8. Hirunna - Maratona de Terror

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À noite, depois de ter entrado e me jogado na cama eu sonhei. Não tive pesadelos e isso foi muito bom. Quando eu não tinha pesadelo eu não sonhava e acordava cansada, era como só deitar e ficar de olhos fechados.

Sonhei que eu e o Naruto estávamos juntos. Nós entramos de mãos dadas na escola e ficávamos na frente de todo mundo, nós dois estávamos felizes e até a Hinata estava com alguém. Acho que era o Sai, não sei, não me lembro mais muito bem. Todo mundo estava feliz. E no fim eu e ele fomos pra um lugar bem alto na cidade e vimos juntos o pôr do sol. Acorde pouco depois de nós dois nos beijarmos bem no finzinho do pôr e eu só conseguir ver a nossa sombra se movendo.

Final lindo, apesar de meloso.

Acho que aquele "beijo na bochecha" grudou muito na minha mente e de forma errada. Ele gosta da Sakura. A Sakura chatinha até a alma e que ele se deixa pisar. E eu não sinto nada por ele além de muito carinho. Teve esse sonho e tal, foi bonitinho até, mas eu de verdade não consigo pensar na gente junto. 

A campainha tocou lá embaixo e eu soube que era ele. Eu estava de pijama ainda, mas fodas, é o maior pijama que eu tenho mesmo. Desci as escadas e abri a porta.

Ao me ver ele fez o esperado, riu. Eu estava descabelada e com a cara amassada por ter acabado de acordar.

- Entra logo e para de rir! - Ele entrou, mas não parou de rir.

- Naruto!

- Tá, parei. - Ele ergueu as mãos como se estivesse se rendendo.

- Já volto.

- Onde você vai?

- Cuidar da minha moita. - Respondi subindo as escadas de dois em dois degraus. Enquanto subia ouvi ele cair em outra crise de risos.

Quando finalmente desci com a moita escovada e de roupas apropriadas e ele me viu do pé da escada, soltou um assovio.

- Bobo. Até parece que eu estou com um daqueles vestidões de gala pronta pra ir ao um baile. - Soltei um suspiro exagerado de propósito. - Ai, ai. Seria um sonho.

- Teu príncipe já tá aqui. - Ele ergueu os braços se mostrando.

- Hum... Olha seu príncipe, acho que tá faltando uma coisinha no seu reinado.

- O quê? - Ele estava quase rindo e saindo do personagem.

- Cavalo branco. Nenhum príncipe é príncipe de verdade sem um cavalo branco.

- É que eu sou um príncipe moderno. - Eu ri, não aguentei.

Depois que desci o resto dos degraus e cheguei lá embaixo eu o abracei com força.

- Já te disse que você é muito abraçável?

- Já, tipo, umas mil vezes.

- Mil e uma! Você é muito abraçável. - Ele riu. - Vamos? - Perguntei depois que o soltei.

- Já tomou café da manhã?

- Não.

- Então toma. Lá em casa eu tô na seca.

- Hum... - Puxei ele pela mão até a cozinha. - Vamos ver... - Abri a geladeira entupida de comida. - Acho que a gente exagerou um pouquinho quando foi no mercado pra abastecer aqui em casa da ultima vez.

- Pois é. - Ele disse em meio às risadas aparecendo repentinamente atrás de mim. - Senta lá. - Ele apontou pra um dos banquinhos que ficam perto de uma das bancadas. Eu me sentei sem questionar.

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