Capitulo 4

1.8K 164 25
                                    

Se passaram algumas semanas depois do termino repentino de Lucas e sua ida embora do país. Meu coração ainda doía quando pensava nele, mas diminuiu bastante conforme o tempo foi passando. Deus me ajudou isso, Ele tem se feito mais presente que nunca nesses dias. Não sabia que precisava tanto me aproximar dEle até eu fazer.

Falta um dia pra completar 22 anos, mas não estou conseguindo ficar animada com a data, parece que algo está faltando e mesmo eu achando burrice sei que a presença de Lucas.

Minha faculdade já havia voltado das férias e ela sendo tempo integral, acaba ocupando bem o meu tempo. Os cálculos só pioram a cada período isso me mantém focada nas horas vagas.

Hoje era domingo dia de culto e estar na igreja me fazia melhor a cada culto. Estava me ajuntando muito estar com o corpo de Cristo. Meu amigos ajudavam a carregar a carga e amava mais a Deus por isso.

- Filha ta pronta? - grita minha mãe no andar debaixo.
- Sim, to indo - dou minha ultima olhada no espelho e desci a escada.

Ao chegar na igreja vou cumprimentado todos que vi pela frente, fui direto para sala dos jovens onde estavam programando o próximo teatro.
Somos em seis eu, Rafael, Guilherme, Caio, Matheus e minha melhor amiga Laura.

- Chegou a chefe - disse Rafael, levantando a mão e bato nela quando passo pela porta.

Rimos

- Não sou, somos equipe - digo sorrindo, somos realmente um equipe e fazemos as coisas com muito amor e determinação para Jesus - então já escolherão ?

- Sim essa " o julgamento " - responde Rafa todo animado, ele queira essa peça a muito tempo.

- Certo, já escolheu o elenco? - pergunto me sentando em uma cadeira vazia.

- Sim eu , Laura e o Guilherme. - responde o Rafa.

- Ok, os ensaios no mesmo horário, sábados as 16:00 e depois filme, combinado. - pergunto, todos concordam e  voltamos ao culto que estava começando.

Hoje o pastor falou da salvação, e como conseguir isso, como o inimigo não quer que chegamos a essa maravilhosa que é conhece Jesus e seus meios de interferir na nossa vida com distrações.

O culto foi maravilhoso o louvor foi sensacional a Laura tem uma voz linda. Encerramos e fui ate os meninos pra me despedir.

- Amanhã aniversário - diz minha melhor amiga animada com um sorriso radiante e batendo palmas.

- Chegou em - digo tentando fingir uma animação, que está em falta para essa data.

Ela bate mais palmas e se despede para ir embora, sigo ela e faço o mesmo com os meninos, dando um abraço e dizendo até logo.
Encontro meus pais e vamos para casa.

No dia seguinte fui acordada com tantas pessoas no meu quarto e demorei um tempo para raciocinar, ele cantavam parabéns e batiam palmas bem animais.

Todos estavam lá os meu amigos da igreja e os amigos que fiz quando namorava o Lucas. Cantamos parabéns e comemos o bolo no quarto mesmo e depois descemos para a sala pra conversa, minha mãe tinha chamado todos para almoçar.

- Anna 22 - olhei para trás para dar de cara com Henrique, ele era meu vizinho é muito meu amigo até que se mudou para Austrália e eu nunca mais tinha visto ele.
Simplesmente pulei e o abracei.

- Que saudade, achei que eu nunca mais ia te vê. - disse para ele que sorriu lindamente para mim. Meu Deus Anna que isso, achando todos bonitos agora é. Já fazia 5 anos desde da última vez que nos vimos e ele tinha mudado bastante, estava mais alto se isso for possível.
Henrique era alto, loiro de olhos azuis, com sorriso fácil é um humor impecável.

- Acho que perdi muito aniversário pequena, gostaria de passar esse com você. - disse sorrindo, já disse que tem um sorriso fácil.

Sonhávamos muito quando pequenos e fizemos muitos planos pra depois dos 18 anos, que nunca aconteceram e ver ele aqui me lembrava que queria mais do que uma cidade no interior.

- você me fez falta - abraçamos mas uma vez e fui apresentar ele aos outros.

Almoço ficou pronto, comemos ate não aguentar mais. Todos em seguida foram embora e Henrique disse que estava na casa de sua vó Sam.

- Vamos abrir os presentes ? - chamou minha mãe e eu concordei e subimos para o quarto dos meus pais.

- Quanta coisa. Me da esse ai o da caixa branca pequena. - disse apontando para uma caixinha perdida no canto da cama.

Era um caixinha pequena branca com um laço em volta todo colorido, muito fofa.
Quando abri era um bússola e uma bilhete embaixo

"Essa bússola e pra você nunca se perde, como eu te perdi"

Henrique.

Reli umas três vezes, para conseguir entender o que o Henrique queria dizer com aquele bilhete, ele me perdeu?
Ainda somos amigos, mas parecia mais profundo que isso.

Então me lembrei, ele já tinha me dito aquelas palavras antes.

Foquei em terminar de abrir os presente, mas a frase sempre voltava na minha mente.

Garota de féOnde histórias criam vida. Descubra agora