27 - A proposta

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 Acordo sem saber muito bem onde estou, sinto o meu corpo dolorido e lembro que fiquei o dia praticamente todo nadando.

A primeira coisa que os meus sentidos percebem é o cheiro do Davi, só então percebo que estou deitada sobre o seu peito, atravessada na cama e ele está me abraçando.

Tento me levantar de forma discreta para voltar a deitar no meu lugar, o quarto só está sendo iluminado por um abajur que está do lado dele. Assim que resolvi me mexer, sinto ele me apertar ainda mais.

– Não sai, não! Desse jeito está perfeito! – Ele começa a mexer no meu cabelo, isso é muito bom e me faz voltar a relaxar.

Desisto de me levantar, percebo que não teria maneira melhor de acordar.

– Que horas são? - Pergunto sonolenta.

– Você dormiu pouco! Ainda faltam 20 minutos para o jantar. - Davi sussurra para mim.

Parece que descansei por um ano, ter ele ao meu lado me deixa relaxada e me sinto segura. Respiro fundo e volto a fechar os olhos.

Casa comigo? – Abro os olhos assustada! Não ouvi isso, ou ouvi?

Fico em silêncio tentando descobrir se voltei a dormir sem perceber ou se ele realmente me perguntou isso.

– Hein? Olha para mim! – Davi pede, eu me mexo com dificuldade e deito na cama virada para ele. – Sei que não é romântico! Eu devia comprar primeiro o anel, fazer algo incrível, depois me ajoelhar e pedir, posso até fazer isso depois, só não vai embora!

Ele quer acabar comigo! Só pode.

Isso chega a ser tortura, mas tenho que ser definida nas minhas escolhas.

– Já conversamos sobre isso e você me deu até amanhã para aceitar namorar contigo, agora já quer casar?

– Eu sei, me desculpa! É que não consigo mais imaginar a vida sem você. – Que lindo!

Tudo dele é perfeito!

Seu olhar está tão triste, consigo ver a sinceridade nele. Agora sei que não é mais um jogo, ele não conseguiria fingir tão bem assim.

Me levando e lhe dou um beijo, ele me segura e faz com que seja um dos nossos beijos mais longos.

Quando paramos ele beija a minha testa e eu deito novamente com o rosto no seu pescoço.

– Não posso me casar com alguém que conheci a uma semana.

– Podemos esperar dois meses é um tempo bom para você organizar a festa. – Dou risada dele!

– Estou falando sério! – Afirmo e somos interrompidos por alguém batendo na porta!

- O jantar será servido em 5 minutos! – Escuto por trás da mesma.

– Obrigado, Jhef! – Davi grita ainda deitado.

Me Levando e Davi também, mas antes de abrir a porta ele me puxa pela cintura para perto dele e fala no meu ouvido:

- Vamos ver o que você preparou para nós! – E me dá um beijo.

Me sinto culpada, mas se eu contar que não fui eu, terei que explicar o porquê da minha demora, então, fico quieta e sigo em frente com ele atrás de mim me segurando pela mão.

Line abre a porta quase que junto comigo e está com cara de quem acordou com o aviso do Jhef.

– Dormiu bem? – Pergunto sorrindo.

– Muito, o balanço do mar me ninou! – Ela me abraça e fico dividida com o Davi segurando a minha mão de um lado e ela que resolveu andar abraçada comigo do outro.

A mesa foi posta de forma que ficamos no meio entre a piscina e o mar e percebi que já estamos ancorados quase que em frente ao resort.

O jantar é servido e assim que o prato principal é colocado na mesa Davi me olha desconfiado.

– Pelo jeito as sugestões do Jhef sobressaíram as suas. – Jhef me olha incomodado.

– Claro, ele faz isso muito melhor que eu!

– Isso sem dúvida! – Line afirma, Davi sorri e continuamos o jantar com várias conversas engraçadas, ainda bem que o menu passou despercebido.

Mesmo depois que terminamos de comer não nos levantamos da mesa e continuamos o papo.

Jhef vem até nós e avisa que o rei e a minha mãe estão na areia nos aguardando.

– Vou buscar as minhas coisas! - Aviso.

– Não é necessário, senhorita! - Jhef me informa. - Tudo será entregue no seu quarto!

Agradeço e descemos do barco, encontramos eles na praia e seguimos para o resort.

Minha mãe quer saber sobre o passeio e Line faz questão de contar tudo, principalmente sobre o mergulho, minha mãe reclama e inicia um discurso sobre os perigos que corremos.

O rei tenta acalmá-la e todos rimos do medo exagerado da minha mãe.

Davi está com o braço no meu pescoço e vamos andando juntos, às vezes nos empurramos e outras ele me puxa mais para perto e finge que vai me morder.

Não estou mais preocupada com as aparências, já estamos indo embora mesmo!

– Quero agradecer a senhora pela companhia, boa noite a todos! - Robert diz educadamente.

Todos se despediram e quando eu ia entrar no quarto, Davi que ainda estava segurando a minha mão me puxou de volta sorrindo.

Minha família entrou e minha mãe grita lá dentro:

- Não demora! – E fecha a porta.

Davi me beija, porém, o corredor ainda estava movimentado, isso não o deixou intimidado e eu que tive que encurtar a despedida.

Ele ri e entra no quarto, eu segui para o meu, quando percebo que o rei ainda estava me olhando, dou um sorriso para ele educadamente, mas o Robert faz sinal com a mão para que eu espere.

É o que eu faço.

Davi já fechou a porta sem perceber que eu ainda estou do lado de fora.

– Posso falar com você? - Robert questiona.

– Sim, senhor! – Respondo, Robert bate na porta do meu quarto e minha mãe atende.

– Vou conversar com ela, ok? - Ele a avisa.

– Certo! – Minha mãe responde e fecha a porta. Uhum, acho que esse papo já tinha sido planejado!

– Venha comigo! – Ele me diz sério e eu o sigo.

Isso está me assustando!

– Vamos tomar um sorvete, mas já te adianto que o assunto é sério!

O que será dessa vez?

Conto de fadas na vida real [Revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora