Capítulo Oito - Buried Secrets

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As vinte e quatro horas seguintes passaram mais rápidas do que Claire esperava e temia. Ao contrario do que achara, os últimos momentos de sua estadia foram tranquilos, não teve que dividir o mesmo espaço com o pai por mais da hora que durara seu almoço e jantar do dia anterior e, os momentos breves da sua despedida logo cedo, que foi limitada por um abraço desconcertado e uma promessa do pai que a visitaria em breve. Mas, ela sabia que aquilo não iria acontecer. E, de alguma forma, se sentia aliviada, não queria ter que encara-lo rodando seu espaço na cidade grande, estremecia só de pensar nele andando pelo seu apartamento, enchendo-o com sua presença desconfortável. O lugar não seria o mesmo depois disso.

Entretanto, ela se sentia mais aliviada agora que estava tomando seu caminho de volta para casa, apesar, de ter diversas coisas para enfrentar quando chegasse, principalmente, com Amélia, que não havia retornado suas ligações no dia anterior. Claire havia assistido todos os noticiários da TV, mas não soube de nenhuma noticia nova, além da revolta dos Flynns. E, a cada hora, ficava mais apreensiva.

O sentimento de impotência invadiu seus sistemas novamente, assim como o medo do desconhecido e, ela preferia não pensar nas possibilidades do estado que o corpo de Kathryn se encontrava naquele momento, só esperava que Amélia tivesse conseguido as imagens das câmeras, apesar de ter medo do que poderia aparecer nelas.

Claire dirigiu pacificamente até o centro de Chicago, onde ficava seu prédio e, quando adentrou este uma sensação mais catastrófica de medo lhe tomou. Seu estomago parecia se rebelar contra ela, enquanto se apertava e contorcia, trazendo um mau estar e uma sensação de ansiedade tremenda.

Ela se dirigiu até seu apartamento com a ajuda do porteiro para carregar sua mala e algumas coisas que pessoas haviam deixado para ela, como flores e cartas de reconforto. A imprensa tinha descoberto onde ela morava e, com isso as pessoas passaram por lá para lhe prestar apoio. E, ela se sentiu um pouco envergonhada por toda discussão que havia tido com Amélia sobre ficar ali durante aquele período, novamente, ela percebeu que Amélia estava certa e, que se ela tivesse, de fato, ficado, teria sido uma verdadeira catástrofe.

- Pode deixar aqui, obrigada - disse para o porteiro apontando para que ele colocasse a caixa pequena que continha todos os "presentes" encima do sofá.

- De nada. Eu acho que devo dizer a senhora que o seu namorado esteve aqui - falou o homem de cabelos escuros e olhos tão castanhos quanto os dela.

- Namorado? - perguntou, surpresa.

- Sim, Paul.

- Paul esteve aqui? - indagou sem folego.

- Bom, ele não entrou no prédio, mas estava andando aqui por perto, eu até tentei falar com ele, pois ele sempre foi muito gentil, mas quando me viu, se apressou e foi embora - comentou.

Claire engoliu seco tentando controlar seu nervosismo para que não fosse tão aparente a frente do homem, mas o pensamento de ter Paul lhe rondando novamente, principalmente, agora que Peter estava de volta, era aterrorizante demais para ela lidar no momento. Precisava se livrar de vez dele.

- Ah. Me desculpe por isso, ele anda um pouco chateado com tudo o que está acontecesse, irei conversar com ele - ela tentou lhe sorrir o mais sincero que conseguiu, dando-lhe a deixa para sair.

Sozinha em seu apartamento, Claire se sentiu deslocada e perdida, agora sua privacidade estava sendo violada por pessoas que ela não conhecia e por Paul. E, tinha Peter, que sumira novamente, não respondendo suas ligações ou mensagens. Ela pegou seu telefone novamente e tentou falar com ele, porém, ainda sem respostas.

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