Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão Demo

Cap. 8 Colapso! A última Esperança

     Quando acordei, tive a leve impressão de que tudo não passou de um sonho. Estava mais para um pesadelo. Infelizmente, ao tentar levantar da cama e olhar ao meu redor, percebo que estou em um quarto de hospital... Foi quando senti uma forte dor no braço esquerdo. Nesse momento, me recordo de que havia levado um tiro naquela região.
     - Que dor... O que foi tudo aquilo? Não pode ter sido real. O que... O que eu sou?. - me perguntava pensativo.
      Estar confuso era só um dos meus problemas. Ao tentar lembrar do que aconteceu, fortes dores de cabeça bagunçavam minhas lembranças. Só restava me perguntar diversas vezes, o que realmente sou? Um monstro? Um mutante? Algum tipo de aberração?.
     - Posso entrar?. - disse Cintia abrindo a porta.
     - Cintia... É você? C-Claro que pode. - digo contente.
     - Já se sente melhor?.  - pergunta Cintia se aproximando da cama.
     - Acho que sim.
     - Seu braço ainda doe? Ele não parava de sangrar quando você chegou aqui.
     - Ainda doe muito, mas... Não deve chegar nem perto da dor que o Pedro e o Andrew sentiram. Afinal, como eles estão? Estão bem? E o Gui, ele tá legal?. - pergunto preocupado.
     - Bom a respeito deles...
      A feição da Cintia muda de um momento para outro. Sem muita demora, um semblante de angústia seguido por lágrimas tomam conta do seu rosto. Ela apenas me olhava, sem dizer uma única palavra, aparentava estar assustada com algo.
     - Cintia, o que aconteceu?. - perguntei incomodado.
      Ela continuava em silêncio, realmente algo à impedia de falar a verdade. O que será que fez Cintia ficar assim?.
     - Fala logo! O que aconteceu?. - gritei exigindo uma resposta.
      Nesse exato momento, Tony e cinco homens de terno entram no quarto. Um deles simplesmente afasta Cintia de perto de mim. Tony me encarava constantemente com sua cara de bunda. Enquanto isso, os homens temerosos com algo, ficam ao meu redor.
     - Tony...? O que tá acontecendo aqui?. - perguntei assustado.
     - Certo Lel, responda nossa pergunta. Quem é você? Ou melhor, o que é você?.
     - C-Como assim? Do que você está falando?. - dizia eu completamente apavorado.
     - Responda!!. - gritou Tony nervoso.
      Eu estava perdido, todos na sala pareciam estar com medo de mim. Permanecer em silêncio parecia ser a minha melhor opção, entretanto, Tony insistia em fazer a mesma pergunta.
     - Vamos Lel, me responda! Quem é você?.
      Minha cabeça estava um turbilhão... Não conseguia raciocinar. A dor de cabeça e a dor no meu braço não cessavam. Sobre a pressão de Tony em saber minha resposta, logo gritei.
     - Já chega!! Para com isso! Para de me torturar... Eu... Eu não sei nada do que você tá falando!!.
      Ao me ouvirem, todos os homens sacam suas armas e apontam para mim. Vendo suas reações, Cintia se desespera.
     - Tony, para com isso! Ele está tão confuso quanto a gente. Conta logo o que aconteceu. Além de tudo, ele continua sendo nosso amigo, esqueceu?.
     - Hunf! Tudo bem... Abaixem as armas. Bom Lel, vou abrir o jogo pra você.
      Enfim ele começa a contar tudo o que estava acontecendo. Os homens que o acompanhava, na verdade eram agentes especiais de Organização Norte Americana. Achei estranho estarem com Tony, mas segundo suas informações, o caso do desaparecimento da Ellen escondia muito mais segredos do que imaginávamos. E para piorar, os suspeitos que atacaram Isadora e atiraram nos garotos, tinham ligação com tudo.
      Eles já aviam interrogado Guilherme, portanto, já descobriram sobre meus supostos poderes. Segundo eles, por questões de seguranças, eu seria levado para um lugar escondido localizado na América do Norte. Para mim, aquilo não importava... O que eu mais queria saber, era sobre o bem estar dos meus amigos.
     - Por favor, me digam o que aconteceu com os garotos?. Estou preocupado com eles.
     - Eu... Eu lamento dizer isso Lel, mas sobre eles, a situação está um pouco crítica.
     - Como assim?! Conta logo o que houve pelo amor de Deus!.
     - Não é fácil dizer isso. O Gui estar bem, ele deve se encontrar em casa descansando. Já o Andrew, ele levou um tiro na altura do estômago e acabou indo para UTI. E enquanto ao Pedro, bom... Ele levou dois tiros, um deles atingiu seu pulmão e o outro acertou seu fígado. Infelizmente ele não resisti e acabou morrendo.
     - Não..  Isso é mentira... Não pode ser verdade!!!. - gritei desesperado.
      Eu estava fora de controle, novamente a fúria que estava sentindo fez com que a aura azul retornasse a sair do meu corpo.
     - Fica calmo, por favor!. - dizia Cintia amedrontada.
      Os agentes sacam suas armas e novamente apontam na minha direção, desesperados e bastante temerosos, eles gritavam.
     - Stop it! You freak!. ( Pare! Seu anormal!. )
      Cintia buscava me acalmar, mas Tony à puxava para longe de mim, foi quando a porta se abriu, onde vejo minha mãe entrando o quarto. Por um breve momento, fico feliz em vê-la, porém, ao me ver liberando aquele poder, ela logo se assusta.
     - E-Essa não...V-Você já despertou seus poderes?. - gaguejava Renata apavorada.
     - Mãe! Me ajuda por favor!. - gritei enquanto me curvava para frente.
      Ouvindo as palavras da minha mãe, imediatamente Tony interrompe, questionando-a.
     - Espera um pouco,como você sabe sobre os poderes dele?!.
      Todos mantinham as armas apontadas para mim, mas logo ficam paralisados com as palavras de Natasha.
     - Lel, nunca pensei que esse dia chegaria. O dia em que te contaria a verdade. Você... Você não é meu filho. - dizia Natasha com uma feição de tristeza. - Seus verdadeiros pais estão mortos, e seu nome namorado verdade é Lelnardy. Você veio de outra dimensão.
     - O quê? Lelnardy!? Esse é o verdadeiro nome dele?. - exclama Tony. - Os bandidos que mataram Pedro estavam atrás de alguém com esse nome!.
      Por certo, mais do que nunca eles me olhavam como se eu fosse um monstro. Minha mente estava em colapso, tudo o que um dia conheci passou à ser uma total farsa. Sem querer escutar o que diziam, meus pensamentos planavam em outro mundo, até que desmaiei.
  
    Quatro horas depois...