"Outra criança foi encontrada morta pela manhã desse sábado. A policia suspeita que seja pelo mesmo criminoso que vem assassinando crianças na Zona Oeste do Rio de Janeiro."
Assassinatos nunca são justificáveis, independente da circunstancia. Mas talvez esses sejam, dependendo da sua visão.
Crianças são vistas como puras, inocentes e o futuro do mundo. Sem elas não haveria futuro. Isso é um fato. Mas nem todos veem dessa forma. Há algum tempo existiu um assassino, o assassino de criança, o assassino do futuro. Ele matou 68 crianças pelo o que se sabe. Dessas 68, irei contar sobre a última.
Paula Silva, tinha 9 anos e adorava o mundo. Ela o via como um grande parque de diversão onde poderia se divertir durante toda sua vida. Adorava tudo que tinha nele, da pobreza a riqueza, do comum ao mais diferenciado. Essa é uma qualidade - se é que podemos chamar assim - que todos deveriam ter desde criança.
Sexta-feira
Paula acorda com uma animação fora do comum. Levanta e sai correndo para o quarto dos pais. Abre a porta devagar e olha para ver se ainda estão dormindo. Entra de fininho e encosta a porta na maior calma. Se vira para cama, flexona um pouco os joelhos para ganhar impulso e coloca um sorriso no rosto, aquele sorriso de que vai aprontar. Se prepara toda para correr. Conta até três e lá vai ela... Se joga em cima dos pais e os acorda gritando:
- Vamos! Acordem! Já está na hora. Papai, mamãe! Vamos!
- Já acordamos, já acordamos. - disse a mãe de Paula sorrindo.
- Ok, ok. - disse o pai de Paula sereno como sempre.
Todos levantaram e foram para cozinha preparar algo para comer e começar o dia.
Mais tarde neste dia
- Hoje vamos aprender a somar.
- Hoje não professora, vamos desenhar. - disse um dos meninos da turma.
- Não. Já conversamos sobre isso meus meninos. - disse a professora fazendo careta e colocando a mao no quadril. - Então vamos.
No final da aula
- Bom, meninos, vamos encerrar por hoje. Guardem seus materias e esperem bat-
Trim trim trim
- Vamos Paula.
- Sim.
- Calma crianças, sem pressa.
