunião importante.

Quando entramos chamamos a atenção de todos, e um silêncio invadiu o lugar, Cristina se dirigiu até o palco a passos apressados, nós a seguimos. A mulher de terno azul se levantou e disse:

-Quem ousa interromper uma reunião oficial do Senado?

-Cristina Alencar, filha de Adélia e Saulo Alencar. Décima geração da família Alencar, designada com a missão de buscar a filha de nossa senhora Maia.- ela se ajoelha diante do palco.

A filha de HadesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora