Cap. 25 A Batalha Final Começa

115 16 107
                                    

            ~~~~~ Parte I ~~~~~

      Os dias foram se passando... Através de cada treino e esforço, todos demonstravam sua determinação e vontade de vencer. Sendo assim, se dedicando ao máximo, logo os frutos e resultados foram surgindo.
      Estávamos no sexto dia de treinamento. O tempo era curto, em apenas dois dias a luta contra Brendon aconteceria. Na noite passada, realizamos uma das mais típicas reuniões de acampamento, a belíssima noite em volta da fogueira. Lá, todos contaram os progressos de seus treinamentos.
     - Se liga Lel, falta pouco pra dominar-mos a técnica combinada, he he. A única coisa que falta é o Andrew deixar de ser um mosca morta e se esforçar mais. - dizia Guilherme confiante.
     - Não começa, bobão... - suspira Andrew irritado.
      Recebo boas notícias. Cintia também estava à ponto de dominar sua habilidade de fusão. Isadora dividia seu tempo entre trabalhar no laboratório e seu treinamento para aperfeiçoar uma técnica chamada " Iron Fists ". Não sei nada sobre essa técnica, mas, não havia nada com o que se preocupar, afinal, estamos falando da Isadora.
      Por volta das 11:10 da manhã, fui até o local onde Ellen e Cintia treinavam. Chegando lá, vejo Ellen concentrando energia em seu Shock Wave, aparentava ter Cintia como alvo. A densidade do poder estava muito elevada, tive a sensação de que precisava interromper o ataque, e logo fui correndo ao encontro delas. Não dando tempo de reação, vejo Ellen disparar sua técnica... Mas, para minha grande surpresa, observando Cintia bastante concentrada, me deparo com ela erguendo suas mãos, onde um grande e denso campo de força surgiu. Ouve uma explosão, certamente Cintia foi totalmente coberta. Ainda preocupado, novamente fui correndo na direção delas.
     - Ellen, ficou maluca!?. - gritei nervoso.
     - Oshi... O que você tá fazendo aqui?. - pergunta Ellen ao me ver.
     - Só vim ver vocês treinando, e poxa... Vejo você matando a Cintia!!.
     - Não matei ninguém, ainda não. Veja bem coração. - disse Ellen olhando dentre a fumaça.
      Me curvando para trás, conforme a poeira foi desaparecendo, meus olhos foram ficando arregalados. O campo de força ainda estava formado, sem dúvida protegeu Cintia, ela estava intacta!.
     - Oi Lel. Então, o que achou do meu campo de força?. - pergunta Cintia desfazendo a barreira de luz.
     - Er... Bom... T-Tá incrível! Sério, por um momento pensei que você estivesse morta. Mas, vejo que não sofreu nenhum arranhão.
     - Obrigada, finalmente consegui dominar essa técnica. Mas o que você está fazendo aqui?. - pergunta Cintia.
     - Querem que eu vá embora!?.
     - Sim, queremos. - disseram as duas ao mesmo tempo.
      Sem que esperasse, fui expulso do local. Elas não queriam ninguém atrapalhando. Pelo menos ganhei um beijo da Ellen antes de ir embora.
      De lá, voltei pro acampamento, onde decido verificar o que Isadora construía no laboratório. Chegando lá, encontro Dean limpando uma de suas armas. Segundo ele...

     " Um bom soldado nunca deixa sua arma suja. Por certo, ela poderá ser útil à qualquer momento... " .
      
