Capítulo 2. Casamento

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Mil desculpas por demorar tanto para postar, gente. Agora, tenho algumas observações a fazer: 

Aos leitores, este é meu primeiro romance histórico e não tenho muita certeza de como prosseguir com ele, minhas pesquisas ajudam, mas se puderem postar comentários me dizendo o que estão achando, ajuda ainda mais! Se possível, cliquem na estrelinha também, ajuda a continuar a escrever. Segundo: O motivo da demora foi que acabei ficando sem computador por duas semanas inteiras, então escrevi tudo a mão! Terceiro: Na foto acima está a base que tomei para o vestido de casamento da Lídia. <3

Aproveitem a leitura!

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As palavras do duque ainda ecoavam em minha mente enquanto as empregadas e minha mãe ajustavam o corpete sobre a camiseta em meu corpo, apenas uma hora antes da cerimônia de casamento naquela tarde. Meu espartilho estava muito apertado e meus seios praticamente suplicavam para escapar do aperto, eles pareciam enormes. O vestido caiu perfeitamente em mim, como era de se esperar de um vestido encomendado. A seda marfim dos babados e as fitas brancas formando laços e nós que faziam minha pele parecer amarelada, embora eu soubesse e visse no espelho que era branca como um fantasma. As sardas em minha pele estavam sendo violentamente atacadas com água de limão pela minha mãe e então cobertas com pó de arroz. Ela vinha fazendo isso desde o anúncio formal do casamento.

-Sumir, elas precisam sumir... -Ela cantarolava nervosa espremendo limão numa bolinha de algodão e esfregando em minha pele até que ficasse vermelha e então cobrindo meu rosto, pescoço e ombros com o pó de arroz.

Eu estava nervosa, assustada, mais assustada que nervosa. A ameaça implícita do duque e o medo de que talvez eu jamais fosse feliz em meu casamento circundavam meus pensamentos embora eu repetisse de novo e de novo em minha mente "você vai ficar bem".

Meus fios vermelhos estavam sendo escovados à exaustão por outra empregada até que coubessem em um coque no alto da cabeça enquanto a segunda empregada me fazia abaixar e erguer os baços e pernas para fechar o vestido. A gola alta fazia meu pescoço coçar e as mangas bufantes cobriam apenas até os cotovelos. Havia tantos babados na parte dianteira do vestido que parecia que meus seus se estendiam mais do que realmente faziam. Os últimos acessórios a serem colocados foram as luvas brancas e o véu, preso em meu cabelo por grampos. Respirei o melhor que pude no corpete apertado, enquanto mamãe beliscava minhas bochechas para deixá-las coradas.

Nos apressamos para a carruagem rumo a igreja, mamãe segurava as lágrimas, secando as fugitivas vez ou outra durante o trajeto. Papai olhava pela janela fechada, segurando firmemente em sua bengala, usava um smoking impecável e cheirava a charutos e whiskey, como sempre. Eu esfregava uma das pontas de renda entre meus dedos polegares e indicadores, nervosa de mais para erguer a cabeça, eu podia sentir o mundo girando ao meu redor e meu estômago embrulhava, fosse pelo corpete apertado ou pelo nervosismo.

Deus, aquele corpete estava realmente apertado!

Minhas sapatilhas afundavam no cascalho diante da igreja enquanto andávamos até a porta, braços dados com meu pai enquanto mamãe levava meu buquê. Lembre-se de respirar, eu disse a mim mesma quando nos encontramos com Tânia no ante salão.

-Ah, querida, você está um tesouro! -Ela disse e sorri com o rosto por trás do véu. -Que vestido lindo, é feito por encomenda?

-Nada menos, duquesa, nada menos. -Mamãe disse.

-Ficou uma beleza! Mas vamos, está na hora. -A duquesa entrou na igreja de braços dados com mamãe, que se despediu de mim com um beijo de cada lado de meu rosto e mais alguns beliscões.

Arruinada ( #1 Duologia Arruinada)Onde histórias criam vida. Descubra agora