Cap. 10 Respostas

103 14 2
                                    

     - Muito obrigado Tony, você é um ótimo advogado. Te devo mais uma.
     - Que nada amigão, fica tranquilo. O importante é que tudo deu certo.
     - Sim, graças a Deus.
      Eu estava muito feliz, ao menos não seria banido do planeta. Estava ansioso para falar com meus amigos, mas infelizmente não permitiram ter contato com eles. Logo fui levado de volta pra cela. Na minha opinião, não precisavam me levar de volta para lá, mas não reclamei.
      No dia seguinte, as seis horas da manhã, fui acordado por barulhos de trombetas, típico de uma área militar, não acham? Bom... Eu não gostei! Estava morrendo de sono.
      Fui caminhando até as grades. Olhando pro final do corredor, tento avistar algum soldado no local, meu estômago roncava descontroladamente... Isso é tortura. Deixando minhas reclamações um pouco de lado, dez minutos depois, Tony aparece para me buscar.
     - Bom dia príncipe Lelnardy. Como foi sua noite? Dormiu bem?.
     - Foi ótima! Maravilhosa, sabe? Nunca dormi tão bem!.
     - É sério? Fico feliz em saber.
     - Claro que não!!! Eu dormi numa cela!! Estava muito frio a noite, não me deram nenhum cobertor.
     - Calma aí bonitão, é hora de ir. Vamos logo.
     - Pra onde vamos?.
     - Tomar o café da manhã. Imagino que você não tenha comido nada desde ontem, então... Um café cairia bem.
     - Opa! Só se for agora. - digo animadamente.
      Nos direcionamos até uma sala privada onde um belo e maravilhoso café da manhã me aguardava. Durante a refeição, pergunto ao Tony sobre como despertar os poderes das garotas, eu não tinha ideia de como fazer isso. Essa era umas das maiores incógnitas... Eu não podia lutar sozinho, e também não sabia como usar meus poderes.
     - Ei Tony, você tem alguma novidade a respeito do desaparecimento da Ellen?.
     - Nenhuma. Tirando as pistas do local do incidente, a única novidade é que os bandidos também estão atrás de você. Motivos para te perseguirem eles tem de sobra, mas uma coisa não entendo... Por que sequestraram a Ellen? Não faz sentido. - dizia Tony pensativo.
     - Eu também queria muito saber.
     - Fico imaginado que talvez ela seja uma espécie de último recurso pra te vencer.
     - Ou talvez a Ellen esteja com a segunda metade do Poder Legendário. Seria um bom palpite.
     - Não... Eu acho que não. Se ela estivesse com o Poder Legendário, você teria despertado seus poderes muito antes, não acha?.
     - Tem razão...
     - É Lel, a coisa tá feia. O que vamos fazer?.
      O Tony é um gênio, mas as vezes ele é super negativo. Já eu né, pelo contrário, penso diferente.    
     - Relaxa cara, ainda temos o depoimento da Isadora.
     - O depoimento... Da Isadora...? É mesmo!! Eu me esqueci totalmente dela!.
     - Nossa, você ainda se diz um Detetive? Como você consegue esquecer um depoimento importante como esse?. - disse eu dando risadas.
     - Mil desculpas majestade.Todo esse tempo estive de férias na França!!.
     - Não precisa gritar, seu cavalo... Deixa que eu converso com ela, pode ser?.
     - Pode sim, iria te pedir isso mesmo. Vamos até o refeitório, ela se encontra por lá.
     - Sério? Porque não tomamos o café da manhã no refeitório?. - pergunto cruzando os braços.
     - Vai por mim, a comida de lá não é muito boa, na minha opinião. O prato de hoje não é lá essas coisas.
      Quando estávamos a caminho do refeitório, para minha surpresa, encontramos minha mãe.
     - Senhorita Natasha? O que faz aqui?. - pergunta Tony curioso.
     - Eu apenas quero conversar um pouco com o Lel, por favor Tony.
     - Eu até deixaria, mas estamos com muita pre... - dizia Tony até ser interrompido por mim.
     - Tony. Deixe-nos à sós. Quero ouvir o que ela tem a dizer.
     - Hum... Tudo bem. Vou te esperar alí na frente.
     - Obrigada Tony.
     - Valeu cara... E então, o que a senhora tem a me dizer?.
     - Bom, primeiramente eu te peço perdão por esconder a verdade de você. Eu nunca imaginei que esse dia chegaria... É que quando te vi pela primeira vez, tão pequeno, tão inocente, não pude evitar em aceitar cuidar de você. Mas, eu não aceitei isso só para te proteger, também porque te amava muito. Sem perceber, você se tornou tudo pra mim. Não queria que ninguém o machucasse, nem mesmo minha própria família. Lel, eu sei que errei em esconder sua verdadeira identidade, mas eu tinha receio de te perder. Mesmo que você passe à me odiar, eu entenderei, mas saiba que te amo! Eu te amo mesmo. Mais do que tudo nesse mundo, por favor, me perdoe Lel...
