Capítulo 6

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Meus instintos ganharam a batalha com o medo, desembainhei minhas espadas e esperei o primeiro movimento mas o animal apenas ficou lá, inerte me observando, como se estivesse fazendo o mesmo que eu, ela se virou e começou a caminhar lentamente, a forma como ela agiu ao me ver me deixou intrigada, como se estivesse acostumada com seres humanos,  não sabia ao certo se deveria, contudo a segui.
De vez em quando virava para me analisar, andamos cerca de trinta minutos, parou e se deitou ao meu lado.
Ela me levou a um monte verdejante coberto por pedras grandes, de lá de cima observei uma caverna coberta pela árvores, havia algum movimento, quase imperceptível.
Fiquei bastante curiosa, então resolvi  descer até lá.

O único modo de chegar aonde queria era dar a volta,  comecei a descer pela floresta e contemplei as aves enormes e coloridas que passavam por mim, não percebi quando pisei em algo instável, meu pé foi puxado, e cai no chão, uma rede com fios de aço foram lançados sobre mim. Fiquei esperando o momento em que alguém viria, porque com certeza aquilo era uma armadilha, passos vinham em minha direção, tentei me soltar mais aqueles fios eram resistentes demais, e minha faca havia caído quando fui pega. Um homem alto, de olhos violetas, pele bronzeada, cabelos negros e traços marcantes, vinha com alguns outros , ele me olhou e disse: 

- Vamos leva-la. 

Senti algo me espetar e uma dor profunda logo após desmaiei, acordei em uma sala escura amarrada em uma cadeira, o mesmo homem estava lá, com mais dois, um mais velho veio em milha direção e falou:

- Sabemos quem você é, e para nos poupar tempo e dor para você nos diga porque o Imperador a mandou?

- Lorde Pelletier nem sabe que estou aqui, quem são vocês, rebeldes não é?- Falei o encarando.

Ele me olhou furioso pois não disse oque queria , levantou a mão e me deu um soco.

- Olha aqui sua garota burra, eu fiz uma pergunta simples, ma, como você se recusa a responder eu vou ter que te obrigar a falar.

Ele caminhou em direção ao uma mesa no meu lado esquerdo e puxou dois fios elétricos, ligados a uma bateria, na ponta dos fios havia duas agulhas, sorrio para mim e enfiou uma de cada lado da minha perna, doeu muito, elas eram grandes, mas conseguir disfarçar. Ele ligou a bateria e senti uma descargar elétrica passar pelo meu corpo, gritei com a dor.

- Você é bem durona, que tal eu repetir a pergunta. O que você faz aqui?

- Só estou visitando. - Falei sorrindo.

Ele ligou novamente a bateria e aumentou a intensidade. Pela terceira vez , uma lágrima caiu do meu rosto, não queria chorar, não devia.

Quando se preparava para continuar sua tortura o homem de olhos violetas gritou:

- Já chega! Me deixe falar com ela, talvez eu consiga.

- Para que? Temos que continuar, ela vai falar.

- Olhe para ela, não parece que vai desistir, com certeza foi treinada para se manter firme em situações assim, deixe-me falar com ela.

O meu torturador concordou contrariado mas, saiu junto com os outro, me deixando sozinha com aquele homem. 



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