Capítulo 22

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Acordei em uma sala enorme, escura e vazia, a única luz que iluminava o lugar era o pouco brilho da lua que vinha de uma pequena abertura no teto que estava muito alta. Eu tentei me lembrar do havia acontecido, mas isso só me fez ter uma baita dor de cabeça. Logo as luzes se acenderam, e pude ver o quão ampla era aquela sala, como uma antiga sala do trono, com colunas de mármore branco que se enfileiravam, no fundo da sala havia um trono de ouro enfeitado com esmeraldas, e atrás dele havia uma imagem enorme feita em mosaico, era Elinor... Ellegard. Ela tinha em mãos um cajado, e tudo ao seu redor parecia estar sendo enfeitiçado, seu rosto exibia um sorriso cruel e maligno, que me deixou bem assutada. Eu fiquei observando o mosaico, hipnotizada em como aquilo parecia tão real, até que as portas atrás de mim se escancararam, era Ellegard, ela vinha com meus amigos amordaçados e presos por coleiras e grilhões nas mãos e nos pés, e eram arrastados por duas mulheres gêmeas, que aparentavam ter aproximadamente 20 anos.

-Lindo, não? eu mesma quem fiz, acho que peguei meu melhor angulo, eu realmente tenho um talento especial- ela sorri perversamente.

-Solte meus amigos! AGORA!- digo já sacando a espada, pronta para uma batalha.

Ela ri de forma doce, mas seu rosto não me enganava.

-Minha querida... não precisa disso, eu só a trouxe aqui para conversar, venha porque não dá um abraço na vovó?- ela estende os braços para um abraço.

-Chega de joguinhos!- digo bem irritada, e ela fingiu estar desapontada.

-Eu já deveria saber... mas meu benzinho- ela se aproxima de mim e começa a me rodear- eu não vou machuca-la, bem... não, se você não me der motivo pra isso- então ela segura meu queixo afetuosamente- Deuses, como você cresceu, já é uma linda moça, igualzinha a sua mãe.

-Já mandei parar com isso!- digo me afastando e apontando metamorfa para seu pescoço.

-Bem, vejo que não tenho muita escolha- ela da um aceno e minha espada voa de minhas mãos- Agora..- ela estala os dedos e uma cadeira voa por trás de mim e me amarra com cordas fortemente- ... vamos conversar civilizadamente! 

-Eu não quero ouvir!- digo tentando me livrar das cordas.

Seu rosto assume uma expressão sombria.

-Vejo que está se tornado igual ao seu pai... gosto disso!- ela começa a me rodear novamente- Sabe, desde que ouvi dizer que você tinha voltado da terra fora do tempo, não pude deixar de ficar exitada com isso, pois afinal eu vi ali uma grande oportunidade... uma oportunidade de ouro! 

-Do que você está falando?

-Veja bem... acho que não te contaram qual eram meu planos para sua mãe...

-Sim, me contaram! você queria ganhar dinheiro em cima da beleza dela, queria que ela se casa-se com um homem rico e que fosse cortejada até pelos deuses, mas o pior de tudo é que você queria que ela fosse igual a você!... Isso é desprezível!- digo cheia de ódio. 

Eu cuspi em sua direção, porém ela só desviou a saliva com um leve aceno. Pensei que ela fosse me incinerar ali mesmo (Quem a impediria?), mas se limitou apenas a sorrir.

-Eu não posso negar que parte disso é verdade... mas meus reais planos para Maia eram que ela se tornasse poderosa, tentei ensinar-lhe magia, assim como Hécate me ensinou, eu sabia que ela tinha algo especial, mas ela me desprezou assim como Zeus fez comigo, ela resistiu as minhas tentativas de educa-la e se entregou aos deuses, mas minhas reais intenções eram com que ela destruísse os deuses, que me vingasse. 

-Minha mãe tem um bom coração! ela jamais se renderia aos seus planos malignos!

-Mas, eu vejo uma nova oportunidade de vingança... Você! 

A filha de HadesDonde viven las historias. Descúbrelo ahora