30. Hirunna - Encontro Inesperado

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O que dizer sobre a noite passada?

Maluca?

Por que eu quase fiquei maluca. Depois daquele beijo ele praticamente me prometeu que, da próxima vez que aquilo acontecesse, ele não ia interromper e as coisas iam muito além daquilo.


Agora eu já estou em casa. Tomando banho pra ir pra escola.

Juro que quando o despertador dele tocou eu queria quebrar ele em pedacinhos ou que naquele dia ele tivesse dado defeito.

Estava tudo tão bom. Eu estava tão felizinha dormindo colada junto ao corpo dele que nem acreditei quando acordei, e ele muito menos, porque nem se deu ao trabalho de abrir os olhos já que fui eu quem desligou o despertador. E ainda por cima quando eu tentava levantar ele ficava me puxando de volta. E ele estava quente, na medida certa e como estava meio friozinho eu quase cogitei a ideia de fingir que não ouvi despertador nenhum, e eu apostava que, se ele estava mesmo dormindo ainda, queria o mesmo.

Logo depois descobri que ele estava mesmo dormindo - ou que pelo menos adormeceu de volta -, tive que acordá-lo porque ele não estava me deixando ir. Só não posso dizer que foi muito diferente quando ele acordou. Ele disse exatamente o que eu queria, mas não o que deveria.


Fui embora com custo, tanto pela preguiça e pelo sono, tanto por ter que ir embora. E ele até quis me pegar na porta pra gente ir pelo menos um pouco juntos pra escola, mas aí eu lembrei ele da história toda que estava rolando por causa do Shikamaru, e puto da vida, ele concordou comigo.

Tomar um bom banho quente sempre me ajudou a acordar, mas hoje parece que o torpor da água quente só pesou ainda mais em vez de ajudar. Já estou acordada e alerta, mas também com muita disposição pra voltar pra debaixo das cobertas.


Quase na portaria encontrei Shikamaru escorado na parede, distraído, como sempre.

- Oi?

- Oi.

- Você tá bem?

- Mais ou menos. O Sasuke ainda tá puto comigo.

- É, eu sei. Mas isso passa.

- É... Mas até passar vou ter que aguentar ele me olhando como se quisesse me matar. Isso se ele olhar pra mim.

- Vai por mim. Com o tempo passa e ele esquece.

- Você não conhece ele Hirunna. - Ele argumentou olhando pra mim, foi aí que lembrei de como era o nosso status e a coisa toda. Passar uma noite com ele deu pane na minha mente, e eu estar me sentindo em estado de hibernação não ajuda.

- Pois é. Mas eu ainda acho que é só questão da cabeça dele esfriar um pouco e essas meninas pararem de ficar comentando aqui e ali. - Dei um tapinha em seu ombro e sorri por solidariedade. - Mas como você disse, eu não o conheço. - Ele não respondeu. - Bem, boa sorte mesmo assim.

Entrei na escola e como eu havia pensado, boa parte das meninas ainda estavam falando sobre aquilo.

Parando pra pensar agora Sexta-feira parece ter sido num dia muito distante e ao mesmo tempo parece que foi ontem. Estou meio confusa e bocejando de sono a todo momento, parece até que eu não dormi.

Quando entrei na sala ele já estava no lugar dele, todo marrento. Parecia que tinha um campo de força ao redor dele que impedia as pessoas até de olharem na direção dele, ele realmente estava muito puto, mas isso não o impediu de reagir mesmo que involuntariamente quando seu olhar bateu em mim. 

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