A Maldição dos Semideuses

Logan

Adormeci como uma princesa. Sem nenhum vestígio de pesadelos perturbadores.

Chloe tinha me dado um pouco de alnestesia para me manter naquela cama. Não sei ao certo quando, mas ela mesma tinha dito isso

Quatro da tarde e eu não podia sair daquela droga de enfermaria, Maggie também estava lá, estávamos apenas em observação, possivelmente iriamos sair daqui a alguns minutos.

Chloe foi pegar alguma coisa para Maggie no armário na minha frente. Maggie estava na cama ao lado, pelo que parece dormindo. Quando Chloe se virou para o armário, virei o rosto para Maggie.

Ela realmente estava dormindo. Arrumaram um vestido cinza bem folgado e meio hippie, para ficar mais confortável para Maggie.

Chloe estalou os dedos na minha cara e eu tomei um susto. Ela começou a rir.

- Por Apolo, Logan... você é muito bobinho - ela para de rir. - Ainda gosta dela?

- Muito - confessei.

- então não desista

Chloe sorriu e foi acordar Maggie, para dar um pouco de néctar.

Maggie parecia gostar do que bebia

- Qual o gosto? - Perguntei sonolento a Maggie.

- Não sei como, mas varia - Ela respondeu - agora foi suco de uva.

Des de que me feri, o néctar não faz efeito, incluindo o gosto. A melhor parte, as lembranças da minha infância. Costumava ter gosto de leite achocolatado. Toda manhã minha mãe fazia para mim, era o momento em que me sentia mais próximo dela, apesar de não trocarmos nenhuma palavra.

- Isso é bom, significa que você teve muitos bons momentos relacionados a sucos de uva

Ela deu uma leve beliscada na gargantilha.

- Desculpa - falei lembrando da facada. - eu não sabia que estava te machucando.

- Eu sei disso. Eu também vi aquele bicho. Eu iria atacar, mas você teve sorte e foi na frente. Agora sei o que você sentiu

- Mas é que eu...

O navio deu uma inclinada repentina.

- O que é isso?! - berrou Chloe, indo para o corredor, ainda na porta.

- Estamos tendo um problema do lado de fora do navio - Taylor apareceu cheio de armas - precisamos de mais gente.

- Eu vou! - disse, já levantando.

- Não, Logan. Você fica ai - Chloe respondeu e fechou a porta com força.

Me levantei e tentei abrir a porta, estava trancada. Bati com o ombro na porta com raiva. Mas é claro, tinha que ser o lado machucado, gemi de dor e caí.

- Logan! - Maggie veio até mim e me arrastou até a cama novamente.

Me sentei na cama, ao lado de Maggie.

Blam!

Um barulho horrível veio do lado de fora. Maggie agarrou meu braço.

- Ta tudo bem - eu disse - já aconteceu isso antes.

- É só... ah, você já esta melhor - ela deu um passo - eu vou para o meu canto.

- Não, fica aqui - Me levantei num pulo. Apertei sua mão.

Ela veio mais perto e me beijou. Não aquele selinho depois que Arya morreu. Esse beijo foi mais intenso, senti seus lábios sobre os meus e me arrepiei da cabeça aos pés. Sua lingua rapidamente delineou meu lábio inferior e eu entreabri os lábios, deixando-a entrar. Um arrepio correu minha espinha, fiquei atordoado, mas correspondi da mesma forma.

- Só agora não faz mal - ela cochichou no meio do beijo.

Fomos um pouquinho para trás, batendo na maca onde ela caiu pra trás e eu cai por cima de seu corpo. Suas mãos começaram a deslizar pela minha camiseta e ela a puxou pra cima, continuamos os beijos, sua respiração estava ofegante e minhas mãos estavam nos cabelos de sua nuca, então ela parou... Simplesmente... parou.

Ela se afastou e levantou calada. Olhou pela janela da cabine e abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi interrompida.

A porta voou para a parede oposta e se espatifou no ato. Só pude ver Maggie ir para trás de uma mesinha quando um dos três lestrigões tentou agarra-la. Senti um cano na parede ao lado do monstro e não teve outra forma. O cano estourou em cima dele, que devido à pressão da água, se desfez em fumaça.

Mas ainda tinham mais dois, que saíram apenas molhados e eu estava fraco demais para usar os poderes. Lancei a faca de Chloe que estava ao meu lado, mas eu tenho uma péssima mira. Ao contrário de Maggie, que pulou do seu esconderijo e atirou uma sequência de flechas negras nos monstros. Um foi derrotado.

O outro, o menor, tentou fugir, então entrei em ação. Me lancei em cima dele, estrangulando, quando Maggie pegou a faca do chão e cravou-a no peito do pequeno lestrigão que se transformou em fumaça me fazendo cair com tudo no chão.

Maggie se ajoelhou ao meu lado. A enfermaria estava completamente alagada e o cano que quebrei ainda jorrava água. Nós estávamos molhados.