Meus instintos ganharam a batalha com o medo, desembainhei minhas espadas e esperei o primeiro movimento mas o animal apenas ficou lá, inerte me observando, como se estivesse fazendo o mesmo que eu, ela se virou e começou a caminhar lentamente, a forma como ela agiu ao me ver me deixou intrigada, como se estivesse acostumada com seres humanos, não sabia ao certo se deveria, contudo a segui.
De vez em quando virava para me analisar, andamos cerca de trinta minutos, parou e se deitou ao meu lado.
Ela me levou a um monte verdejante coberto por pedras grandes, de lá de cima observei uma caverna coberta pela árvores, havia algum movimento, quase imperceptível.
Fiquei bastante curiosa, então resolvi descer até lá.O único modo de chegar aonde queria era dar a volta, comecei a descer pela floresta e contemplei as aves enormes e coloridas que passavam por mim, não percebi quando pisei em algo instável, meu pé foi puxado, e cai no chão, uma rede com fios de aço foram lançados sobre mim. Fiquei esperando o momento em que alguém viria, porque com certeza aquilo era uma armadilha, passos vinham em minha direção, tentei me soltar mais aqueles fios eram resistentes demais, e minha faca havia caído quando fui pega. Um homem alto, de olhos violetas, pele bronzeada, cabelos negros e traços marcantes, vinha com alguns outros , ele me olhou e disse:
- Vamos leva-la.
Senti algo me espetar e uma dor profunda logo após desmaiei, acordei em uma sala escura amarrada em uma cadeira, o mesmo homem estava lá, com mais dois, um mais velho veio em milha direção e falou:
- Sabemos quem você é, e para nos poupar tempo e dor para você nos diga porque o Imperador a mandou?
- Lorde Pelletier nem sabe que estou aqui, quem são vocês, rebeldes não é?- Falei o encarando.
Ele me olhou furioso pois não disse oque queria , levantou a mão e me deu um soco.
- Olha aqui sua garota burra, eu fiz uma pergunta simples, ma, como você se recusa a responder eu vou ter que te obrigar a falar.
Ele caminhou em direção ao uma mesa no meu lado esquerdo e puxou dois fios elétricos, ligados a uma bateria, na ponta dos fios havia duas agulhas, sorrio para mim e enfiou uma de cada lado da minha perna, doeu muito, elas eram grandes, mas conseguir disfarçar. Ele ligou a bateria e senti uma descargar elétrica passar pelo meu corpo, gritei com a dor.
- Você é bem durona, que tal eu repetir a pergunta. O que você faz aqui?
- Só estou visitando. - Falei sorrindo.
Ele ligou novamente a bateria e aumentou a intensidade. Pela terceira vez , uma lágrima caiu do meu rosto, não queria chorar, não devia.
Quando se preparava para continuar sua tortura o homem de olhos violetas gritou:
- Já chega! Me deixe falar com ela, talvez eu consiga.
- Para que? Temos que continuar, ela vai falar.
- Olhe para ela, não parece que vai desistir, com certeza foi treinada para se manter firme em situações assim, deixe-me falar com ela.
O meu torturador concordou contrariado mas, saiu junto com os outro, me deixando sozinha com aquele homem.
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Alfa
Fiksi IlmiahQuando alguém é exposto a crueldade, se torna incapaz de sentir algo além do horror. Será? Iana Aubry foi criada para ser uma máquina de guerra pelo perverso Erison, que planejou a vida dela como seu psicopata particular, porém ela descobrirá que se...