     Só me perguntava, QUANDO!? O acampamento estava cheio de mutantes e seres dimensionais com super poderes, no que uma arma ajudaria? Sei lá, vai entender...
     - Lel, meu amigo. Em uma certa feita, lá estava eu em uma missão juntamente com meu companheiro de quartel, Ridck. Uma difícil missão de infiltração. Infelizmente nossos inimigos nos aguardavam. Ficamos encurralados, não sabíamos como reagir. A única opção era lutar! Saquei minha arma e disparei contra eles. Ridck também sacou sua arma, porém... Ela não disparou. Logo me lembrei de que ele não a limpava. Por consequência, Ridck pereceu no campo de batalha. Morto por um disparo em seu crânio. Graça a sua arma suja... Ele não pode revidar.
     - Er... Legal... Q-Quer dizer... Que triste. Bom, eu vou ver a Isadora! Boa limpeza pra você. - dizia eu saindo de mansinho.
      As vezes esse Dean se supera. Ao entrar no laboratório, vejo Isadora de jaleco, até que ela ficou atraente vestida assim. Ela soldava algo que aparentava ser uma bola de metal. Percebia sua concentração. Me aproximando lentamente, à surpreendi dizendo.
     - Hora do almoço!.
     - Hã? Sério? Uffa! Estou morrendo de fome. - dizia Isadora afobadamente.
     - Ah! Ah! Brincadeira. Vim dar uma passada no seu laboratório. Tá linda vestida assim, nem parece você.
     - Obrigada mozão! Tenho que me acostumar com isso ainda, ih ih.
     - Então, o que anda construindo?. - pergunto curioso.
     - Estou construindo um robô com difusores Delta ZP de alta frequência. Uma alta capacidade hardware e potentes processadores cobertos com Titânio e sombras de aço, sobre uma pequena massa de energia atômica e proteção à ataques de alta escala! São recoberto sobre um sistema ultra avançado com a maior capacidade de câmeras LEDs da atualidade, juntamente com conexão via satélite, inteligência artificial, capacitados em um único objetivo de registrar os melhores ângulos possíveis! Sistemas de grande e alta funcionalidade, e também...
     - Uooooou!! Parou aí! Não estou entendo nada. Fala minha língua por favor!. - exclamei interrompendo-a.
     - Desculpa, ih ih. Ter super inteligência da nisso, me empolguei um pouco. - dizia Isadora sobre risadas. - Enfim, é um robô filmador.
     - Um robô filmador? Por que você está construindo isso?.
     - Na luta contra o estrume do Brendon será decidido o nosso futuro. É mais do que justo as pessoas do mundo assistirem a luta, não acha?.
     - Estrume? Você se superou agora. - suspiro sobre leves risadas. 
     - Não vou usar palavras mais pesadas porque esse é um livro família...
     - Sobre os robôs, eu concordo, é uma grande ideia... Mas, durante a luta, muita energia vai ser emanada dos combates, esses​ robôs não vão explodir?.
     - Que parte da "massa de energia atômica e proteção à ataques de alta escala", você não entendeu? Hunf! Enfim, eu sou um gênio! Ih ih. Experimenta...
      Ela ativa um dos robôs já prontos. Ele voava à minha volta, focando suas lentes sobre mim. Enquanto isso, as imagens foram sendo reproduzidas em um visor na parede. Eu tinha que admitir, a resolução era simplesmente incrível. Curioso, disparo uma bola de energia na direção do robô, entretanto, um campo de força o protege.
     - Uau, é idêntico ao campo de força da Cintia! Como você fez isso?.
     - Ciência meu fofo, apenas ciência. Repare que em cada ponta do seu corpo existem minúsculas antenas de titânio, por elas passam uma densidade de 4.9 Wh que acionados pelos seus sensores internos​, ativam uma grande descarga de energia, criando um campo de força denso e resistente à qualquer ataque de grande escala. Pode não parecer mas, possui a capacidade de aguentar até mesmo seu novo ataque de energia.
     - Como sabe dessa técnica?.
     - Vi você ensinando os garotos ontem... Eu também quero aprender, tá!!.
     - Fica tranquila he he, eu ensino depois. Você está de parabéns Isa, mandou bem. Estou orgulhoso. Está construindo um robô incrível! Eu não poderia esperar menos de você. - falei sorridente.
     - Muito obrigada mozão. Você sabe que é um prazer estar com você nessa equipe, e mais! Você é especial pra mim, mesmo sendo bobo algumas vezes, ih ih.
     - Obrigado... Vou encarar isso como um elogio. Agora vou deixar você trabalhar um pouco, até mais Isa. - disse eu me despedido dela.
     - Ei! Lel, espera! Que horas sai o almoço?! Estou com fome!!.
      Ela podia ter ganhado um mega cérebro, mas ainda continuava sendo a Isadora morta de fome que sempre me fez rir. Depois do almoço, todos voltam a seus treinos, e como eu estava sozinho, tomo por decisão treinar minha habilidade de fusão, a Manipulação Dimensional.
