24 - Passeio de lancha

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 Gosto muito da minha família, apesar de tudo!

Ninguém comentou nada sobre o Davi e eu sei que todos já perceberam que estamos juntos, o que está bem óbvio!

Apesar de só o pai dele ter presenciado um beijo nosso.

Sei que por elas eu ficaria com ele e me parece que o rei também gosta da ideia, mas acho que ele foi falar com o Davi que não temos futuro e para falar a verdade eu também acho que não.

Alguém bate na porta e eu mesmo atento, é ele e está diferente. Só não sei dizer o que mudou.

– Vocês estão prontas? - Ele pergunta normalmente. - A lancha já está nos aguardando!

- Estamos sim! - Line grita de dentro do quarto, ela está extremamente empolgada.

– Senhora, meu pai disse que virá buscá-la em 20 minutos.

– Tudo bem, muito obrigada, alteza! – Minha mãe também está mais empolgada do que o normal, afinal, vai passear com um rei.

– Por favor, vocês podem me chamar só de David, não há a necessidade de tanta formalidade.

– Ótimo! Então, vamos David! – Minha irmã praticamente nos arrasta pelo corredor a fora.

Os dois dão risada e fico feliz que a tensão tenha acabado, pelo menos por hora.

A lancha está mais para um iate e Line me olha sorrindo quando descobre que é o nosso transporte.

Fomos recepcionados pelo capitão que se apresenta e diz que o seu nome é Mendonça, ele deve ter uns 40 e poucos anos e tem uma postura muito séria.

Dizer que somos só nós no passeio foi no mínimo gentileza do Jhef, a quantidade de funcionários é grande e sei que não vi nem a metade.

Assim que subimos dois rapazes recolhem as nossas bolsas, o Jhef faz um aceno de longe e entra para a parte fechada da lancha / iate. Não conheço nada de barcos, mas pela quantidade de pessoas que entraram com ele, lá dentro deve ter uma mini casa.

Assim que a mesma dá a partida, eu corro para a proa para ver melhor o mar.

– Posso ir lá em cima? – Line pergunta ao Davi.

– Vocês podem fazer o que quiserem! - Ele responde sorrindo. - Fiquem à vontade.

– Vou para lá tomar sol e ver o mar, depois nos falamos. – Minha irmã pisca para mim e sobe a escada o mais rápido possível.

Claro que ela fez de propósito para nos deixar as sós, mal ela sai e Davi me vira de frente para ele.

Sou guiada de forma em que fico entre ele e as barras de segurança do iate. Tenho medo de que ele retorne o assunto do almoço, mas sou surpreendida com um beijo.

Eu o abraço e retribuo, mas pela primeira vez ele me beija de maneira delicada e cortada, ou seja, ele inicia o beijo, mas logo pára sem separar os nossos lábios e depois volta a me beijar de novo.

Em poucos instantes isso começa a me deixar ansiosa e acabo me irritando, puxo ele para mim e o beijo com vontade e intensidade.

Eu sinto seu sorriso entre os meus lábios, por causa da minha atitude, o mesmo me levanta, me colocando em seu colo no estilo noivinha e me leva para uma espreguiçadeira do convés.

Davi senta e me põe acomodada em seu colo, o beijo continua cada vez melhor até que ele me coloca sentada ao seu lado e pára o beijo.

– É melhor pararmos por aqui! – Ele diz ofegante. – Você não tem noção de como é difícil respeitar a sua escolha.

Conto de fadas na vida real [Revisado]Onde histórias criam vida. Descubra agora