A Maldição dos Semideuses

Rick

P. O. V. Rick

Havia chegado ao Acampamento a pouco tempo com a chata da Lauren, minha irmã adotiva. Meu pai levou ela para que minha mãe cuidasse, mamãe aceitou, desde então ela inferniza minha vida.

Ela tem minha idade, é tão parecida comigo que todos acham que somos irmãos de verdade... Bem, talvez seja mesmo alguma aventura de meu pai, já que depois de uma semana ele saiu de casa e nunca mais voltou.

Nossa mãe nos trouxe do Canadá até aqui, eu não entendi, mas ela parou no meio do caminho e nos mandou continuar. Tivemos que subir uma colina com uma ventania anormal, seguindo uma estátua gigante da deusa grega Atena e nos deparamos com um dragão dormindo embaixo de um pinheiro. Lauren deu um chilique e desmaiou, os campistas vieram e levaram ela para a enfermaria.

Agora estou sentado, sem entender nada, do lado da maca do grande comodo com alguns jovens machucados, onde Lauren se atira para um campista que esta cuidando dela, Joe. Oba.

- Então, - digo acabando com a festa. - que Acampamento especial é esse?

- Eu não sei se devo contar... - ele acerta a postura. - sabe aquela saga de livros, Percy Jackson?

- Sim eu já li.

- Eu também! - berra Lauren.

- Ela parou na metade do primeiro livro.

Lauren da um tapa em mim. Joe ri e depois se mantem sério.

- Bem, tudo que vocês leram, é verdade.

- Oque? - Lauren pergunta incrédula.

- É difícil acreditar no começo mas... Depois nos acostumamos com a idéia.

- Então você é filho de um Power Ranger? - pergunta Lauren confusa.

- Um deus sua doida! - fico impaciente, a idéia me deixa enjoado só de pensar. Sempre quis saber como era ser um semideus,agora, acho que não quero mais.

- Eu sou filho de Apolo - conclui Joe.

Lauren começa a respirar estranhamente.

- Não! Não pode! - ela se levanta e sai correndo para a porta. Antes de chegar, ela cai desmaiada no chão.

- De novo não. - resmungo seguindo Joe para socorrer o corpo caido de minha irmã.

Na hora que Joe levanta Lauren a porta se abre batendo na minha cara e duas meninas, uma loira e a outra menor entram.

- Ai.

- Desculpa - a menina morena fala -poderia me ajudar com minha amiga, por favor.

A menina loira estava com o braço em um ângulo estranho, braço quebrado. De seus olhos escorriam muitas lagrimas e ela arfava de dor. Levei ela até uma cama vazia.

Alguns "médicos", acredito que sejam filhos de Apolo, foram ajudar a garota, eles nos afastaram, eu e a outra menina, e derramaram um líquido parecido com suco de morango no braço quebrado da garota. Li sobre isso, néctar, bebida dos deuses e um remédio poderoso para semideuses, mas nada aconteceu para a menina.

- Lilly esta sofrendo muito... - murmurou a menina do meu lado.

- O que aconteceu?-

- Lestrigões nos campos, não sei como entraram. Tentamos lutar, mas... - ela olhou para mim com olhos de um verde escuro e perverso. - você é novo? Nunca te vi por aqui.

- Cheguei aqui com minha irmã hoje de manhã. - aponto para Lauren que esta rodeada por campistas.

- Seja bem vindo então. Eu sou a Arya e aquela é a minha amiga Lilly.

- Rick. Você esta aqui a quanto tempo?

- Uma semana, ainda não sei quem é meu pai.

A menina, Lilly, não demonstrava reação ao néctar. Um campista ligou a torneira da pia do outro lado da sala normalmente, a água foi puxada até a Lilly de uma forma sobrenatural envolvendo seu braço.

Sim. Eu me assustei assim como todos os outros que viram. A água sumiu e o braço dela voltou ao normal. Lilly abriu os olhos verdes claros quando o símbolo de um tridente brilhou forte acima de sua cabeça.

- Uma filha de Poseidon... - murmurou Joe.

P. O. V. Maggie

Ok, eu me assustei quando um Camaro destruído com três adolescentes parou atrás de nós, mas logo me acalmei ao ver Robb. Ele poderia até ser considerado meu irmão, pois minha mãe cuidava dele desde que a mãe dele morreu. Acho que uns dez anos até levarem ele para o reformatório... Foi uma brincadeira que nós (eu estava inclusa) fomos na escola no meio da madrugada e destruímos a sala do diretor. Opa.

Ele estava fugindo com o amigo dele, Taylor e a irmã de Taylor, Elizabeth. Pararam o carro no meio da estrada e fomos seguindo a estranha estátua, colina a cima.

- O que é aquilo? - perguntou Elizabeth apontando para um dragão que repousava embaixo de um pinheiro.

Lancei um olhar de tédio para Robb que solta uma risada. Eu e ele sabemos quem somos: semideuses. Antes de nascermos, nossas mães eram melhores amigas, quando a mãe dele morreu de um desastre com algumas dracaenai furiosas, Robb foi adotado por minha mãe que nos contou tudo. Mas ela não queria que fossemos logo no acampamento, deveríamos esperar. Não sei o que, mas esperamos.

- É só um dragão, vamos. - tranquiliza Robb, como se fosse óbvio.