      Eu tenho que admitir, controlar essa habilidade não foi tão difícil. Não que eu esteja me gabando. Como minha mente se fundiu com a forma Spirit, eu tinha noção de como funcionava... Bastava saber as coordenadas e o planeta ao qual pretendia ir, e claro! Isso também servia à dimensões desejadas, sejam ela Alpha, Chaos, e por aí vai. Foi fácil abrir portais para locais próximos. No entanto, para abrir um portal eu teria que aumentar minha concentração, fechando os olhos por um curto tempo, ou seja, dificilmente conseguiria abrir portais durante uma batalha. Não é impossível, mas com meu nível atual, isso seria complicado.
      No dia seguinte, peço à eles pegarem leves nos treinos. É o último dia antes do confronto, a melhor opção era aproveitar a oportunidade e descansar seus corpos. Graças a Deus todos tiveram sucesso em suas técnicas.  
      Por volta das 20:40 da noite, subi até o pé da montanha, pretendia ficar um pouco sozinho, necessariamente para refletir. Cerca de meia hora depois, Bryan chega até mim.
     - Bryan? O que faz aqui?. - pergunto ao vê-lo.
     - Bom... A noite está linda hoje, decidi olhar um pouco as estrelas. O céu deste planeta é admirável. - diz ele sentando do meu lado.
     - Sim. Pelo menos é assim longe da poluição das cidades.
      Tanto eu como ele ficamos em silêncio por um breve tempo, apenas olhavamos as estrelas. Até que Bryan quebra o silêncio com suas palavras.
     - Não precisa se preocupar. Sei que você consegue.
      Pois é... Em minha cabeça estava a dúvida, " Será que vai dar certo? ". O medo de ver meus amigos morrerem ainda me assombrava. Olhando fixamente para ele, respondo com um breve sorriso no rosto.
     - Sim! Nós vamos conseguir.
     - É assim que se fala. Sabe Lel... Eu nunca havia dito isso a você, mas a verdade é que sempre quis conhecer o grande trunfo dos Origens.
     - Grande trunfo?. - pergunto duvidoso.
     - Sim, você. O guerreiro que contém o Poder Legendário. Confesso que no meu passado sempre me espelhei em suas histórias, por mais que fossem uma lenda. Eu acreditava que um guerreiro traria a paz para os mundos, era bem confortante saber disso.
      Apenas me mantive em silêncio enquanto o escutava. Pra falar a verdade, eu não fazia ideia do quanto ele me admirava. Fiquei surpreso.
     - Enfim. Resumindo... Queria dizer que tenho orgulho de ter te conhecido. Nunca imaginei encontrar o príncipe Lelnardy pessoalmente.
     - Eu é que tenho que agradecer. Você é um peça fundamental pra equipe, palavras são poucas para te agradecer! Então... Que tal ficar conosco quando tudo acabar? Seria ótimo se você e a Rose ficassem aqui na Terra.
     - É uma grande honra lutar ao seu lado, mas não posso fazer isso... - recusa Bryan desviando seu olhar.
     - Por quê?.
     - Meu verdadeiro lar é em meu planeta natal. Querendo ou não, jamais poderei me desviar desse caminho. Sempre existirão bandidos que tentarão fazer mal aos inocentes do planeta Centurios, e eu irei proteger-los. Minha vida é caçar bandidos, é isso que eu sou... Um mero caçador de recompensas.
     - Entendo... Da mesma maneira que não posso me esquecer de quem sou, você não pode se esquecer de quem é. Sei o que quis dizer.
     - Sim. Que bom que entende. - diz Bryan sorridente. - Mas não pense que se livrará de mim, não irei pra casa tão cedo. Não tenho como voltar.
     - Uê, por que?.
     - Não sei abrir portais. Seu tio nos trouxe até aqui, e você ainda não dominou sua habilidade de fusão.
     - Ah, ah, ah Me respeita cara! Eu já dominei.
     - Já!? Q-Quando? C-Como...? Isso é sério!? Poderei mesmo voltar pra casa?. - pergunta Bryan com lágrimas nos olhos.
      Bryan ficou bastante feliz, nunca o vi sorrindo daquela maneira, ele sempre foi tão solitário e sério. Então, essa é a sensação de poder voltar ao seu lar? Será que um dia poderei ir até o Planeta Henikey...? Ou pelo menos o que restou dele.
     - E enquanto a Rose?.
     - O que tem ela?. 
     - Não sei se você notou, mas ela e o Andrew sabe, estão... Er... Namorando.
     - Como aquele miserável se atreve a ter tal relação com minha irmã!? Vou acabar com a raça dele.
     - Calma aí... N-Não precisa ficar assim. - dizia eu amedrontado.
     - Brincadeira. Eu já sabia disso, mas seja como for, a Rose virá comigo. Prometi ao meu pai que cuidaria dela pelo resto da minha vida. Talvez seu amigo queira ir junto, deixaremos isso para resolver outro dia... Está ficando tarde.
     - Verdade, vamos voltar para o acampamento.
      Antes de ir embora do local, pergunto ao Bryan se ele saberia onde se localizava o planeta Zhery, onde o mesmo reponde que sim. Segundo Bryan, é um o planeta localizado na Dimensão Alpha. Esse planeta era conhecido por ter o nome de " Planeta dos Negócios " já que mercadores e diversos pontos de vendas tomavam aquele pequeno globo. Imaginem um mercado gigante... Basicamente Zhery é assim. Uma zona de venda e troca.
