Garota de fé

Capítulo 15

Bernardo: Minha pequena. Uma mulher não era tão nova quanto você querida. Já havia completado os seus 62 anos, mais com a idade foi se revelando doenças e uma que ela jamais se curaria um câncer na cabeça. Os médicos deram a ela 2 meses por causa da idade avançada o corpo não conseguiria aguentar. Nem a colocaram para realizar quimioterapia. - seus olhos já estavam cheios de lágrimas - Apos uma semana ela se foi. Não teve chance de aproveitar o restante da vida. Ela era temente a Deus mais eu não, querida, ela tinha tanta confiança que era o melhor para ela que me deixa puto. Eu não compreendia que morrer era a melhor coisa. Mais eu aceitei e concordei. Eu não sou evangélico como ela era mais sei que Deus jamais faria alguma coisa sem um grande proposito. Não deixe seus sonhos. E não impeça as pessoas que te amam estar com você. Posso te pedir uma coisa ?

Eu estava chorando rios.

Anna: Claro oque o senhor quiser.
Ele se levantou e segurou minha mão com força.

Bernardo: Não seja burro como eu fui não duvide de Deus jamais. Quero que você viva o que minha mulher não pode viver. Realize seus sonhos como ela queria realizar os dela. Não se encha de raiva de Deus porque ele te ama.

Concordei com a cabeça varias vezes. Eu não sei se poderia fazer isso, se poderia viver mesmo sabendo que iria morrer.

Senhor Bernardo foi forçando minha mão para baixo, quando me toquei ele estava caido no chão. Meu Deus oque eu fiz. Chamei seu nome varias vezes mais ele não respondia. Sacudi seu abdômen desesperadamente ele não podia morrer não agora.

Larguei sua mão e corri para a porta, para chamar por alguem. Assim que encontrei Leda no patio voltamos correndo para tentar reagi- lo.

Nada que os paramédicos do lar vez adiantou ele se foi. Leda se encarregou de avisar os parentes e me disse para mim ir para casa e voltar quando se inicia se o velório.

Fiz o que ela me disse. Ao chegar em casa meus pais ainda não tinha voltado. Subi e tomei um banho mais demorado que o normal, as lagrimas que descia pelo meu rosto se misturavam com as gotas de água quente do chuveiro.

Me arrumei e voltei para o lar de idosos onde ele seria velado. Quando cheguei fui recebida bom varias velinhas, já deveriam estar sabendo que eu estava com ele. Uma mulher alta ruiva de olhos azuis se aproximou de mim.

?: Olá. Pelos olhos vermelhos e a cara de choro você deve ser a Anna. Certo ? - pelo seu estado de choro deve ser parente do senhor Bernardo, ele nunca me dizia nada sobre sua familia só da sua Mulher Eliza.

Anna: Sim. Quem e a senhora ?

?: Giovanna filha dele - apontando para o caixão. - Você estava com ele. Ele disse alguma coisa antes de sua morte.

Disse um monte de coisas mais não era de respeito a ela era assunto nosso e eu não ia dividir com uma desconhecida.

Anna: Não ele estava contando uma historia.

Ele deu um risada dura e piscou varias vezes ate que a primeira lagrima desceu no seu rosto.

Giovanna: Histórias, ele amava contar histórias. - não sei oque deu em mim quando me dei conta estava enroscada com a Giovanna em prantos no meus ombros.

Anna: Calma, ele esta em lugar melhor agora. Ele esta com Deus.

Não havia certeza se estava mesmo mais minha necessidade de aliviar era maior que isso.

Giovanna: Sempre escutei minha mãe falar de Deus, ela era muito fiel mais ela ficou doente. Assim como o meu pai não consegui entender porque Deus fez isso com ela já que ela era tão boa, tão fiel. Mais meu pai com o tempo aceitou mais eu não. As brigas só aumentavam com o tempo. Ele simplesmente saiu para andar e nunca mais voltou. Passei semanas procurando ate que o diretor daqui me ligou dizendo que ele tinha pegado uma virose.- ela foi me soltando de vagar e ajudei ela a se sentar nas cadeiras que estavam atrás de nós. Ela fungou e limpou as lagrimas - Eu fiquei furiosa com ele por ele ter me deixado e disse que levaria ele de volta mais ele não quis. Disse que preferia morrer ali do que viver os últimos dias de sua vida escutando eu difamar o que minha mãe mais acreditava. Eu o abandonei. - as lagrimas que estavam paradas rolavam com todo vapor em seu rosto.