O PRÍNCIPE E O LADRÃO®: Um reino, uma floresta e um destino (LIVRO I)

CAP.: 17 - O RETORNO DA LUA

QUERIA DEDICAR ESSE CAPITULO DE HOJE, 20 DE DEZEMBRO DE 2015, A MINHA AMIGA E LEITORA JhennyferBatista PARABÉNS PARA VOCÊ MINHA MOÇA BONITA...
MUITOS ANOS DE VIDA, SAÚDE E FELICIDADES ...

"Nossos sonhos são a maior marca de nossa real existência, nossas vidas, o reflexo desses sonhos... Mas e as nossas paixões e medos? Bom o que podemos fazer para evitar as angustias e lamurias de um coração partido é simplesmente não nos apegarmos a ninguém, e deixar que paixões efêmeras e fugidias passem como as chuvas que vem do leste numa noite de verão..."

(Kaius Cruz)

*Por Príncipe Julian

Dentro da estufa...

E de repente só estava eu e ele... naquela úmida estufa do palácio, eu estava em pé ao lado dele. Ele ainda estava deitado, arrodeado de flores silvestres, que nasciam e cresciam de uma forma vertiginosamente sobrenatural... Eu estava ali, próximo ao filho mais velho dos Petrova... o primeiro e único filho homem do clã... um dos possíveis herdeiros deste trono que hoje meu pai senta... e que um dia eu sentarei... As tradições e leis destes reinos unificados são rígidas e claras e por segui-las a risca, minha família, o clã dos Micaelsus, já está no trono a mais de um século... mas eu ainda tinha uma obrigação legal, ou melhor uma obrigação moral...

Eu ainda não entendia o porquê, mas de alguma forma eu sentia algo vindo do corpo do Ladrão da floresta negra, é como se uma força me levasse até ele, era e estava sendo difícil para mim está sentindo essas coisas estranhas por esse desconhecido que agora parecia dormir gentilmente e serenamente, sem nem ao menos desconfiar de seu leito de morte...

A rainha Alaiah já havia saído, a alguns instantes, eu levanto a cabeça e olhando o sol, falo:

- O que devo fazer espirito... você que me conduz e ilumina desde que eu nasci... me diga!

O sol que iluminava toda a sala da estufa através do telhado de vidro estilhaçado, de repente se fecha em nuvens negras e carregadas, como se revelassem um terrível mal presságio, mas um feixe de luz escapa por entre as nuvens negras e pousa sobre os lábios dormentes e inertes no varão dos Petrovas... Eu me aproximo lentamente dele e fico olhando sua face, enquanto o mesmo dorme seu sono eterno...

Eu ainda não tinha reparado, mas o rosto de Raphael era muito parecido com os do pai dele, os cabelos eram negros como a noite, mas a cor da pele com certeza ele herdara da mãe, pois era branca e pálida como a luz do luar profundo... eu me volto para os olhos do jovem Petrova, mas como estava fechados, eu por curiosidade resolvo abri-los para ver de qual cor era... aproximo minha mão lentamente de seu rosto e... de repente algo surpreendente acontece... Raphael abre os olhos, ao simples toque de minha mão em sua face... aquilo me assustou muito, mas eu continuei a encarar seu olhar, que era branco, sem ires ou retina, apenas um branco frio e assustador, como se o corpo dele estivesse morto...

Olho para o céu negro mais uma vez e falo:

- Oh céus poderosos, oh nuvens poderosas, me guiem, me mostrem o caminho para que eu traga a vida o corpo, a mente e espirito deste jovem lorde...

Outra vez o raio de sol cai sobre o rosto do filho de Kaleb, meu padrinho, só que dessa vez o raio apontava para uma região especifica do rosto do ladrão... o pequeno feixe de raio de sol iluminava apenas a boca do jovem a minha frente... eu dei uma volta ao redor de seu sono sepulcral e analisando aquele homem de quase trinta anos, deitado, pude perceber que ele era muito bonito, seus cabelos longos e sua barba por fazer lhe dava um ar mais rustico, típico dos lenhadores e caçadores que vivem nos arredores da floresta negra de Blackwood... eu o estava admirando, ele era lindo, misterioso, seu corpo, mesmo por debaixo dessas camadas de roupas negras era muito forte, típico de quem passou a vida fazendo trabalhos braçais de camponês...