Era primavera. Os campos floridos e as árvores chamativas sobre o soprar do vento, espalhavam cores por todo horizonte. Sem sombra de dúvidas, as paisagens encantavam os diversos habitantes e viajantes que passavam pela região. Foi um grande recomeço para os habitantes de Towland, a bela e extensa capital de Henikey. Havia paz sobre todo o planeta, nem aparentava mais ser o recinto repleto de destruição e dor, afinal, tudo passou a ser motivo de alegria... Enfim eu havia nascido.
Para o espanto de todos, e alegria de muitos, algo inacreditável aconteceu no meu nascimento, comprometendo, animando e mudando de vez, a vida de David e Agatha.
Caminhando calmamente sobre o extenso Coliseu, local onde soldados e guerreiros encaravam treinamentos e testes, Danzo, um fiel companheiro de meu pai retornava de uma árdua missão. Seu cabelo curto e sua aparência jovem, apesar da sua idade, não expressava tamanha importância ao ocupar um dos cargos mais elevados do reino, o cargo Líder do Esquadrão de Aniquilação. Generais e Líderes do auto escalão do exército, o nomeou como o posto de segundo guerreiro mais forte reino... Ficando atrás apenas do próprio David.
- Fuuu... Essa rotina tá um saco. - suspirou Danzo com um tom de irritação.
- Ora, ora. Quem diria, huh huh!. Não é do seu feito reclamar. - disse outro jovem guerreiro, encostado em uma coluna de mármore.
- Não enche Petros. - resmunga Danzo. - Preciso tirar logo essa vestimenta, está fedendo a sangue. Odeio usar espadas... Nada melhor do que meus punhos para resolver conflitos meia boca.
- Se eu te contar você não vai acreditar!. - exclamou Petros sorridente.
- Não enrola... Estou de mal humor. Levei uma pancada na cabeça, e ainda sinto dores. - respondeu ao massagear sua cabeça.
- Que baixo astral! Se anima amigão.
- Você é feliz demais, parece uma criança. Na boa Petros... - dizia Danzo até ser interrompido pela eufórica notícia e o denso sorriso de Petros.
- O Poder Legendário escolheu o príncipe!.
Ao ouvir as palavras de Petros, Danzo cessou seus passos, encontrando-se paralisado. Sobre um frio na barriga e um olhar de alegria, questionou sobre a cativante notícia, onde Petros insistia em afirmar. Sem pensar muito, Danzo parte rumo ao castelo. Em sua mente, ecoava o forte e latente desejo de confirmar a notícia diretamente com seu velho companheiro de infância.
Graças a sua alta patente no exército e sua importância no reino, facilmente passou pelos bloqueios dos guardas e os diversos salões do castelo. Com a respiração forte e sua dúvida gritante, Danzo caminhava enquanto viajava em pensamentos... " Será que é verdade? Será que enfim surgiu uma esperança? ". De frente para o quarto real, Danzo respirou fundo, e sobre gotas de suor que escorria em sua testa, ansiosamente entrou. Uma cena confortante e inesperada foi avistada, pois lá, nos braços de Agatha que o balançava de um lado para o outro graciosamente, pôde contemplar o bebê recém-nascido.
Notando a presença de Danzo, Agatha o recebe com um belo sorriso. Dificilmente escondia a felicidade em ter o filho em seus braços. Calmamente, Danzo foi se aproximando, onde ao ver o rosto da criança, suspirou aliviado.
- Ele é lindo. Se parece com a mãe.
- Sim!. - exclamou Agatha sorridente. - Já soube? Ele foi escolhido. Temos uma esperança agora, não é incrível Dan?.
- Sim! Soube pelo Petros, mas confesso que não acreditei. Que extraordinário... Sinto a presença do grande poder dentro dele. É assustador... E ao mesmo tempo, tão confortante. - dizia Danzo estagnado. - Está tudo bem com você? Não deveria estar descansando?.
- Não se preocupe Dan. - afirmou ao piscar para si. - Como você sabe, sou dura na queda.
- Se você diz... - respondeu enquanto brincava com as mãos do bebê. - Afinal, onde está o David?.
- No salão ao lado. - disse Agatha enquanto colocava o bebê em um berço. - Me faz um grande favor, acalma aquele idiota. Ele estava me irritando, então o tirei daqui.
- C-Certo... Vocês realmente são os reis mais incomuns que existem. - retrucou Danzo desajeitado.
Ao entrar no salão, Danzo encontra um cena muito comum entre eles. Meu pai aflito, caminhando impaciente de um lado para o outro, e firmemente, criticava sua saída do quarto real.
- Isso não é justo! Não é justo!!. - reclamava o belo e impaciente rei.
- P-Por favor Majestade. Queira perdoar a vossa rainha. - dizia um dos fixos guardas do local, buscando acalma-lo. - Deveria se acalmar Majestade.
- Me acalmar!? Não é justo! O que ela fez não foi nada justo!.
- Só faltava essa... - disse Danzo indo até eles. - Continua cabeça dura como sempre. O que houve vossa Alteza?.
- Huh? Ah, é você Danzo. Estou revoltado! Fui expulso do quarto. Ele estava em meus braços, mas ela teve que toma-ló!. - gesticulava David irritado. - Quanta ousadia... Nem parece que sou o rei desse lugar!? Eu mando nessa porcari...- dizia David, até ser interrompido pela voz de Agatha no cômodo ao lado.
- Estou ouvindo tudo! É melhor calar essa boca, se acordar o Lel, eu juro que acabo com a sua raça... - exclamou Agatha.
- Entre discussões, a rainha sempre ganha. - disse Danzo dando risadas.
- Agora falando sério. - falou David, mudando sua postura, se enchendo de seriedade. - Como foi contra os Works?.
- Suas suspeitas estavam certas. - confirma Danzo ao sentar em um belo e estampado sofá. - Confirmei o boato de que os Dark Lordes fizeram uma aliança com os Works. Na verdade, foram usados como marionetes.
- Era de se esperar. Kuriza continua brincando com a vida dos seres vivos. Um dia ele pagará por isso.
- Temos o príncipe agora. Uma esperança.
- Finalmente ele chegou, e sendo tão pequeno, já trouxe alegria a todos. Protegerei meu filho com a minha vida. Pelo bem das Dimensões.
- Todos pensam e farão o mesmo. - afirmou Danzo confiante.
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Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão Demo
FantasíaCom o desaparecimento de uma colega de classe, o jovem Lelnardy se ver diante de um passado doloroso e extraordinário. Seus antecessores, os seres guardiões conhecidos como "Origens", se alegram ao ver que um grandioso Poder o escolhe como portador...