      Ela começou a chorar. Percebi que suas palavra eram verdadeiras, dava pra perceber em seu olhar. Eu me senti mau em vê-la daquele jeito. Sem muita demora, tomei uma decisão... Me aproximei dela e olhando em seus olhos, à abraçei fortemente.
     - Eu não tenho que te perdoar... Até porque, a senhora nunca me fez mal. Sempre me deu carinho, cuidou de mim, esteve presente quando mais precisei. Não importa se eu não sou seu filho legítimo... Você sempre vai ser minha família, sempre vai ser minha mãe.
      Ao ouvir minhas palavras, emocionada, Natasha me abraça. Era notável que gostava de mim, jamais à deixaria.
     - Isso é melhor ainda. Eu tenho duas mães!. - falei sorrindo.
     - Sim filho. - concorda Natasha alegre.
     - Quer dizer... Eu tinha duas mães. Esqueci que a outra morreu. Como ela se chamava mesmo?.
     - Agatha. Ela se chamava Agatha.
     - Agatha.... Bonito nome.
     - Sim, é um belo nome. Lel eu tenho um presente que gostaria de te dar. Mas você tem que me prometer que jamais irá deixar ele de lado.
     - Claro! Mas o que é?. - pergunto entusiasmado.
      O presente se tratava de um colar. Nele se encontrava uma jóia muito bonita, um cristal azul. No seu interior, havia luzes e detalhes de tirar o fôlego, dava a impressão de ser estrelas. Aquele colar era incrível.
     - Mãe? Onde você conseguiu uma coisa tão bonita como essa?. - pergunto admirado.
     - Esse colar estava do seu lado quando te encontrei. Sua forma Spirit disse que pertencia à sua mãe, Agatha. Eu quero que você use ele, é a única lembrança da sua verdadeira mãe, e sempre que você estiver com ele, lembrará de nós duas.
     - Nossa... Não sei nem o que dizer. - suspirei impressionado.
     - Apenas aceite, por favor.
     - Claro que aceito mãe. Muito obrigado!.
      Ao colocar o colar no meu pescoço, sinto algo estranho, uma sensação confortante, uma sensação tão boa... Me senti muito bem com ele. Uma paz tomava meu corpo, tive a impressão de sentir o abraço da minha verdadeira mãe. No entanto, o idiota do Tony quebra o clima me apressando.
      Depois de receber outro abraço e um beijo de Renata, Tony e eu nos direcionamos até o refeitório onde encontramos Isadora. De longe, vejo que ela estava tomando café com Guilherme. Fui correndo ver eles, quando chego na mesa, Isadora pula sobre meu pescoço.
     - Leeeeeeeel!!! Que saudade!. - gritou Isadora.
     - Oii Isa. Você estar bem?.
     - Eu estou ótima! Muito melhor agora que o grande Lel Origens está aqui, ih ih. - dizia Isadora alegre.
     - Por que você não me contou que tinha super poderes, mané ?!. - pergunta Guilherme enquanto me dava uma gravata e cascudos na minha cabeça.
     - Se eu soubesse, seria muito mais fácil derrotar aqueles caras... Me solta chato! Gui, estou feliz que você esteja bem.
     - Relaxa mano. Não sofri nenhum arranhão. Tenho o corpo fechado, sabe? He he. Agora falando sério, foi muito daora ver você lutando! Aquela velocidade! Aquele poder saindo do seu corpo! E aquele soco massa que você deu naquele cara, foi demais! Parecia um herói de anime, cê é loko. - dizia Max eufórico.
     - Quem dera, ah ah.
     - Isadora você viu a Cintia? Não estou afim de ouvir os papos desses Otakus. - reclama Tony.
     - Sim, eu vi. Ela está perto dos quartos particulares, deve tá com a Bia e o Comandante.
     - Obrigado. Com sua licença, até mais Otakus.
     - Vaza bobão! Se não gosta, respeita. - responde Guilherme mostrando sua língua.
      Logo depois de Tony ir embora, coloco a conversa em dia com Isadora e Guilherme. Um tempo depois, peço ao Gui que nos deixasse um pouco à sós. Olhando para mim com uma cara cínica, ele diz.
     - Hummm... Safadinho. Quer dar uns pega na Isa, não é? Lel seu pervertido! Aqui no refeitório não pode..
     - Gui, deixa de ser idiota!. - reclama Isadora envergonhada.
     - Tá maluco! Não é nada disso. É coisa séria. - disse eu dando um soco no seu braço.
     - Coisa séria!? Eita preula. Vai rolar casamento?.
     - Mano, vaza vai!! Não me faça testar os poderes em você.
      Enfim Guilherme vai embora, fiquei meio sem jeito e envergonhado. Embora eu e a Isadora fossemos apenas amigos, eu tinha que admitir, ela é linda, além de ser baixinha, uma das coisas que amo nas garotas... Sei lá, acho fofo. Sem contar que ela é muito divertida, mas o foco do assunto aqui é outro! Parem de pensar besteiras. Ao sentar do seu lado, logo pergunto.