      Bryan me pergunta o porquê perguntei sobre Zhery, logo conto sobre a promessa que fiz à Ellen.
     - Existem suspeitas dos pais dela estarem nesse planeta. Preciso ir verificar. - dizia eu pensativo.
     - Entendo. Ajudarei você em sua procura. - suspira Bryan esperançoso.
      O dia chega. E como todas as manhãs, lá estava eu tomando café tranquilamente juntamente com Ellen e Isadora. Bryan e Andrew efetuavam um simples combate de espada no lado de fora. Cintia e Rose apenas assistiam. Enquanto ao Guilherme, permanecia dormindo. De repente, sinto algo me incomodar e chamar minha atenção, Ellen estranha minha reação e pergunta.
     - O que foi Lel? Não gostou do café?.
     - Sim eu gostei, uma delícia, mas isso é toddy querida. É que, eu... - falava pensativo. - Esquece, não foi nada.
     - Só tem doido aqui... - suspira Isadora.
      No lado de fora, Bryan se preparava para direcionar um golpe contra Andrew, porém, ele sente uma forte energia se aproximar, e antes que falasse algo, um sujeito empunhando uma espada surge à sua esquerda. Rapidamente ele direciona sua lâmina contra peito de Bryan. Por puro reflexo, Bryan se defende usando sua espada para repelir a lâmina do indivíduo. O sujeito se afasta com um salto para trás. Bryan, juntamente com Cintia e Andrew se colocam em posição de combate, dando cobertura à Rose que corre até a cabana onde notifica o ocorrido.
     - Huh Huh! Então você é o tal Bryan? Belos movimentos, foi uma resposta admirável!. - dizia o inimigo rindo de Bryan.
     - Hunf! Você deve ser um dos capangas inúteis do Brendon. Essa é a cartada dele? Patético... - responde Bryan com um leve sorriso no rosto.
     - Cuidado com as palavras. O último que disse isso se arrependeu amargamente.
     - Quem disse? Sua mãe não conta. - provoca Bryan.
     - Desgraçado!!!.
      O inimigo se enfurece e saca novamente sua espada, partindo à um combate direto. Nesse momento, Guilherme sai para fora da cabana. Ainda estava de sunga e sem blusa. Com os olhos cheios de remela, e uma feição de sono, logo ele grita.
     - Caramba meu! Tem gente tentando dormir aqui cace... Eita! O que tá havendo aqui?.
      Chego rapidamente no local. Avistando Bryan lutar, faço um sinal ao qual ele identifica e se distância do inimigo. Me coloquei a frente deles, onde intimidando o sujeito, com muita seriedade falei.
     - Já chega. Quem você pensa que é para invadir esse local?! Tá a fim de morrer?. - disse eu sobre um olhar de fúria.
     - Lel, abaixa! - exclama Dean apontando sua arma e disparando-a. - Ráh! Toma essa! Eu disse que ela seria útil em algum momento.
      A bala acerta o centro da testa do inimigo, mas, o projétil estava totalmente amassado. Sua pele mostrava uma grande resistência.
     - Hein? Só pode ser brincadeira... - disse o sujeito retirando o projétil de sua testa. - Isso arde, imbecil!.
     - Droga! Dean, guarda essa arma!. - reclamei nervoso. - E pelo o amor de Deus... GUI! VAI COLOCAR UMA ROUPA!! E quem é você? Por quê atacou meus amigos!?.
     - Ele é um dos capangas do Brendon. - afirma Bryan encarando-o.
     - Meu nome é Ryota. Fui enviado até vocês para dizer onde será o local da luta contra o mestre Brendon, ou melhor! Onde vocês morrerão, huh huh.
     - Ryota, né? E onde será?. - perguntou seriamente.
     - Será no Grand Canyon ao meio dia. É uma área um pouco longe da civilização. Vejo vocês lá, equipe Origens! Acho bom que apareçam, principalmente você Bryan. Te mostrarei o poder de um espadachim!. - ameaça Ryota confiante.
      Bryan continua em silêncio, até que encarando Ryota, com um olhar de fúria, respondeu.
     - É o que veremos.
      Ryota responde ao seu olhar com altas risadas. Depois de seus surtos, ele simplesmente desaparece... É nesse momento que Guilherme vem correndo até o centro do acampamento.
     - Puf... Puf... Pronto! Estou vestido! Ufa... Cadê? Cadê o babaca!? Deixa ele vim! Vem!! Vem caramba! Uê...? Cadê ele?.
     - Ele foi embora menino... Deixa de ser doente. - reclama Cintia dando um tapa em sua nuca.
     - Atenção pessoal. Reúnam tudo, iremos partir em vinte minutos. - disse eu respirando fundo. - Chegou a hora de dar uma lição no Brendon.

... Fim da Parte I...
  

Olá pessoal ^°^
Primeira parte postada.
O que acharam?
Não se esqueçam de avaliar, por favor, eu agradeço.
A luta contra Brendon se aproxima, e novos inimigos estão surgindo... Vejam o começo do confronto na segunda parte.
;)
  
  

Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão DemoOnde histórias criam vida. Descubra agora