" Somos escolhidos pelos caminhos, que no fundo escolhemos e fingimos não ter escolhido, somos muitas vezes vítimas fatais de nossos sonhos e pesadelos, mas mesmo que fraquejamos diante do trono do destino, uma escolha sabia no permite enxergar a luz. O destino e o tempo são aliados cruéis para aqueles que não são capazes de entender, que ninguém foge da morte ou de um grande amor, ao qual estamos fadados a encarar..."(Kaius Cruz)
*Por Lunna
*** Um ano depois...
Um ano havia se passado desde aquela fatídica e feliz noite que meu filho, Raphael, um Petrova original e, portanto, candidato direto a sucessão, caso seus padrinhos, o Príncipe John Micaelsus II e a princesa Christina não tivessem seu primeiro filho homem. Eu não me importava muito com isso, mas já que existia um pacto antigo entre as sete casas reais, eu seria obrigada a aceitar o fado de meu filho, ao completar seus dezoito anos casar com uma menina Micaelsus para poder chegar ao trono. Mas eu tinha muita fé que minha amiga e comadre teria sorte logo, e conseguiria engravidar, assim como eu e Kaleb conseguimos.
Por falar em Kaleb, ele parecia radiante desde o nascimento de nosso filho e se fosse por ele eu já estaria gravida de outro, e não só por ele, meu sogro, Lorde Maxon era o avô mais coruja e babão que eu conhecia, vivia comprando presentes para o neto, Raphael já tinha pelo menos 12 cavalos de raça, cada um trago de lugares distantes dos sete reinos, ele dizia que o neto deveria saber montar desde cedo, pois essa era uma tradição dos homens Petrovas.
Eu estava muito feliz, pois tinha um filho adorável e saudável, um marido que me amava e que fazia amor comigo todas as noites, além de uma família grande e extremamente unida. Essa era uma das características mais admiráveis dos Petrovas, união, lealdade, fraternidade e claro, a riqueza. De todas as sete casas reais, os Petrovas sempre foram os mais ricos, disciplinados e fechados, sempre fazendo bons negócios e se protegendo através da política e da diplomacia da guerra.
Dona Augusta, avó de Kaleb, me ensinou que logo, logo eu teria um papel fundamental nas negociações da família, já que pela tradição, Kaleb estando casado e pai de um pretenso rei consorte, ele em regra deveria assumir o lugar do pai, ao qual foi treinado e instruído a ser.
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Foi um passeio rápido que eu e dona Augusta demos no jardim pela manhã de ontem, eu sei que estava um pouco frio, mas Raphael sempre gostou de andar ao ar livre, mas agora pela noite Raphael não parava de chorar, ele estava tossindo muito e parecia não tá respirando direito. Kaleb e eu estávamos muito preocupados, chamamos os médicos e ninguém sabia direito o que ele tinha, só passavam remédios e cataplasmas para passar no peito.
Já estávamos todos muito aflitos, quando a condessa Augusta e Lorde Maxon adentram no nosso quarto, onde ficava o berço de Raphael, ele nos olha nos olhos e fala:
- Kaleb meu filho, seu filho, meu neto não vai melhorar, ele estar com algo muito grave!
- Como assim pai?! O que meu filho tem?! Pergunta meu marido com o rosto nervoso. Seu pai olha no fundo de seus olhos e fala:
- Kaleb meu neto estar morrendo do mesmo mal que matou sua mãe a anos atrás! Ele infelizmente foi acometido pela friagem que anda matando muitos recém-nascidos pelo reino... Fala com uma voz triste.
- Mas como pai?! Como?! Raphael tem sangue Petrova, ele é forte! Fala Kaleb com as primeiras lágrimas nos olhos. Eu olho para meu sogro, então pergunto determinada:
- Meu sogro, existe uma ínfima possibilidade de salvar meu filho?! Se existir, quanto tempo temos até que meu filho morra?!
- Luna, minha esposa, mãe de Kaleb morreu três semanas depois que pegou a doença, Kaleb não sabe disso, pois era muito jovem quando aconteceu...
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O PRÍNCIPE E O LADRÃO®: Um reino, uma floresta e um destino (LIVRO I)
RomanceAté onde o destino, senhor do tempo e da vida, vai para juntar duas almas separadas? Uma história que se passa em um tempo a muito esquecido, um passado distópico, onde dois homens se encontrarão e viverão entre intrigas, medos, cobiça, m...