     - Isadora, me fala. O que realmente aconteceu lá na casa da Ellen?.
     - Bom... Quando eu fui na cozinha, eu procurei por comida, mas...
     - Eu sabia!! Sua morta de fome!. - disse eu interrompendo-a.
     - Cala a boca, ih ih. Deixa eu me concentrar!!! Então né, meio que eu achei um hambúrguer na geladeira, então eu comi, ah ah. Estava uma delícia. Deu até água na boca agora...
     - Foco Isa, foco. - reclamo chamando sua atenção.
     - Foi mal. Mas quando eu me aproximei da mesa, encontrei um papel muito estranho.
     - O que tinha nesse papel?. - perguntei curioso.
     - Então né... Meio que eu não entendi direito o que era, mas quando acordei lá no hospital e me contaram o que havia acontecido com você e com os garotos, caiu a ficha na hora.
     - Não entendi...
     - Nesse papel estava os nomes de todos da nossa turma. O nome da Ellen estava riscado, o seu estava grifado e os do Pedro e do Andrew estavam circulados. Para pra pensar uma pouco... A Ellen sumiu, o Andrew estar hospitalizado e o Pedro morreu. Pra completar, você descobre que veio de outra dimensão. Tá na cara que essa lista era os alvos e os próximos à serem atacados. Foi exatamente o que aconteceu com os garotos. Eles já sabem de tudo...
     - Droga não acredito. Mas por que você não me deu esse papel? Teríamos evitado a morte do Pedro.
     - É que do nada apareceu aquele ninja e tomou o papel de mim. Eu perguntei o que havia acontecido com a Ellen e os pais dela, ele me disse que havia os levado. Também me disse que fazia parte da Nova Supremacia Alpha, depois me ameaçou dizendo... "Não gosto de matar crianças, mas você deve morrer. O mestre Kanon não vai gostar nadinha se descobrir que deixei uma testemunha viva...", Por fim eu gritei, e você chegou.
     - Espera!! Você disse Kanon? Ele disse mestre Kanon?. - disse eu espantado.
     - Sim, porquê? O nome é feio, mas cada um tem seu gosto... Só acho.
     - Isadora você não prestou atenção no meu julgamento?.
     - Não. Eu estava com fome e fiquei pensando no que comer depois.
     - Aff mulher! Você só pensa em comida. Esse tal Kanon... Ele é um dos quatros Dark Lordes que estão atrás de mim, você se esqueceu? Eu preciso ir.
     - Espera! Pra onde você vai?.
     - Preciso contar isso imediatamente pro Tony, depois a gente conversa.
     - Tá bom. Nossa, você nem comeu o misto quente que te dei... Então, vou comer né, fazer o quê. - dizia Isadora com água na boca.    
     - Não toca nele! Você só pensa em comer. Tá magra de ruim... - disse eu jogando o misto quente no lixo.
     - Lel, isso custou três dólares! Como você é mal. Em vez de deixar eu comer, você prefere jogar fora? Nossa, com tanta gente passando fome no mundo.
     - Me diz uma coisa, mesmo se você comer o lanche, as pessoas ainda continuaram com fome, não é? Quer saber Isa, fui! Vou atrás do Tony.
     - Hunf! Tô nem aí, vou comprar outro, você vai ver. Vou me filmar comendo e vou mandar pra você assistir.
     - Caramba. Eu não aguento você, sua doida...
      A Isadora tem o dom de me fazer rir. Sem perder tempo, fui correndo atrás do Tony. No meio do caminho, acabei encontrando Bianca.
     - Oi Lel! Que bom que te encontrei. Estou tão feliz que esteja bem. Posso falar com você?. - dizia Bianca animada.
     - Oi Bia, é bom te ver de novo, mas agora não dá. Estou com muita pressa. Você viu o Tony?.
     - Sim... Ele está lá na frente, por quê?.
     - Não dá pra explicar agora, eu tenho que correr!.
     - Não vá agora, ou vai se arrepender.
      Não dei ouvidos à ela e fui correndo até a curva do corredor. Foi estranho... Meu coração estava apertado, também tive um mau pressentimento sobre isso. Quando virei o corredor, por um instante, fiquei paralisado e indignado... Diante dos meus olhos, vejo Tony beijar Cintia.
      Aquilo foi um choque para mim. O Tony sabia que eu gostava da Cintia, por que ele fez aquilo? Sem pensar duas vezes, volto atrás, e com a cara repleta de tristeza e decepção, fui caminhando até Bianca.     
     - Parece que você não gostou do novo casal. - suspira Bianca me encarando.

... Fim do capítulo...

Olá pessoal *-*
Rapaz... Quem diria... Tony e Cintia juntos.
O que Lel fará?
Será que Isadora vai comer outro misto quente?
Guilherme conseguirá juntar alguém nesse livro?
Vejam no próximo capítulo que por sinal está demais, eu acho kkk
" O Despertar Parte I "

Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão DemoOnde histórias criam vida. Descubra agora